27/04/2010
A gestão do ex-governador José Serra (PSDB) deixou de aplicar R$ 1,3 bilhão na expansão da rede de Metrô de São Paulo no ano passado. Ao todo, estavam previstos gastos de R$ 3,3 bilhões, dos quais apenas R$ 2 bilhões, foram usados, segundo o balanço da companhia publicado no Diário Oficial do Estado em 15/04. O valor de investimento estava previsto no orçamento de 2009, e havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa.
A redução dos investimentos ocorreu pelo atraso na Linha 5-Lilás, cujas obras deveriam ter começado no início do ano passado, mas só se iniciaram em agosto. O trecho deixou de receber R$ 1 bilhão, o equivalente a 80% da verba prevista. Com isso, duas estações que seriam inauguradas este ano, só entrarão em operação em 2011. Também houve atraso na Linha 4-Amarela, que recebeu R$ 699 milhões, 20% a menos do que o previsto. As duas primeiras estações, que deveriam ter entrado em operação no mês passado, ainda não foram abertas. Já a Linha 6-Laranja não recebeu os R$ 70 milhões que constavam do orçamento.
A Linha 2-Verde foi a única a receber toda a verba prevista. Do R$ 1,1 bilhão orçado foi aplicado R$ 1,08 bilhão. Ainda assim, o cronograma atrasou. Duas estações que deveriam ter sido inauguradas em março, tiveram sua abertura adiada para junho. Já a extensão da linha até Cidade Tiradentes, por monotrilho, recebeu apenas R$ 50 milhões dos R$ 228 milhões reservados pela Prefeitura.
O Metrô afirmou, em nota, que o cronograma pode variar em “cinco meses para mais e um para menos” sem que isso caracterize o descumprimento da entrega. Para o engenheiro e especialista em transportes Horácio Figueira, a redução no investimento é um indicativo de falta de verba ou de falha de planejamento. “Ou não havia dinheiro para fazer a obra ou o cronograma foi mal planejado.”
Fonte: http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=14595
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