Sabido é que, conforme o Cloaca mostrou em sua diatribe de hoje, uma manchete do La Republica do Uruguai mostrou exatamente o que ocorreu nas eleições deste domingo. Nem a direita, nem a mídia nem o Papa conseguem derrotar Dilma (veja).
O que veremos no Brasil nos próximos anos é uma venezuelização do país. A mídia vagabunda encabeçada pelos quatro "grandes" (Veja, Estadão, Folha e Globo) criará um clima fantasioso de cerceamento de liberdade de expressão, e boa parte da nossa elite loira e classe média cairá no golpe.
É muito fácil notar que isso já começou. Quando a Veja disse que Lula é ditador e a mídia em geral começou com a história da tal censura da imprensa (censura que até o FInancial Times de Londres disse que não existe) vimos que a semente foi lançada. Dilma, num discurso apaziaguador, garantiu que manteria as liberdades de expressão. Ela deveria ter sido mais dura porque seu recuo pode dar a entender, para quem quiser encarar assim, que verdadeiramente, algum dia as liberdades tivessem sido tosqueadas pelo PT.
Serra em sua ameaça de despedida fez o mesmo. Bateu na tecla da "democracia" como se vivessemos em uma ditadura. E como se não fosse seu partido, seus aliados e a imprensa pátria vadia, quem estivessem procurando fazer nascer no Brasil um governo de exceção Especialmente a exceção econômica, colocando as classes sociais em franco conflito.
Para aquele cidadão comum, com o QI que lhe permite somente acreditar no que é falado pelos veículos tradicionais do imprensalão brasileiro, ficará o medo angustiante de que um dia o governo petista descambará para o totalitarismo.
Essa é a artimanha usada largamente no mundo todo. É assim nos EUA, foi assim na União Soviética. Na Venezuela e na Europa. O que é preciso perceber é, os donos da mídia têm muito claro que os países são seus e portanto, deles podem dispor como bem entenderem. Lembremos que essa mentalidade nasceu em uma época anterior à internet, onde produzir informação custava caro e assim, o zé povinho não seria chamado para participar. Ou seja, no clube do bolinha da mídia mundial, só entrava quem tinha capital suficiente. Em consequência disso, as notícias importantes foram sempre sendo moldadas de acordo com os interesses dos patrões.
Quem consegue se dar conta disso é privilegiado. Mas infelizmente, é a minoria da minoria da sociedade.
A colagem das manchetes desta postagem mostram as duas vertentes do meio informativo brasileiro. No Última Hora vemos que até o mercado brasileiro pedia a continuidade de Lula, externando o pensamento de um empresário português que já havia ameaçado sair do Brasil se Serra vencesse. No outro lado, dentro da imprensa golpista, o Estadão começa com seu celeiro de crises. Um dia depois da vitória, já querem dividir para conquistar. De uma reunião absolutamente comum e despretensiosa, a famiglia Mesquita pretende fazer acreditar que Dilma já está passando a perna em seus aliados. Assim, imaginam que podem disseminar a raiva e as disputas internas. Querem enfraquecer o governo.
Dilma no começo do mandato terá algum capital político para fazer mudanças grandes na forma de lidar com a imprensa, o grande câncer do mundo moderno. Se deixar passar algum tempo, estará de mãos atadas.
Na opinião desse escriba devia agir de maneira simples e eficaz. Devia cortar a verba destinada a esses "grandes" veículos, e redistribuí-la entre os demais, para minar o golpismo. Isso já foi feito de maneira tênue, quando o governo redirecionou as verbas federais de publicidade, tirando o oligopólio dos "grandes" (O Globo fez até editorial esperneando). O caminho é esse mesmo, porém, deve ser acelerado e asseverado.
Dilma não é Lula, é necessário reconhecer. E ela além de tudo, não terá nenhum dia de sossego sem levar bombardeio. A matemática é simples, o imprensalão brasileiro e os coronéis da direita não suportam a idéia de permanecer mais quatro (quiçá oito) anos longe do poder. Farão de tudo para voltar e se der, até mesmo antes do tempo.
Fonte: http://anaispoliticos.blogspot.com/
Agradeço a todos e a todas que confiaram em mim e depositaram seu voto na urna. Tivemos uma votação expressiva, mas não foi suficiente para eleger. Agora é hora, mais do que nunca, de não esmorecermos e arregaçarmos as mangas para eleger a DILMA nossa Presidente, para o Brasil continuar mudando e não voltarmos aos tempo do atraso e do retrocesso.
CONTO COM VOCÊ! A LUTA CONTINUA....
Luis Vanderlei LARGUESA
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