Agradeço a todos e a todas que confiaram em mim e depositaram seu voto na urna. Tivemos uma votação expressiva, mas não foi suficiente para eleger. Agora é hora, mais do que nunca, de não esmorecermos e arregaçarmos as mangas para eleger a DILMA nossa Presidente, para o Brasil continuar mudando e não voltarmos aos tempo do atraso e do retrocesso.

CONTO COM VOCÊ! A LUTA CONTINUA....

Luis Vanderlei LARGUESA


Acessem também:

Página no Orkut dos amigos do Larguesa: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=12417239803043432090

http://www.dilma13.com.br/

http://www.pt.org.br/

http://www.pt-sp.org.br/

Comunidade do PT/SBO: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=49652528

sexta-feira, 30 de abril de 2010

PT aciona PSDB no TSE e na justiça criminal por baixarias contra Dilma em blog tucano

O Diretório Nacional do PT entrou nesta sexta-feira (30) com duas ações na justiça contra a direção do PSDB – uma criminal e outra no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – devido aos ataques injuriosos feitos à pré-candidata petista Dilma Rousseff no blog “gente que mente”, cuja autoria foi assumida pelos tucanos.

“Queremos debater idéias, contrapor os governos, mas neste quesito, sabemos que vamos ganhamos e eles preferem apelar”, disse o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, durante entrevista coletiva da qual também participou o vice-presidente do partido, Rui Falcão.

As ações acusam o blog de injúria e de promover campanha eleitoral negativa e antecipada contra a ex-ministra.

Cardozo e Falcão disseram que a “judicialização” da campanha não faz parte da estratégia do PT. “Nós queremos uma campanha eleitoral em alto nível e não temos intenção de judicializar, como têm feito nossos adversários. Fosse assim, estaríamos entrando com várias representações. Mas há um limite: honra não se negocia”.

O que chocou o PT foi o fato do blog ser assumidamente feito pelo PSDB e por Eduardo Graeff, tesoureiro tucano e coordenador de comunicação da campanha de José Serra. “Não se trata de uma manifestação de um militante, de um internauta, mas de uma política partidária, política de campanha. É assustador”, disse Cardozo.

Rui Falcão deixou claro que não há intenção nenhuma de censurar a internet ou retirar o blog do ar, pois as manifestações fazem parte do processo democrático.

“O que é preciso ser retirado é o conteúdo injurioso, pois incorre em dois crimes: injúria, previsto no código penal, e campanha negativa antecipada”.

Falcão lembrou ainda que tais procedimentos apenas prejudicam a imagem do pré-candidato José Serra. “Isso não ajuda a campanha de ninguém”.

Fonte:PT/Nacional


a falácia do Ministério da Segurança Pública de Serra.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Segurança Pública de SP

e a falácia do Ministério da Segurança Pública de Serra.
Programa Fantástico de 25 de Abril de 2010

GOVERNO SERRA: Funcionários da Sabesp decidem entrar em greve; paralisação começa hoje

da Reportagem Local
Os funcionários da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) decidiram na noite desta quinta-feira (29) entrar em greve por tempo indeterminado a partir da 0h desta sexta-feira.

Segundo o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), os trabalhadores reivindicam o pagamento total da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados)-- a empresa pagou cerca de 60% e alegou que algumas metas não foram atingidas, segundo o sindicato.

A entidade afirma que desde novembro tenta negociar com a empresa sobre as metas.

Apesar da greve, serão mantidos os plantões para atender emergências e manter o abastecimento de água, segundo informações do Sintaema.

Fonte: http://dilma13.blogspot.com/

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Entrevista do Lula à TV libanesa: O povo aprendeu a lição de que, quando quer, pode fazer

Quinta-feira, 29 de abril de 2010 às 9:30

Principais trechos

SEGREDO DA POPULARIDADE

O segredo da nossa popularidade são os acertos das políticas públicas, das políticas sociais e da política econômica que estamos colocando em prática no Brasil. Eu tinha muita clareza de que quando o Brasil elegeu um torneiro mecânico para ser presidente da República, o Brasil tinha que dar certo porque se não desse certo iria demorar mais 100 anos para um trabalhador, um operário chegar à Presidência da República. Então eu trabalho todo esse tempo com a cabeça muito firme, com uma convicção de que o Brasil tem que dar certo, que o povo tem melhorar de vida, para que a gente possa provar à sociedade brasileira, aos trabalhadores, aos intelectuais, aos empresários, ao mundo, que um operário saído de dentro de uma fábrica pode governar um país do tamanho do Brasil. E as coisas deram certo.

ELEIÇÕES 2010/SUCESSÃO

Eu tenho uma candidata. E essa candidata obviamente que me ajudou a elaborar o programa e portanto é co-participante do sucesso que o governo vive no momento. Eu a indiquei porque é uma pessoa da maior capacidade, uma pessoa com capacidade de gerenciamento extraordinária, uma pessoa de uma lealdade fantástica e uma pessoa que está gabaritada para dar continuidade, aprimorar, melhorar e fazer mais do que nós fizemos nesses oito anos. Por que? Porque o paradigma que ela tem para começar a trabalhar é diferente do que tive para começar a trabalhar em 2003. O Brasil está melhor – está melhor na educação, está melhor na saúde, está melhor no emprego, está melhor no salário, na distribuição de renda, a economia brasileira está melhor, o Brasil é mais respeitado no mundo hoje. Então, a pessoa que vier depois de mim vai pegar um Brasil muito mais estruturado, muito mais preparado do que o Brasil que eu herdei. E eu estou convencido de que, quem quer que seja que ganhe as eleições para presidente no Brasil, vai pegar um Brasil muito melhor e portanto pode fazer mais. E eu tenho também a convicção que é a minha candidata quem vai ganhar as eleições.

FALTA DE EXPERIÊNCIA DA CANDIDATA DILMA ROUSSEF

É o que falavam de mim. ‘O Lula nunca governou’, ‘O Lula não tem experiência’, ‘O Lula não fala inglês’, ‘O Lula não tem diploma universitário’, falaram isso de mim durante 12 anos. Até que um dia o povo falou ‘deixa eu dar uma chance para esse brasileiro’ e me deu a chance. E era o que eu precisava para provar que nós estávamos preparados para montar uma boa equipe e estávamos preparados para fazer uma boa governança no Brasil. (…) Acho que a ministra Dilma já venceu muitos preconceitos, a doença dela não existe mais, descobriu no começo e resolveu o problema, e ela está do ponto de vista intelectual e do ponto de vista gerencial, do ponto de vista administrativo ela está perfeita para governar o Brasil. E eu acho que ela é a grande possibilidade que nós temos de dar continuidade. Não é que eu tenho certeza de que ela vai ser eleita, porque primeiro eu tenho que respeitar a vontade do povo brasileiro no dia das eleições. Eu tenho a convicção de que ela pelo fato de ter as melhores condições de governar o Brasil, pelo fato de ela ter as melhores condições de dar continuidade ao que nós estamos fazendo, ela tem mais chances de ganhar as eleições.

COMBATE À CORRUPÇÃO

A certeza que o povo brasileiro tem é que nunca na história do Brasil um governo trabalhou tanto para apurar as denúncias de corrupção como o nosso governo. Nunca. Antigamente era fácil não aparecer muita corrupção no jornal porque você ficava jogando ela para debaixo do tapete. Nós simplesmente duplicamos o número de policiais federais, duplicamos o orçamento do Ministério da Justiça, para que a gente pudesse investir em inteligência, para que a gente pudesse investigar. Nós melhoramos e qualificamos a Controladoria-Geral da República e 90% das denúncias são feitas pelo governo. É a CGU quem faz a investigação em cada Ministério, em cada obra, que manda para o Tribunal de Contas da União (TCU) e que manda para a Polícia Federal. Portanto grande parte das denúncias de corrupção elas são feitas por nós.

LEI DE ANISTIA

O problema não é ser contra ou ser a favor. O problema é garantir que este País tenha sua história contada da forma mais verdadeira possível. Ninguém quer fazer caça às bruxas, ninguém quer ficar remoendo o passado. Agora, é muito difícil você querer que uma mãe, que perdeu seu filho e não sabe onde ele está, não queira encontrar o corpo de seu filho para enterrar. Então é por isso que estamos propondo a Comissão da Verdade, que vai ser aprovada pelo Congresso Nacional da forma mais democrática possível. Nós não queremos mexer na lei da Anistia, ela foi aprovada por consenso no Congreso Nacional, o que nós queremos apenas é contar ao Brasil o que aconteceu da forma mais verdadeira possível. Ninguém efetivamente tem que ter medo da Comissão da Verdade, ninguém tem que ter medo da verdadeira história – quem errou, pagou. É assim que a gente consolida a democracia no País. Eu não quero morrer num País em que sua história tenha sido contada pela metade, eu quero que sua história seja contada em seu todo.

IRÃ E PAZ NO ORIENTE MÉDIO

Eu acho que a guerra não conduz a nada, conduz a destruição, e eu sou um homem de paz. Como eu acredito que nós temos que ter argumento para mostrar ao mundo, com muita autoridade moral, aquilo que o Brasil fez. O Brasil é o único país do mundo que tem na sua Constituição a proibição de armas nucleares. O que eu quero para o Irã é o mesmo que eu quero para o Brasil. Eu quero dizer para o presidente Ahmadinejad que ele deveria concordar com a proposta da Agência (Internacional de Energia Atômica – AEIA), que propôs a ele um determinado rito de enriquecimento de urânio, que eu acho que era mais importante. Até para que a gente possa continuar avançando no mundo diplomático.

Qual é a minha preocupaçao? A minha preocupação é que o bloqueio ou as sanções que a ONU quer impor não vai trazer nenhuma solução. Vai apenas trazer radicalização. Como eu acredito na política, como eu acredito no diálogo, eu vou ao Irã conversar com o presidente Ahmadinejad. Conversamos com o primeiro-ministro da Turquia que tem a mesma posição política nossa, conversamos com Israel, com Palestina. (…) Por isso eu quero conversar com todos os interlocutores, porque também não pode ser primazia desse ou daquele país cuidar da paz. Se há 20, 30 ou 40 anos, os interlocutores que estão negociando não conseguem a paz, eu acho que é preciso colocar mais interlocutores, colocar gente nova, outros discursos, outras propostas, para que a gente possa chegar a um acordo. É nisso que o Brasil acredita. (…) Parece que tem gente que tem ciúmes que o Brasil esteja interessado em participar de conversas porque entendemos que temos argumentos sobretudo pela harmonia em que vivem no meu País árabes e judeus. Esse país é exemplo de convivência harmônica da comunidade árabe e da comunidade judaica. Esse exemplo eu quero levar para o mundo.

REFORMA DA ONU

O Brasil tem brigado para que se faça uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. O Conselho de Segurança da ONU hoje representa, sobretudo os membros permanentes do Conselho de Segurança, a geografia política de 1948. Não representa a geografia política de 2010. É preciso que a África esteja representada, o Brasil esteja representado – e outros países da América Latina -, a Índia esteja, a Alemanha esteja, o Japão, que a África possa ter três representantes, para que você tenha gente que possa representar dignamente a nova geopolítica do mundo.

ATUAÇÃO BRASILEIRA NO EXTERIOR

O Brasil não tem vocação imperialista. O Brasil tem uma vocação de construir parcerias nas suas relações bilaterais e nas suas relações internacionais. Nós acreditamos no funcionamento das instituições multilaterais e por isso eu digo sempre que não adianta o Brasil crescer se os países vizinhos não crescerem. É preciso que a gente cresça junto. É preciso que cresça o Brasil, mas cresça a Argentina, o Paraguai, o Uruguai, a Venezuela, a Bolívia, a Colômbia, o Equador, o Chile, todos crescendo, todos terão o que distribuir para seu povo. É assim que nós trabalhamos e é por isso que o Brasil tem um forte investimento em infraestrutura em toda a América do Sul, porque nós queremos fazer um processo de integração com rodovias, ferrovias, telecomunicações, energia, para que a gente possa ser um continente forte e um continente rico.

NOVA ORDEM MUNDIAL

Quando foi feita a primeira reunião do G20, todos os países estavam de acordo de que era preciso discutir uma nova ordem econômica mundial, de que era preciso controlar o sistema financeiro, de que era preciso acabar com os paraísos fiscais, de que era preciso fazer um certo ordenamento na política cambial para que todos os países pudessem ter um certo equilíbrio. Que a gente defendesse a liberdade de um livre comércio de verdade, que a gente mudasse a forma de ser do FMI e do Banco Mundial, com uma nova organização, mais países participando. Tudo isso ainda não aconteceu. O meu ministro estará participando nesses próximos dias da reunião do G20 financeiro e eu estarei no Canadá para discutir a reunião do G20 político. E aí é que nós vamos fazer um balanço, o que aconteceu efetivamente? O Brasil fez a lição de casa. O Brasil praticou o livre comércio. Por isso que a economia brasileira cresceu, porque em vez de fechar a economia, nós abrimos crédito, os bancos públicos brasileiros têm uma importância muito grande, no financiamento de casa, no financiamento de carro, no financiamento de empresa.

COMBATE À FOME E À POBREZA

Eu estou muito orgulhoso porque certamente o Brasil vai cumprir todas as Metas do Milênio determinadas pela ONU. Isso para mim é motivo de orgulho. Segundo, porque o que nós estamos fazendo poderia ter sido feito há 50 anos. Veja uma coisa interessante: em 100 anos a elite brasileira fez apenas 140 escolas técnicas profissionais. Eu em oito anos vou fazer 214. Ou seja, em oito anos eu vou fazer uma vez e meia o que eles fizeram em um século. Nós estamos fazendo 14 universidades novas, nós criamos um programa chamado ProUni que já colocou na universidade este ano 726 mil alunos pobres da periferia, fazendo universidade. Já fizemos 105 extensões universitárias. Portanto o Brasil nunca teve a quantidade de jovens com perspectiva de estudar e se formar como está tendo agora. É por isso que eu acredito que a próxima geração será altamente mais qualificada que a minha geração. E isso me deixa muito feliz porque significa que o Brasil se encontrou com o seu caminho e acho que o povo brasileiro merece o que está acontecendo no País.

LIÇÕES DA POLÍTICA

Aprendi muito com as minhas três derrotas em eleições (presidenciais). E agora aqui no governo eu consegui o meu doutorado. Porque o que eu aprendi aqui no governo vai me permitir poder não só ajudar outras pessoas, mas eu quero viajar o continente africano, a América Latina, os países mais pobres, tentando colocar a nossa experiência, o sucesso da economia brasileira para que outros países sigam um caminho parecido. Porque muitas vezes os dirigentes ficam discutindo que não tem dinheiro, mas o problema não é só dinheiro. O problema é o seguinte: o pouco dinheiro que você tem, como é que você distribui ele de forma justa. Como é que você faz com que esse dinheiro chegue na mão de todos? Quando eu criei o Bolsa Família no Brasil, a elite brasileira dizia que era esmola. Quando veio a crise econômica, quem sustentou o Brasil foi o povo pobre que consumiu mais do que a classe A/B. As classes D e E consumiram mais do que as classes A e B. Ou seja, enquanto os mais ricos se acovardaram, o povo pobre foi ao shopping e segurou a economia brasileira.

VIDA PÓS-PRESIDÊNCIA

Eu não sei o que vou fazer. Uma coisa eu digo para você que eu gostaria de fazer: visitar o Líbano sem ser presidente da República. Para conhecer o Líbano sem o aparato de segurança, conhecer todas as cidades, comer um bom ‘charuto’, um bom kibe, quem sabe eu faça isso? Mas eu pretendo dedicar um pouco do meu aprendizado para ver se presto um serviço à África. É só sonho, por enquanto, não tenho nada construído, mas eu por exemplo sonho em pegar um ônibus num país africano e atravessar a África de ônibus, conversando com as pessoas, e conversando com os governantes. Vamos ver se há condições de fazer. Quando eu terminar o mandato, eu já estarei com 65 anos. E quando a gente vai ficando depois dos 60, cada ano vai diminuindo um pouco o ímpeto da gente em fazer as coisas. A idade vai pesando. Mas eu me considero ainda com muita energia para fazer muita coisa. Eu sou político por natureza, não vou parar de fazer política, a única coisa que eu não quero é ficar dando palpite no governo aqui no Brasil. Quem ganhou vai governar, eu vou cuidar de outras coisas.

Rei morto, rei posto. Não existem exemplos na história de um ex-presidente ficar dando palpite na vida do novo presidente. Não dá certo.

O QUE DIRÁ AO POVO NA DESPEDIDA

Eu diria o seguinte: o meu maior orgulho ao deixar a Presidência da República, ao descer a rampa do Palácio do Planalto, chamar todas as pessoas que estarão lá de companheiros. Tenho consciência de que vou voltar para onde eu saí. Eu tenho consciência de quem são os meus amigos verdadeiros, quem são os meus amigos do mandato – se bem que alguns amigos do mandato se tornaram amigos verdadeiros -, mas eu sei onde está meu mundo. Esse é o maior legado meu. É poder encontrar um companheiro e falar ‘Boa tarde’ ou ‘Boa noite, companheiro’ e ser tratado como companheiro. E eu acho que vou conseguir isso, porque eu não perdi a minha relação com os meus companheiros. (lágrimas nos olhos). É porque sempre uma coisa difícil, eu sei o quanto nós sofremos para chegarmos na Presidência da República, eu sei o quanto nós fomos atacados, eu sei depois o quanto as pessoas mentiram a respeito do nosso governo. Tinha gente que pensava que a gente tinha acabado para a política. E nós vamos chegar ao final do nosso governo com uma performance eu diria inusitada na história política desse País. Isso me dá muito orgulho. Eu, se não fizer mais nada, se eu morresse agora, o povo brasileiro teria aprendido uma lição. Sabe aquela frase do Obama ‘Nós podemos’? Aquela frase é do povo brasileiro: Nós podemos. E quando o povo quer, o povo pode fazer muito mais. Eu sou apenas isso, eu sou a cara do que é possível um cidadão, que acredita na luta, fazer.

Fonte: http://blog.planalto.gov.br/entrevista-a-tv-libanesa-lbc-o-povo-aprendeu-a-licao-de-que-quando-quer-pode-fazer/


Serra é preparado ou dizem que ele é preparado?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Por Evaristo Almeida
extraído do blog: Economia e Política

Os jornalistas da grande mídia estão tentando pautar na televisão, rádio, internet e jornais a falácia de que Serra é mais preparado do que Dilma. Lembra aquela história de um rei que estava a se vestir de ouro, mas na verdade foi vítima de um golpe e uma criança no ombro do pai, grita que o rei está nu. A grande imprensa brasileira está tentando, junto com a coordenação de campanha tucana, implantar o mesmo golpe.

Simplesmente não comparam Serra com indicadores do seu governo, pautam que ele é preparado e pronto. Não ligam o fiasco da segurança no Guarujá ao governo tucano, a péssima posição que o Estado de São Paulo ocupa na educação, a inauguração de obras inacabadas, como o Rodoanel e a Nova Marginal, colocando em risco a vida dos motoristas; a inauguração de maquetes, a promessa de inaugurar obras que não saíram, como a linha 4 –Amarela do Metrô, estações da linha 5 – Lilás e 6 – Laranja, além da linha 17-Ouro.

Na crise de 2009 Serra se revelou um governador amedrontado, não tomou medidas fiscais para enfrentar a crise, pelo contrário torceu por ela, pois em todas suas aparições públicas, ele dizia que 2010 seria um ano catastrófico, junto com a grande imprensa. Tudo o que o candidato do PSDB diz é trabalhado de forma acrítica pelo jornalismo brasileiro. A gafe de destruir o Mercosul mostrou um candidato despreparado em política internacional. Se o Serra dizer que a Terra é quadrada e o Sol gira em torno dela, a Folha vai ouvir “especialistas” que refutarão Galileu Galilei, e tentará reativar a teoria de Ptolomeu, a Globo fará um Globo Repórter Especial, com as novas “descobertas” da astronomia de que a Terra é quadrada e gira em torno do Sol, o Estadão dirá que a Inquisição estava certa e que a teoria de que é a terra que gira em torno do Sol é coisa do PT, MST e dos esquerdistas do mundo. Na internet, os blogs apócrifos tucanos repetirão ad nauseam que a Terra é quadrada. A Veja colocará uma capa com Serra e uma imagem da Terra quadrada, é o “astrônomo competente”.

Preparo do Serra:
Senador Constituinte – Reprovado pelo DIAP por votar contra os interesses dos trabalhadores
Ministro do Planejamento do governo FHC –Brasil quebrou três vezes e ficou de joelhos perante o FMI e o mundo
Ministro da Saúde do governo FHC – Acabou com equipes contra a dengue no país inteiro, o que fez com que o país naquele ano tivesse a maior epidemia de dengue da sua história. Para o Garotinho em 2002, Serra achava que tinha de vacinar o mosquito. Se apropriou de programas que não foram seus como os genéricos e contra a AIDS.
Prefeito de São Paulo – Acabou com os programas implantados pela prefeita Marta Suplicy como o Interligado dos transportes, que não foi completado, pois os corredores de ônibus e terminais não foram construídos, o Vai e Volta, que transportava crianças para a escola, chegou a levar mais de 100.000 alunos por dia, o Renda Mínima que tinha quase 300.000 famílias recebendo um salário mínimo, a Guarda Civil Metropolitana, o que acabou com a segurança, entre outros.
Governo de São Paulo – Não desassoreou o rio Tietê, o que fez com que o Estado sofresse as piores inundações, principalmente o Jardim Pantanal, não investiu em educação, pagando os piores salários e tendo os piores resultados do Brasil, pelo contrário mandou a polícia descer a lenha nos professores; não investiu em segurança, o policial paulista é um dos que ganham menos, e a situação no Estado é de medo coletivo; a infraestrutura é precária, principalmente no transporte metropolitano, em que trens, metrôs e ônibus estão superlotados e implantou os pedágios mais caros do Brasil e do mundo o que encarece o transporte de mercadorias consumidas pela população.

Serra é preparado ou dizem que ele é preparado?

Diretor do Vox Populi arrasa na Band

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Entrevista do Diretor do Instituto de Pesquisa Vox Populi, Marcos Coimbra, ao Jornal da Noite na Band
Fernando Mitre e Boris Casoy devem ter tido insônia depois dessa entrevista. Imperdível!

Fonte: http://transparenciasaopaulo.blogspot.com/2010/04/diretor-do-vox-populi-marcos-coimbra.html

Criação de empregos aumenta a partir de 2003

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Demo mentiroso da turma de Serra é desmascarado por Marília Gabriela



A jornalista e apresentadora Marília Gabriela está indignada com a divulgação de um texto - falsamente atribuído a ela - contra a pré-candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT). "Não tenho nada a ver com essa porra", diz a Terra Magazine.


Marília decidiu procurar assistência jurídica, nesta terça-feira (27), depois de ver o pseudo-libelo antipetista ser reproduzido pelo site do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), que apoia a candidatura de José Serra (PSDB). "O próximo passo é procurar meus advogados".

Num tom agressivo, emails estão sendo repassados para atacar a ex-ministra da Casa Civil.

O artigo se espalhou em redes sociais e blogs da extrema, embora a jornalista utilize a internet somente para "para fazer pesquisas, leituras, nunca pra escrever textos e publicar dessa forma idiota", como descreve. "Isso não é novo. Começaram há dois meses. O Carlos Brickman, no Observatório da Imprensa (em março), desmentiu. Mas não adiantou. Sou uma jornalista inteligente, tenho uma carreira de 40 anos. Só se eu fosse maluca! Não sou ligada a nenhuma rede social".

Repleto de adjetivos desairosos, o texto não combina com a personalidade da apresentadora do canal GNT, mas demonsta o nível da guerra que se trava na internet, neste período pré-eleitoral. "A internet é terra de ninguém. O problema é você ser vítima dessa terra de ninguém, não ter como controlar. É uma sacanagem", revolta-se Marília Grabriela.

"Não tem nada a ver comigo, não escrevo daquela forma, não tem meu estilo. Qualquer pessoa criteriosa vai perceber que uma jornalista como eu não iria fazer isso, assumir uma gracinha dessas. Eu vivo de entrevistas. Gostaria de entrevistar todos os candidatos. Não cometeria essa estupidez", reforça a apresentadora do "Marília Gabriela Entrevista".

Blog Os amigos do Presidente Lula

METRÔ DE SÃO PAULO CHEGA A LIMITE DE SUPERLOTAÇÃO

A Linha Vermelha do Metrô de São Paulo é uma das três mais lotadas do mundo. O trecho entre as estações Corinthians/Itaquera, na zona Leste, e Palmeiras/Barra Funda, na zona Oeste, recebe 1,5 milhão de passageiros por dia. Indiferente ao crescimento da população, o Metrô paulista avançou apenas 18,9 quilômetros nos 15 anos da gestão do PSDB em São Paulo, uma média de 1,26 quilômetros ao ano, e tem hoje 62,3 quilômetros de extensão entre suas 55 estações.

Comparativo entre as redes de Metrô no Mundo: (clique na imagem para visualizar a tabela inteira)

CLIQUE EM "LEIA MAIS" (ABAIXO) E CONTINUE LENDO O ARTIGO













Sem planejamento, Linha Vermelha do Metrô chega a limite da superlotação





A Linha Vermelha do Metrô de São Paulo é uma das três mais lotadas do mundo. O trecho entre as estações Corinthians/Itaquera, na zona Leste, e Palmeiras/Barra Funda, na zona Oeste, recebe 1,5 milhão de passageiros por dia. Indiferente ao crescimento da população, o Metrô paulista avançou apenas 18,9 quilômetros nos 15 anos da gestão do PSDB em São Paulo, uma média de 1,26 quilômetros ao ano, e tem hoje 62,3 quilômetros de extensão entre suas 55 estações.
“Entre as grandes capitais do mundo, a rede só é maior do que a de Buenos Aires, mas transporta quatro vezes mais passageiro por quilômetro instalado”, revela o Diagnóstico da Gestão Tucana em São Paulo, elaborado pela Bancada do PT. O metrô de São Paulo chega a transportar quase dez passageiros por metro quadrado, quando o aceitável é de quatro passageiros e o tolerável seis.
O Diagnóstico revela ainda que o Metrô de Tóquio, por exemplo, que é citado frequentemente como um dos mais lotados do mundo, tem atualmente 195,1 quilômetros e 179 estações para uma população menor do que a da capital paulista: 8 milhões 366 mil em Tóquio contra 10 milhões 866 mil em São Paulo.



A reportagem “Alerta vermelho na Linha Vermelha”, publicada na edição de 16 de abril do Diário de São Paulo, retrata o drama dos usuários do sistema, que enfrentam uma situação desumana, com muito empurra-empurra e atrasos diários.
Uma das soluções apresentadas pela Companhia de Trens Metropolitanos para a situação limítrofe enfrentada pelos usuários é reduzir drasticamente a distância entre os trens de 450 para 150 metros.



Mas, o problema segundo especialistas ouvidos pelo Diário de São Paulo e o Diagnóstico da Bancada é que o transporte público é ruim, caro e mal planejado. “A manutenção do Metrô vem piorando. Os acidentes têm ocorrido de forma mais corriqueira e afetado a qualidade do serviço. Em 200 foram inúmeras as paralisações dos trens por problemas mecânicos”, diz o Diagnóstico.



O Diário de São Paulo ouviu vários consultores em Transportes e eles defendem a construção de corredores de ônibus e o planejamento competente do fluxo para aliviar a superlotação da Linha Vermelha.
fonte: Assembleia Permanente (http://www.ptalesp.org.br/bancada_ver.php?idBancada=2352)

http://transparenciasaopaulo.blogspot.com/2010/04/metro-de-sao-paulo-chega-limite-de_22.html

Caos na Segurança: Governo não respeita acordo firmado com policiais

quarta-feira, 28 de abril de 2010


No período de setembro a novembro de 2008, os policiais civis permaneceram em greve reivindicando reajuste salarial. Na ocasião, ficou acordado entre o governo e a “Representação Coletiva dos Policiais Civis de São Paulo” que, em 2009, o governo enviaria projeto de lei à Assembléia, incorporando o Adicional de Local de Exercício aos salários, em parcela única e pelo valor maior, extensiva aos inativos e pensionistas. Porém, esse acordo não foi cumprido pelo governo.

O Projeto de Lei Complementar 13/2010 que trata da extensão do ALE (Adicional de Local de Exercício) aos proventos e pensões para a Polícia Militar e Polícia Civil não foi votado nesta terça-feira (27/4), na Assembleia Legislativa, pela falta de uma proposta, por parte do governo, que contemple às reivindicações dos policiais. Não houve acordo entre as bancadas para que o projeto entrasse na pauta de votação.

Para a Bancada do PT, o PLC não atende integralmente ao pleito dos policiais civis e militares e está muito distante daquilo que ficou acordado com o governo em novembro de 2008 como condição para o encerramento da greve da Polícia Civil.

Na reunião do Colégio de Líderes, nesta terça, os deputados governistas afirmaram que não havia possibilidade de fazer uma emenda aglutinativa e que emendas de plenário certamente seriam rejeitadas, já que essa é a orientação vinda do Palácio dos Bandeirantes.

Durante a tramitação na Assembleia, o projeto recebeu 32 emendas e um substitutivo, mas o relator especial da Comissão de Constituição e Justiça, deputadoVaz de Lima (PSDB), emitiu parecer favorável apenas à emenda nº 1, que é de sua autoria.
A propositura do Executivo estabelece apenas dois locais de exercício, ou seja, Local I, para unidades policiais civis e militares sediadas em municípios com população inferior a 500 mil habitantes; e Local II , para unidades sediadas em municípios com população igual ou superior a 500 mil habitantes.
Atualmente, são três os locais de exercício e, com a extinção do local referente aos municípios com menos de 200 mil habitantes, os policiais que trabalham nessas cidades passarão a fazer jus aos valores do ALE do Local I.
Além disso, o projeto prevê a extensão do ALE aos policiais civis e militares inativos e aos pensionistas. De acordo com o projeto, o adicional será incluído nos proventos dos inativos em cinco anos.
Acordo
No período de setembro a novembro de 2008, os policiais civis permaneceram em greve reivindicando reajuste salarial. A paralisação foi encerrada após o governo conceder 13% de aumento em duas parcelas de 6,5%, uma em 2008 e outra em 2009. Na ocasião, ficou acordado entre o governo e a “Representação Coletiva dos Policiais Civis de São Paulo” que, em 2009, o governo enviaria projeto de lei à Assembléia, incorporando o Adicional de Local de Exercício aos salários, em parcela única e pelo valor maior, extensiva aos inativos e pensionistas. Porém, esse acordo não foi cumprido pelo governo.
No que diz respeito aos policiais da ativa, o projeto, ao estabelecer apenas dois locais de exercício, beneficia os policiais civis e militares que trabalham em municípios com população inferior a 200 mil habitantes, porém o valor do ALE destes continuará sendo 20% menor dos que trabalham em cidades com mais de 500 mil habitantes.
Quanto aos policiais inativos, o projeto estabelece que o ALE, na base de 100% do valor correspondente à classificação da unidade policial em que se encontravam em exercício no momento da inatividade, será pago em valor fixo, a partir da vigência da lei, em cinco anos, na razão de 1/5 (20%) por ano, cumulativamente. Os policiais que se aposentarem a partir da vigência da lei, também terão o ALE incluído nos proventos, na seguinte conformidade: aposentados em 2010, em cinco anos; aposentados em 2011, em quatro anos; aposentados em 2012, em três anos; aposentados em 2013, em dois anos e aposentados em 2014, integralmente.

extraído de: http://www.ptalesp.org.br/bancada_ver.php?idBancada=2368

O governo PSDB e a violência em São Paulo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nas últimas 48 horas, uma quadrilha assaltou o cofre do crematório de Vila Alpina, em SP; um executivo foi sequestrado e morto próximo a um shopping de luxo da capital; o governo norte-americano recomendou a seus cidadãos não visitar Guarujá, o balneário paulista se encontra sob toque de recolher imposto pelo crime organizado. As estatísticas disponíveis são expressivas: a criminalidade sob o governo Serra ganhou músculos no interior; o total de roubos seguido de assassinatos avança firme na capital. Em 2009, 1º trimestre, sim, a gestão tucana é lerda nas estatísticas ruins, os roubos no interior de SP cresceram 19%, os estupros 33,5%, os latrocínios 36%. Na capital, roubos seguidos de morte aumentaram 14,8% entre abril e junho de 2009. Os dados são da própria Secretaria de Segurança de SP. Mas o candidato do conservadorismo brasileiro posou de Afanásio Jazadji em entrevista recente à Bandeirantes e grantiu que se eleito vai fazer e acontecer na questão da segurança pública no Brasil. Não ocorreu ao entrevistador confrontá-lo com o saldo da própria administração. Vai por aí a ópera bufa que tem a mídia como bobo alegre.
(Carta Maior; 28-04)

Os DEMOS e a eleição de Serra

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Só a eleição de Serra pode salvar o partido da ditadura militar: DEMOS (ex-Arena, ex-PFL) derretem em todo o país. Sua bancada no Senado poderá recuar das atuais 14 cadeiras para oito neste pleito; em 1998, em aliança carnal com FHC, o então PFL elegeu 105 deputados, a maior bancada do país; em 2002, com a vitória de Lula, caiu para 84 deputados; em 2006, na reeleição de Lula, fez só 65 e, até a posse, já havia perdido três. Tornou-se a quarta bancada."Em 2000 administrávamos 1200 cidades; em 2004, 700; hoje são apenas 497’, admite o líder do partido, Rodrigo Maia, cuja reeleição está ameaçada e depende da vitória de Serra para manter influencia no poder.
(Carta Maior e a matemática política que faz de Serra o estuário do conservadorismo nativo;com informações do jornal Valor; 28-04)

Graeff não só comanda os brucutus. É o brucutu

Segui uma dica postada aqui e está aí ao lado, para quem quiser ver. Além do site de ataques “gente que mente” (veja aqui a denúncia), assunto escandaloso e encoberto até agora, a direção do PSDB tem um “saco de maldades” preparado e reservado para a campanha suja que vai fazer na web nestas eleições. Reproduzo aí ao lado a página do registro.br que elenca os sites registrados em nome do Instituto Social Democrata, uma instituição criada pelo ex-presidente FHC, e dirigida pelo alto tucanato.

O ISD, que vive de doações privadas e contribuições de sócios, é, segundo seu estatuto, “uma sociedade civil sem fins lucrativos, destinada a promover o debate e a divulgação de idéias e teses da social democracia, buscando aprimorar o pensamento e as propostas de ação relativos aos relevantes problemas nacionais.”. Goza, por isso, de isenções fiscais.

A menos que nesta busca por “aprimorar o pensamento” se inclua o ataque vil e sujo, o que levaria esta intituição a registrar, no final de 2008, um site chamado “www.petralhas.com.br”? Não está no ar, foi ativado e desativado instantaneamente, para ficar guardado, no limbo, para utilização futura, talvez transferido para outro titular.

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O responsável pelo registro é o senhor Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência do Governo FHC, tesoureiro nacional do PSDB e homem forte, junto com o ex-ministro (e secretário de Serra) Paulo Renato de Souza.A sede do ISD é em São Paulo, mas o registro está feito com um endereço residencial em Brasília, que esfumacei na imagem, mas está no original. Fiz o mesmo com o email pessoal do senhor Graeff, porque não faço jogo sujo, ao contrário dele, que não pode se escusar da responsabilidade por isso.

Vou hoje à tribuna da Câmara, desafiar o discurso de bom-moço de José Serra. Toda esta sujeira é feita por seus homens de confiança.

Posso e vou reagir em defesa da campanha de Dilma Rousseff, porque devo lutar contra os métodos sujos da direita – porque ações sórdidas assim não merecem jamais o nome de social-democratas – que quer devolver o Brasil à condição servil.

Mas não posso reagir em nome do PT, embora, sinceramente, não tenha muitas esperanças que este o faça.

Fonte: http://www.tijolaco.com/

“Civilidade” do PSDB e de Serra é uma fraude

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Imagine se o PT, o PDT ou outro partido que apóia Dilma tivesse no seu site oficial um link para outro site – também registrado em nome do partido – intitulado “Gente que Mente” , dedicado exclusivamente a atacar o tucanato, o que aconteceria. Folha, Globo, Estadão, todos eles estariam caindo em cima: “Dilma monta site para atacar adversários”, não seria um título plausível para este caso?

E se sucederiam notas e artigos protestando contra a baixaria… Alguns dirigentes gaguejariam, diriam não concordar com isso, que a campanha teria de ser de “alto nível”, com propostas, não com ataques pessoais…Logo iam pedir – e levar – a cabeça do “interneteiro” responsável, que teria seu rosto exposto nas páginas e, isolado, ia acabar dizendo, sob a incredulidade geral, que a direção do partido e a candidata não sabiam de nada. Ninguém iria acreditar, e com razão…

Pois bem. Desafio publicamente a direção do PSDB, o senhor José Serra e a grande imprensa brasileira a dizerem se não é exatamente isso que o PSDB – sob as ordens diretas do Sr. Eduardo Graeff, ex-secretário de FHC, coordenador da campanha serrista e membro da Direção Nacional do PSDB - está fazendo. Faz e faz com a cumplicidade geral.

Reproduzi a página do site oficial do PSDB (www.psdb.org.br), tomada às 22:30 de hoje. Ali há um banner rotativo (onde os links se sucedem) apontando para o site www.gentequemente.org.br , dedicado a publicar acusações e chamar de mentirosos Lula e Dilma. O mesmo nome, só que com a terminação com.br, está registrado no mesmo nome da empresa que faz o site www.amigosdoserra.com.br, a DDM.

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Este site não é de terceiros. Pertence ao PSDB, à direção nacional do partido, conforme você pode verificar com a página de registro no Comitê Gestor da Internet no Brasil.

O candidato José Serra age fraudulentamente quando elogia o governo Lula e diz que vai fazer uma campanha civilizada e de propostas, enquanto estimula que, sob a responsabilidade direta de seu partido, a guerra suja se espalhe na rede.

Não é um militante pró-serra que faz o site. Não é um parlamentar pró-serra. É o partido, é a instituição.

Eu ofereço os documentos, as provas. Mais que isso não posso fazer. Não posso ir à Justiça Eleitoral e à Cível em nome de Lula ou de Dilma, muito menos do PT. Posso ir à tribuna, nos poucos segundos de que um parlamentar dispõe nas sessões da Câmara. Posso publicar aqui. Posso combater sozinho, se não houver quem tenha a coragem de enfrentar as armações.

Mas, sozinho, posso pouco. Que aqueles que podem muito assumam suas responsabilidades.

Ou vamos ficar quietinhos, enquanto o jogo sujo – e milionário – campeia na rede?

Fonte: http://www.tijolaco.com/

terça-feira, 27 de abril de 2010

Serra deixou de investir R$ 1,3 bi em metrô de SP

27/04/2010

Má gestão fez com que várias estações não fossem concuídas a tempo e houvesse redução na verba destinada ao transporte

Má gestão fez com que várias estações não fossem concuídas a tempo e houvesse redução na verba destinada ao transporte

A gestão do ex-governador José Serra (PSDB) deixou de aplicar R$ 1,3 bilhão na expansão da rede de Metrô de São Paulo no ano passado. Ao todo, estavam previstos gastos de R$ 3,3 bilhões, dos quais apenas R$ 2 bilhões, foram usados, segundo o balanço da companhia publicado no Diário Oficial do Estado em 15/04. O valor de investimento estava previsto no orçamento de 2009, e havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa.

A redução dos investimentos ocorreu pelo atraso na Linha 5-Lilás, cujas obras deveriam ter começado no início do ano passado, mas só se iniciaram em agosto. O trecho deixou de receber R$ 1 bilhão, o equivalente a 80% da verba prevista. Com isso, duas estações que seriam inauguradas este ano, só entrarão em operação em 2011. Também houve atraso na Linha 4-Amarela, que recebeu R$ 699 milhões, 20% a menos do que o previsto. As duas primeiras estações, que deveriam ter entrado em operação no mês passado, ainda não foram abertas. Já a Linha 6-Laranja não recebeu os R$ 70 milhões que constavam do orçamento.

A Linha 2-Verde foi a única a receber toda a verba prevista. Do R$ 1,1 bilhão orçado foi aplicado R$ 1,08 bilhão. Ainda assim, o cronograma atrasou. Duas estações que deveriam ter sido inauguradas em março, tiveram sua abertura adiada para junho. Já a extensão da linha até Cidade Tiradentes, por monotrilho, recebeu apenas R$ 50 milhões dos R$ 228 milhões reservados pela Prefeitura.

O Metrô afirmou, em nota, que o cronograma pode variar em “cinco meses para mais e um para menos” sem que isso caracterize o descumprimento da entrega. Para o engenheiro e especialista em transportes Horácio Figueira, a redução no investimento é um indicativo de falta de verba ou de falha de planejamento. “Ou não havia dinheiro para fazer a obra ou o cronograma foi mal planejado.”

Fonte: http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=14595

PT, Aloizio, Dilma e a vitória em SP ImageO PSDB por seus candidatos, dirigentes, líderes e acólitos na mídia pode dizer o que quiser, alardear ao máximo que está unido em sua principal base, São Paulo, mas não está. Pelo contrário, parece irremediavelmente dividido. Sonhou com o apoio do PTB e por um desses estranhos desfechos da política, os petebistas podem aliar-se ao PP dos deputados Paulo Maluf e Celso Russomano. A chapa majoritária da coligação tucana no Estado continua Geraldo Alckmin governador/Orestes Quércia senador(PMDB) e só, porque a outra vaga para o Senado está sendo disputada pelos deputados federais tucanos Aloysio Nunes Ferreira Filho, José Aníbal e Mendes Thame.
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Aloizio Mercadante, Dilma Rousseff e Marta Suplicy

O PSDB por seus candidatos, dirigentes, líderes e acólitos na mídia pode dizer o que quiser, alardear ao máximo que está unido em sua principal base, São Paulo, mas não está. Pelo contrário, parece irremediavelmente dividido. Sonhou com o apoio do PTB e por um desses estranhos desfechos da política, os petebistas podem aliar-se ao PP dos deputados Paulo Maluf e Celso Russomano.

A chapa majoritária da coligação tucana no Estado continua Geraldo Alckmin governador/Orestes Quércia senador(PMDB) e só, porque a outra vaga para o Senado está sendo disputada pelos deputados federais tucanos Aloysio Nunes Ferreira Filho, José Aníbal e Mendes Thame.

Mesmo a candidatura a senador já definida na chapa, a de Quércia não tem espaço para uma vitória. Muitos prefeitos e lideranças do PMDB não aceitam o acordo que Quércia fez com seus adversários históricos, os tucanos, depois que estes viveram e faturaram por duas décadas em São Paulo em cima do antiquercismo.

O deputado Aloysio Nunes (PSDB-SP), caso os governadores José Serra e Alberto Goldman consigam fazê-lo candidato, tem que conquistar voto, porque por enquanto é o lanterninha nas pesquisas eleitorais. O prefeito paulistano, Gilberto Kassab, com ficha de filiação no DEM mas há muito tempo ancorado no barco tucano, não apoia Alckmin - que se impôs como candidato a governador - e está mal em São Paulo. Sua situação piora a cada rodada de pesquisa.

Chapa Mercadante-Marta é para 2º turno e para vencer


Nesse quadro em que os adversários afundam o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato a governador numa chapa que tem também a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) concorrendo ao Senado, pode ir para o 2º turno e vencer. Os petistas têm o melhor e mais forte palanque e aliança desde as eleições de 1982. E há um esgotamento, praticamente paupável até, da hegemonia tucana em São Paulo.

Assim, saímos bem na largada em São Paulo onde a campanha é estratégica para todos os nossos candidatos, principalmente majoritários a governador, senador e presidente da República. Trata-se da retaguarda do candidato da oposição ao Planalto, José Serra. São Paulo é seu principal colégio eleitoral - dele e do país.

Um avanço do PT e de sua candidata a presidenta Dilma Rousseff no Estado, decide a eleição. E isso é possível, está ao alcance de nossas mãos. O lançamento da chapa Mercadante-Marta (feito em ato da militância sábado pp) mostrou um PT unido e aguerrido ao contrário do PSDB-DEM-PPS-PMDB.

Foto: Ricardo Stuckert Filho/ Blog Dilma na web

Bolsa Família não foi gestado na era FHC

Haja paciência ter que esclarecer isso! Cresce a lista de projetos, ideias e obras que o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) atribui a si ou ao tucanato de oito anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que não é deles. Já registrei aqui no blog que ele se apossou dos genéricos, criados pelo ex-senador Jamil Haddad (PSB-RJ) e do seguro desemprego que também diz ser projeto seu, mas que já existia e ele apenas fez alterações.

Agora, nessa entrevista a José Luiz Datena, na Rede Bandeirantes de TV (leia post acima), ele voltou a falar sobre o Bolsa Família, que hoje contempla 12 milhões de famílias e que os tucanos decidiram extinguir caso Serra se elegesse presidente da República. Como a repercussão foi extremamente negativa, voltaram atrás e agora fazem campanha com a promessa de mantê-lo.

Serra voltou a tratar do Bolsa com o mesmo viés de todos os tucanos, com a teoria de que o programa teve origem no governo FHC. Não teve. O programa nasceu ainda na equipe de transição do governo Lula, sob a coordenação de Ana Fonseca, que depois (2004) foi secretária-executiva do Ministério de Desenvolvimento Social.

A verdadeira história do Bolsa Família

Para botar os "pingos nos is" convém lembrar: o governo Lula, ainda na transição, tinha sérias restrições à dispersão de programas como o Vale Gás, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Bolsa Renda da era tucana.O Vale Gás era de R$ 15,00 a cada dois meses; o Bolsa-Renda dava R$ 30,00 pagos por mês a 842 mil famílias que moravam em municípios atingidos pela seca; o Bolsa-Escola e o Bolsa-Alimentação repassavam entre R$ 15,00 e R$ 45,00 por mês a famílias com gestantes, nutrizes e crianças de seis meses até 15 anos de idade

A principal crítica do governo Lula é que esses programas - esses, sim - eram meramente assistencialistas. Não tinham conceito sobre como entrar neles, critérios de permanência e não tinham porta de saída. Por isso o governo Lula preparou o Bolsa Família ainda na transição – e não tempos depois como diz o candidato José Serra. E o fez com a preocupação de livrar o programa do caráter extritamente assistencialista que tinham as bolsas e vales no governo FHC.

A oposição - o PSDB em particular - age em relação ao Bolsa Família da mesma forma como periodicamente fala sobre a política econômica. De vez em quando dizem que o governo Lula não mudou nada na economia e que segue a mesma política da era tucana. Como a mesma, se em em oito anos o atual governo gerou 13 milhões de empregos - mesmo com a crise econômica mundial de 2008/2009 - e o governo FHC em oito anos só 800 mil?

Fonte: http://www.zedirceu.com.br//index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2

O afago de Serra à direita truculenta

Os tucanos passaram os últimos 7,5 anos criticando a criação de ministérios e a contratação de servidores públicos pelo governo Lula. Mas, seu candidato e da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) já prometeu criar dois ministérios: o da pessoa com deficiência e agora o da segurança pública.

Este último ele prometeu em entrevista ao programa do José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes de TV. Para ser objetivo, eu tenho que reconhecer que sobre segurança o candidato da oposição não tem nenhuma autoridade para falar. Em 15 anos de tucanato, São Paulo não avançou nessa questão. Isso nem novidade é, porque esse Ministério da Segurança ele já prometeu na campanha de 2002, quando perdeu a eleição ao Planalto para o presidente Lula.

A única novidade agora é a linguagem chula e agressiva que lembra a direita sobre a repressão. O enfrentamento que ele propõe e outros termos que usou no programa são nomes bonitos ou de impacto para simplesmente dar ordem para matar suspeitos ou bandidos. Essa dureza que ele promete é de fácil apelo popular, mas não resolve a questão da segurança. Apenas soa como música em programas de rádio e TV popularescos, para as chamadas "bancadas (parlamentares) da bala" e para a direita mais truculenta e reacionária.

Nós, paulistas, conhecemos os discursos dos ex-governadores Paulo Maluf (PP) e Orestes Quércia (PMDB), e depois Fleury Filho (PMDB, agora PTB) e Geraldo Alckmin (PSDB) sobre mais polícia, mais ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na rua, mais repressão. E sabemos seu resultado: zero em matéria de segurança. Mas, são políticas que deixaram milhares de mortos pela polícia, o que faz com que a retórica de Serra sobre direitos humanos - ele alternou e também a usou no programa da Band - seja só para constar em seu currículo.

Quando ele fala em “engaiolar” "seres humanos", ele os está tratando como animais. Tivemos assim, nessa entrevista, um bom exemplo do que vem por aí na campanha tucana: explorar o medo dos cidadãos que eles não protegeram durante 16 anos de um São Paulo governado pelo PSDB. Ou, ao longo de 28 anos, se contarmos desde o governo Franco Montoro a partir de 1983. São 16 ou 28 anos de fracasso nas políticas de segurança tucanas e que eles - seu candidato e o tucanato paulista - agora procuram esconder.

Fonte: Blog do Zé - http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=8938&Itemid=2

“Não tem nada que pedir desculpas”, diz Norma Bengell

27.04.2010

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo de hoje, a atriz Norma Bengell disse que não viu problema algum no uso de uma foto sua no site Dilma na Web. A fotografia de Bengell aparece numa ilustração da seção “Minha vida”, que conta a trajetória de Dilma e o contexto histórico do país desde a década de 1940.

"Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", afirmou ela, dizendo ter simpatia pela ex-ministra da Casa Civil.

Dilma agradeceu, em sua página no Twitter, a declaração de Norma Bengell, que desfaz o mal-entendido gerado no último fim de semana. Uma nota no Dilma na Web esclareceu o caso. “Quero agradecer a atriz Norma Bengell pelas palavras simpáticas. Deu ao episódio de sua foto no blog a devida dimensão:uma questão menor”, disse no microblog.

Fonte: http://www.dilmanaweb.com.br/noticias/entry/naeo-tem-nada-que-pedir-desculpas-diz-norma-bengell/

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Em entrevista à Rede TV, Ciro define Serra

"É preparado, tenebroso e autoritário. Com o poder na mão...

Image"É preparado, tenebroso e autoritário. Com o poder na mão é um risco para o país". Essa é a definição do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) sobre seu ex-concorrente ao Planalto, o tucano que disputa pela oposição, José Serra.

Em longa entrevista à Rede TV, na madrugada desta segunda-feira, Ciro falou sobre sua expectativa em relação à decisão do PSB - que amanhã anunciará se sai para a presidência da República com candidato próprio (Ciro) ou, mais provavelmente, comunicará seu apoio a Dilma Rousseff, a candidata do PT, do presidente Lula e dos partidos aliados.

Sob o lema "Desistir, nunca", Ciro explicou porque foi candidato ao Planalto e reafirmou o que acredita ser um erro estratégico do presidente Lula. O apoio a uma candidatura única e à polarização entre duas candidaturas (oposição e governo) no país.

Ciro reiterou críticas ao PMDB, ao próprio governo e também ao PT, e fez um apanhado sobre os principais momentos da nossa história política recente. Quanto à Dilma, apesar de considerar sua pouca experiência no processo eleitoral, foi claro: "Dilma é uma figura de grande valor. Se há uma pessoa de valor por decência, amor ao país, competência é ela, o melhor quadro dentro do PT".

A todos vocês deixo a recomendação de leitura desta entrevista, do deputado Ciro Gomes no site da Rede TV.

Fonte: Blog do Zé - http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2

Jogo sujo na rede

Jogo sujo na rede

26/04/2010 12:53:33

Leandro Fortes

Há insultos e baixarias de todos os lados, mas o PSDB montou um esquema na internet que inclui a ação de hackers e a propagação de calúnias variadas
por Leandro Fortes


Na manhã da segunda-feira 19, o publicitário Marcelo Branco, contratado para coordenar a campanha de Dilma Rousseff na internet, não sabia, mas estava prestes a encarnar o papel de Davi. Na noite do mesmo dia, menos de 24 horas depois de colocar no ar um jingle para comemorar 45 anos de existência muito semelhante ao slogan de campanha do PSDB, a Globo iria capitular a um movimento iniciado justamente por uma mensagem postada por Branco no Twitter, o microblog que se tornou febre no mundo. “Jingle de comemoração dos 45 anos da TV Globo embute, de forma disfarçada, propaganda pró-José Serra”, avisou o tuiteiro, antes das 10 da manhã. Poucas horas depois, o comercial estava fora do ar.

“O Golias piscou”, comemorou, em seu blog pessoal, o Tijolaço.com, o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), herdeiro político do avô, o ex-governador do Rio Leo­nel Brizola, que lutou até morrer, em 2004, contra o poder da família Marinho. O pedetista fez mais barulho, inexplicavelmente, do que o PT. Isso porque, com o Twitter de Branco, os petistas venceram a primeira batalha da guerra que se anuncia, sem quartel e sem trégua, na internet durante a campanha eleitoral. Até o departamento jurídico da emissora entrou em campo para precipitar o fim da campanha publicitária. Segundo Ricardo Noblat, jornalista da casa, advogados da empresa consultaram o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandovski, e chegaram à conclusão de que o melhor era interromper a exibição do comercial.

O desfecho da história ilustra bem como vão funcionar estratégias montadas por todos os partidos, mas, sobretudo, entre petistas e tucanos, cujos alvos são as chamadas redes sociais da internet (Twitter, Orkut, Facebook e YouTube), que acumulam cerca de 60 milhões de usuários. Com o auxílio de especialistas, a rede tem sido mapeada de forma a estabelecer modelos de comportamento e de perfil dos usuários. Isso inclui análise permanente dos blogs, a partir de referências positivas, negativas­ e neutras. Tudo organizado e transformado em relatórios quase diários para os comandos das campanhas.

No caso do PT, os assessores dizem pretender usar a web para disseminar o verdadeiro currículo de Dilma Rousseff, em contraposição à famosa ficha falsa do Dops, veiculada primeiramente pela Folha de S.Paulo, depois de circular por sites de extrema-direita e inundar, em forma de spam, e-mails por todo o País. A ideia é mostrar, por exemplo, que a ex-ministra nunca participou diretamente da luta armada, nunca foi terrorista e foi condenada pelos tribunais da ditadura por crime de “subversão”, a dois anos de cadeia – embora tenha sido esquecida na prisão, onde ficou por três anos. De resto, subversivos eram considerados todos que contestavam a legitimidade do regime ditatorial, entre eles José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A estratégia da campanha virtual está a cargo da Pepper Comunicação Interativa, da publicitária brasiliense Danielle Fonteles, pela qual Branco foi contratado, por indicação pessoal da pré-candidata petista.

Quem cuida do conteúdo de internet para o PSDB é Arnon de Mello, filho do ex-presidente, atual senador e aliado recente de Lula, Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Arnon é um dos donos da ­Loops Mobilização Social e se apresenta como economista formado pela Universidade de Chicago e mestrado em Harvard, diretor do jornal Gazeta de Alagoas e funcionário do banco americano Lehman Brothers, epicentro da mais grave crise econômica mundial desde o crack de 1929. Um de seus sócios é João Falcão, ex-secretário de Cultura de Olinda (PE), filho de Joaquim Falcão, ex-diretor da Fundação Roberto Marinho e ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Falcão pai também é um dos autores do livro Dr. Roberto, de 2005, uma biografia autorizada do falecido fundador das Organizações Globo.

A Loops foi a responsável, na internet, pela campanha do deputado Fernando Gabeira (PV) à prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008. Gabeira acabou derrotado pelo atual prefeito, Eduardo Paes,­ do PMDB. O parlamentar verde, contudo, deverá contratá-la outra vez, desta feita para a campanha ao governo estadual. Por enquanto, a Loops se dedicará à captação de doações e ao monitoramento de informações divulgadas na internet sobre Serra, sobretudo, às que circulam no ambiente das redes sociais. A empresa não terá plena autonomia na campanha tucana. Estará subordinada à agência de publicidade digital Sinc, do empresário paulista Sérgio Caruso, ligado ao publicitário José Roberto Vieira da Costa, o Bob, homem de confiança do ex-governador. O nome de Caruso foi avalizado pelo ex-deputado do PSDB e atual presidente da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), Márcio Fortes, um dos responsáveis pela arrecadação de fundos no comitê serrista.

O PSDB ainda mantém outras frentes na internet. Participam da tropa virtual as empresas Knowtec e Talk Interactive. A primeira, com sede em Florianópolis, tem uma longa lista de serviços prestados ao antigo PFL, atual DEM, por meio de uma ligação histórica com o ex-senador Jorge Bornhausen. Em Brasília, tem como cliente a Confederação Nacional de Agricultura, presidida pela senadora Kátia Abreu. Quando o PFL mudou de nome em 2007, o novo portal do partido na internet foi montado pela Knowtec.

As duas empresas são administradas pelo mesmo executivo, o engenheiro Luiz Alberto Ferla. Ex-presidente do PFL Jovem e atual conselheiro político da Juventude DEM, Ferla está à frente do Instituto de Estudos Avançados (IEA) de Florianópolis, ONG dona de um contrato de 4,6 milhões de reais com a prefeitura de São Paulo assinado sem licitação. O contrato prevê uma consultoria voltada à reformulação do portal de notícias da prefeitura paulistana, obra que, no fim das contas, saiu por cerca de 500 mil reais. Após o contrato vir a público, o prefeito Gilberto Kassab decidiu cancelá-lo.

A Knowtec foi a primeira empresa brasileira a ir aos Estados Unidos, no ano passado, em nome dos tucanos, para tentar contratar os marqueteiros virtuais que fizeram sucesso na campanha do presidente democrata Barack Obama. Joe Rospars, da Blue State Digital, e Scott Goodstein, da Revolution Messaging, acabaram, porém, por fazer uma opção ideológica. Preferiram negociar com a Pepper, de Brasília, para então fechar um contrato de consultoria para o PT. Alegaram não trabalhar em campanhas de partidos conservadores. Desde então, a dupla tem aparecido na capital federal para opinar na estrutura de internet da candidatura petista. Em 2008, Rospars e Goodstein conseguiram que Obama arrecadasse, via internet, 750 milhões de dólares, por meio de 31 milhões de doadores (93% doaram até cem dólares).

Tudo indica que os marqueteiros de Obama se livraram de uma fria. A Knowtec está entre as companhias de tecnologia de informática investigadas pelo Ministério Público Federal no escândalo de corrupção do Distrito Federal. Em 1º de outubro de 2008, quando ainda era o orgulho do DEM e cotado para vice na chapa de Serra, o ex-governador José Roberto Arruda assinou com a Knowtec, via Secretaria de Comunicação Social, um contrato de 8,7 milhões de reais. A função da empresa era cuidar do portal de notícias do governo.
Os responsáveis pelo contrato foram os jornalistas Weligton Moraes e Omésio Pontes, assessores diretos de Arruda na área de Comunicação. A dupla foi flagrada alegremente no festival de propinas filmado pelo delator Durval Barbosa. Moraes, chefe do esquema de publicidade do governo distrital, foi preso por participar da tentativa de suborno de uma testemunha do caso. Ficou 60 dias no presídio da Papuda, até ser solto recentemente. Pode ser o próximo a fechar acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

De acordo com documentos levantados por CartaCapital no sistema de acompanhamento de gastos do Distrito Federal, apesar de o contrato ter sido de 8,7 milhões de reais, a Knowtec já embolsou 12,6 milhões. Como o prazo final do contrato é somente em 1º de outubro de 2010, é possível que a empresa ainda receba mais dinheiro nos próximos seis meses. Segundo dados do Siggo, há ao menos uma nota de empenho ainda pendente, no valor de 700 mil reais.

Loops, Sinc, Knowtec e Talk Interactive formam a parte visível da estratégia de campanha virtual do PSDB, mas há um fator invisível que, antes mesmo de ter se tornado efetivo, virou um problema. E atende pelo nome de Eduardo Graeff. Atual tesoureiro nacional do PSDB, Graeff é um tucano intimamente ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi secretário-geral no Palácio do Planalto e para quem, até hoje, redige discursos e artigos. Também é muito ligado a Eduardo Jorge, a quem sucedeu na Secretaria-Geral da Presidência. Os dois estão na origem da desastrosa reunião de apoio político, realizada no apartamento de FHC, em março, entre o ex-presidente e o ex-governador Joaquim Roriz, causa de grande constrangimento na campanha de Serra.

No ano passado, Graeff ficou responsável pela montagem de um núcleo interno com vistas a elaborar um projeto de campanha virtual para as eleições de 2010. O tesoureiro foi escolhido por ser espécie de guru da web no ninho tucano, graças a um site mantido por ele, desde 2003, o “eagora” – que tanto pode ser interpretado como “Ágora eletrônica” como pelo sentido da pergunta “e agora?”, segundo informações da página na internet.

Graeff organizou um grupo de tuiteiros e blogueiros para inserir mensagens na rede social da internet, inicialmente com conteúdo partidário a favor da candidatura de Serra. A realidade, no entanto, tem sido outra. Em vez de militantes tucanos formais, a rede de Graeff virou um ninho de brucutus que preferem palavrões, baixarias e frases feitas a qualquer tipo de debate civilizado. O objetivo dessa turma é espalhar insultos ou replicar mentiras na rede mundial de ­computadores. Não que do lado petista não prolifere um pessoal do mesmo nível a inundar a área de comentários de portais e blogs com a mesma falta de criatividade e torpeza. Termos como “tucanalha” ou absurdas teses conspiratórias fazem sucesso entre essa esquerda demente. Mas nada se compara, até agora, à ação orquestrada do lado da oposição.

Em consequência dessa estratégia, a assessoria jurídica de Serra o teria aconselhado a se afastar de Graeff e impedir que o nome do ex-secretário seja associado, organicamente, à campanha presidencial.
Ao menos um site ligado ao PSDB, replicado no Twitter, é assumidamente voltado para desqualificar o PT, o governo do presidente Lula e a candidatura de Dilma Rousseff. Trata-se do “Gente que mente” (www.gentequemente.org.br), mantido, segundo a direção do PSDB, por “simpatizantes” do partido. Na verdade, o site é criação de Cila Schulman, ex-secretária de Comunicação Social do governo do Paraná durante as gestões Jaime Lerner (DEM), entre 1994 e 2002. Cila trabalhou ainda na campanha de Kassab e presta serviços à presidência nacional do DEM. É filha de Maurício Schulman, ex-presidente do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH) durante o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), e último presidente do Bamerindus, banco falido em 1994 e incorporado ao HSBC.

Na equipe do PT, coube a Branco elaborar uma rede de comunicação virtual tanto para controlar conteúdo como para neutralizar a ação de trogloditas e hackers. Para se ter uma ideia, apenas nos três primeiros dias de funcionamento do site da presidenciável petista (www.dilmanaweb.com.br), lançado na rede na segunda-feira 19, foram registrados 7 mil ataques de hackers, sem sucesso, baseados em um servidor registrado na Alemanha – expediente clássico da guerrilha virtual. Por enquanto, ainda não é possível identificá-los, mas os petistas registraram os IPs (identificadores dos computadores usados).
Uma semana antes, o site do PT havia sido invadido, “pichado” com mensagens pró-Serra e reprogramado de modo a direcionar os usuários para o site do PSDB. Em seguida, foi a vez da página do PMDB. Acusados pelos petistas de terrorismo virtual, os tucanos contra-atacaram com um pedido à Polícia Federal para investigar o caso e deixar o assunto em pratos limpos. Os tucanos atribuem aos petistas a estratégia de se fazerem de vítimas e colocar a culpa nos adversários.

Um dos sites clássicos utilizados contra a pré-candidata do PT é o “Porra Petralhas” (www.porrapetralhas.tumblr.com), repleto de baixarias, mas focado, em comum a outras páginas do gênero, em colocar em Dilma Rousseff a pecha de “terrorista” e “inexperiente”, coincidentemente, duas teclas sistematicamente repetidas pela mídia nacional. O site não tem autor conhecido.

Também no Twitter, o “Porra Petralhas” atua de forma massiva, sempre com xingamentos e acusações. A foto utilizada no perfil insinua um beijo na boca entre Dilma e Hugo Chávez, presidente da Venezuela, dentro de uma moldura de coração. Dois outros perfis de microblog, “Dilma Hussein” e o conhecido “Gente que Mente”, ajudam a desqualificar a candidata nas redes sociais. Um “retuíta” o outro, como se diz no jargão da internet.

Procurado por CartaCapital, Graeff mandou dizer que não vai se manifestar sobre o assunto. De acordo com Carlos Iberê, assessor de imprensa do PSDB, o ex-secretário participou apenas da formação do núcleo interno que discutiu a questão da campanha da internet e agora se dedica exclusivamente à função de tesoureiro. Cila Schulman não foi encontrada. A assessoria de Luiz Alberto Ferla informou não saber de “nada oficial” a respeito dos contratos ou do papel da empresa na campanha.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=6533

Mercadante: PT agora está unido

24/04/2010 - 10:06h

Jorge Araujo/Folha Imagem
Mercadante_folha
O senador Aloizio Mercadante, que será lançado hoje pré-candidato do PT ao governo paulista, durante entrevista na sede do partido, no bairro da Bela Vista


ANA FLOR – FOLHA ONLINE

da Reportagem Local
O senador Aloizio Mercadante, 55, inicia oficialmente hoje a tarefa de tentar levar o PT pela primeira vez ao governo de São Paulo. É a segunda vez que ele concorre ao cargo. Na primeira, em 2006, sua campanha foi chamuscada pelo escândalo da compra de um dossiê contra seu então rival José Serra (PSDB), o episódio dos “aloprados”, como batizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de não ter sido o plano A –o PT e Lula apostavam em Ciro Gomes (PSB)–, o senador assume a tarefa com o partido apaziguado. Desta vez, Mercadante aposta suas fichas no desgaste dos tucanos, há 16 anos no poder, e na falta de unanimidade dentro do PSDB em torno de Geraldo Alckmin como candidato ao governo.
FOLHA – Por que o sr. quer ser governador?
MERCADANTE - Porque eu acho que São Paulo merece muito mais do que tem hoje. É um Estado fantástico, que tem a melhor base industrial do país, os melhores serviços, universidades, centros de tecnologia, tem uma agricultura moderna, a mais produtiva do país. No entanto, nesses 27 anos, tivemos o mesmo grupo se alternando, estão todos juntos novamente, querem trazer de volta alguém que já foi vice-governador e governador por 12 anos, enquanto os problemas fundamentais que são de competência do Estado não evoluíram da forma como deveriam. Ao contrário, estamos assistindo o Brasil com reconhecimento internacional com dinamismo com energia e São Paulo perdendo sua liderança. Eu acho que é um governo insuficiente. Nós mostramos que sabemos fazer bem. Fazemos melhor, é só comparar o governo Fernando Henrique Cardoso com o governo Lula. O Brasil demorou tanto tempo para acreditar [que] Lula seria um bom presidente e hoje o reconhece, por que São Paulo não pode acreditar que nós faremos em São Paulo o que fizemos no Brasil? Essa é a força de um governo com políticas públicas criativas, um governo novo, com motivação, em sintonia com o ritmo que o Brasil tem hoje.
FOLHA – O que acha que quem diz que o sr. está ‘indo para perder’?
MERCADANTE - Nada do que nós fizemos nesses 30 anos, e eu estive em todas as campanhas com o Lula, nada foi fácil. Não é fácil você mudar um país e um Estado como São Paulo. Mas esse é o sentido da minha vida. É o que eu acredito. Nós tivemos muitas derrotas, algumas vitórias, e valeu a luta. Pela primeira vez o PT está totalmente unido em torno do meu nome, e eu me sinto honrado por isso. Desde 82, com Lula, sempre houve disputa para indicação de candidato. [...] A candidatura da Marta é uma candidatura que empolga a militância [...] Nós temos uma aliança política que nunca tivemos aqui em SP. Sempre saímos muito isolados, sem tempo de televisão, sem amplitude nas alianças. Vamos ter de sete a oito partidos consolidados em torno da nossa aliança. Estamos praticamente com todas as centrais sindicais alinhadas e os principais movimentos sociais do Estado. Tudo isso aponta para uma possibilidade de vencer e acredito que nós podemos vencer. E mais: o meu adversário [o tucano Geraldo Alckmin] também, quando começou a campanha para prefeito estava com 45% de intenções de voto. Terminou com 22%, não foi nem para o segundo turno. Na eleição presidencial, no segundo turno, perdeu 3 milhões de votos.
FOLHA – Mas o plano A para São Paulo era Ciro Gomes (PSB).
MERCADANTE - Eu tenho uma grande simpatia pelo Ciro, acho que ele faz parte do nosso campo político, ele foi muito leal ao governo Lula. [...] Não sei se no primeiro ou no segundo turno, mas nós vamos estar juntos. [...] Essas candidaturas ajudam a viabilizar o segundo turno, que é o que São Paulo precisa, ter dois candidatos debatendo frente a frente. Eu gostaria muito que São Paulo construísse esse cenário, eu e o Alckmin debatendo na televisão, discutindo, questionando e aí nós vamos ter muito mais segurança.
FOLHA – O slogan de sua pré-campanha é “São Paulo a favor do Brasil”. São Paulo está contra o Brasil?
MERCADANTE - Acho que São Paulo precisaria estar em sintonia com esse momento extraordinário que foi construído no país. São Paulo sempre foi a locomotiva do país, e hoje não é. Está perdendo a liderança na educação, na segurança, no crescimento econômico, desenvolvimento. [...] Eu sinto que é um governo que está sendo superado pelos fatos. [...] Eu acho que São Paulo precisa de um outro caminho, São Paulo merece muito mais.
FOLHA – O presidente Lula pediu para o sr. ser candidato ao governo?
MERCADANTE - É público que ele achava que eu era o melhor nome para disputar o governo do Estado pelo PT nessas eleições e isso me dá ainda mais motivação e orgulho.
FOLHA – A Lula, o sr. pediu algo em troca da candidatura, caso perca?
MERCADANTE - A única condição que eu pus é que eu vou lutar pela vitória e que eu tenho certeza que ele vai se empenhar na nossa candidatura. E ele vai. Isso é o que importa nesse momento, porque nunca tivemos o Lula com o apoio popular que tem hoje. É um cenário muito favorável e acho que a despedida do Lula vai emocionar o Brasil e criar uma sensação de vazio na política e no cenário internacional. Isso vai ser um fator decisivo para a vitória da Dilma e para a nossa vitória.
FOLHA – O sr. viveu muitas dificuldades no Senado, onde teve derrotas. Qual foi o momento mais difícil?
MERCADANTE - Ser líder do governo numa situação de minoria, como eu fui, tudo foi difícil. Cada projeto que nós aprovamos exigia negociação, mobilização, argumentação. Líder do governo é que nem São Sebastião, cada dia uma flecha.
FOLHA – Em agosto, quando o senhor anunciou sua renúncia ‘irrevogável’ e voltou atrás, foi um deles?
MERCADANTE - Eu fiquei muito indignado com a situação do Senado, principalmente com aquele capítulo lamentável de atos secretos. A administração pública tem de ser transparente. [...] Eu, me dedicando como me dedicava ao meu mandato, trabalhando como trabalhava para sustentar o governo… Nunca fui da mesa, nunca quis ir para a mesa [...] Você vê aquilo tudo… Eu disse ‘não’. Quando o partido do governo achava, por causa da aliança com o PMDB, que era indispensável, que nós não deveríamos apurar os atos secretos no âmbito do Senado, eu falei ‘eu não quero continuar na liderança’. Porém todos os senadores do partido e do bloco pediram para eu ficar. E o presidente Lula disse ‘Mercadante, você tem que ficar na liderança, é essencial para o projeto, para o país’. E fez inclusive um gesto generoso que é uma carta pública em que ele diz isso. Eu tenho um compromisso com o projeto e, apesar de me sentir muito incomodado com o que aconteceu, achei que era melhor mudar de posição, mas nunca mudar de lado. Meu lado sempre foi o mesmo, ao lado do presidente Lula e ao lado desse projeto que ajudei a construir.
FOLHA – Então o sr. se precipitou no twitter [onde anunciou a renúncia]?
MERCADANTE - Não. Eu manifestei meu sentimento, minha vontade, que é essa. A minha indignação. Pelo menos, não fiz o que outros fizeram, foram no cartório e escreveram que não iam ser candidatos ao governo de São Paulo, que iam continuar até o final do mandato e deixaram o compromisso. Em política as vezes a gente tem fatos novos que tem que avaliar.
FOLHA – Como avalia hoje o episódio mais marcante de sua campanha de 2006, a negociação de um dossiê contra seu então rival?
MERCADANTE - O que eu tenho a falar sobre esse episódio eu já disse naquela oportunidade. Esse fato não condiz com a história do PT, com a nossa tradição, com tudo o que nós construímos, isso não poderia ter acontecido. Infelizmente aconteceu. Espero que o erro permita o aprendizado. Em relação a minha atitude, fala por mim o procurador geral da República [...] Se não há um único indício da participação do Mercadante e o supremo votou por unanimidade o arquivamento e a anulação de qualquer menção. O único assessor que eu tinha que esteve envolvido nesse processo, ele veio para a minha campanha, o Hamilton [Lacerda], ele tinha sido engenheiro, formado pela Unicamp, tinha sido presidente do DCE da Unicamp, foi diretor da UNE, foi o vereador mais votado de São Caetano, foi candidato a prefeito de São Caetano e era o coordenador da macrorregião de São Caetano. Ele tinha independência e tinha iniciativa na história do PT. Trabalhou comigo durante um período naquela campanha. Tinha uma vida muito anterior. Depois desse episódio, nós não voltamos a nos falar.
FOLHA – Ele voltou para o PT em fevereiro desse ano. O sr. não o viu?
MERCADANTE - Eu nunca mais tive qualquer conversa com ele. Não tivemos qualquer tipo de contato pessoal.
FOLHA – Está preparado para ver o episódio dos “aloprados” voltar?
MERCADANTE - Têm coisas na vida que para os amigos você não precisa explicar, para os desconhecidos você deve explicar, na vida pública é melhor ter toda a transparência. E para os adversários não adianta explicar. Inclusive para alguns veículos [de comunicação]. Não adianta.
FOLHA – Para atacar o candidato tucano, a candidata do PT terá que falar de São Paulo. Isso o ajuda?
MERCADANTE - Ajuda o fato de que estamos muito unificados, ampliamos as alianças, e eles estão muito divididos. O governador interino disse que o Alckmin não é o melhor candidato deles. Isso mostra que há uma tensão. Também com [o prefeito da capital, Gilberto] Kassab [DEM] e mesmo para o Senado não há definição

Aloizio Mercadante: A grande diferença

26/04/2010

Aloizio Mercadante

SENADOR (PT-SP)
Gandhi tinha razão. De fato, é difícil imaginar violência maior do que a pobreza.

Ela tende a privar o homem não apenas dos bens materiais necessários a uma vida digna, mas também de saúde, habitação e educação, direitos sociais aos quais todo cidadão deveria ter acesso. Mas o pior é que a pobreza tende, da mesma forma, a privar o indivíduo de oportunidades.

Assim, a pobreza não apenas limita o presente; ela tolhe o futuro das pessoas e dos países.

A pobreza persistente liquida a esperança.

Mas se Gandhi tinha razão quando afirmava que a pobreza é a pior forma de violência, têm razão aqueles que dizem que não há tarefa política mais importante do que lutar pela progressiva eliminação da pobreza.

Isso é particularmente verdadeiro para o Brasil, um país historicamente marcado pela extrema concentração da renda e por níveis elevados de pobreza e exclusão social.

No entanto, a eliminação da pobreza e a redução das desigualdades não tiveram até recentemente a centralidade que deveriam ter tido nas políticas públicas brasileiras, ou só a tiveram em momentos fugazes, sem a devida consistência e continuidade.

Nos últimos cem anos, passamos por muitos períodos de crescimento, como o "milagre econômico" da ditadura militar, que não foram acompanhados por processos contínuos de redução significativa da pobreza e das desigualdades.

Com efeito, a marca do nosso desenvolvimento tem sido, de um modo geral, a marca da desigualdade e da exclusão.

Obviamente, a limitação dos efeitos sociais benéficos do crescimento é um mal em si. Porém, há uma outra grande conseqüência negativa do crescimento desigual e excludente: ele tende também a limitar, no longo prazo, o próprio desenvolvimento econômico, dada à constrição imposta ao mercado interno e ao consumo. Saliente-se que um país grande e complexo como o Brasil não pode basear seu desenvolvimento apenas nas exportações e no consumo da minoria da sua população.

Pois bem, o governo Lula representa uma inflexão histórica nesse campo. Pela primeira vez em muito tempo o Brasil combina, de modo consistente, crescimento econômico sustentado com redução da pobreza e das desigualdades sociais. Desta vez, o bolo cresce e é distribuído ao mesmo tempo. Graças à política de longo prazo de recuperação do salário mínimo, à geração de cerca de 12 milhões empregos formais, à inclusão financeira de milhões de cidadãos e a programas exitosos de transferência de renda, como o Bolsa-Família, retiramos 23 milhões de brasileiros da miséria e reduzimos consideravelmente a nossa desigualdade social.

Essa apreciação positiva do governo Lula foi confirmada pelo último relatório do Banco Mundial sobre desenvolvimento.

Diz o relatório que "enquanto as desigualdades de renda se agravaram na maioria dos países de renda média, o Brasil assistiu a avanços dramáticos tanto em redução da pobreza quanto em distribuição de renda". Segundo o Banco Mundial, a taxa de pobreza caiu de 41%, no início da década de 90, para 34%, em 1995. A partir daí, manteve-se mais ou menos constante até 2003, quando começou a se reduzir forte e sustentadamente até chegar a cerca de 25%, em 2006. Uma análise mais acurada da série histórica do Banco Mundial sobre a taxa de pobreza medida pelo número de pessoas que auferem até US$ 2 dólares (PPP) revela, de forma mais clara, a inflexão introduzida no governo Lula. Antes desse governo houve duas grandes reduções da pobreza: no início do Plano Cruzado (governo Sarney) e no início do Plano Real (governo Itamar). Contudo, tais reduções foram de curto prazo. Esgotados os efeitos iniciais positivos do controle da inflação, as desigualdades e a pobreza voltaram a crescer, ou, no máximo, se mantiveram mais ou menos constantes.

O que distingue o governo Lula é que a partir dele houve uma política consistente, sustentada e deliberada de combate a pobreza e às desigualdades.

Há um novo processo de desenvolvimento em curso.

A população sabe disso. A grande diferença do Governo Lula é que ele faz a diferença na vida das pessoas. E essa diferença faz toda a diferença.


Jornal do Brasil