Agradeço a todos e a todas que confiaram em mim e depositaram seu voto na urna. Tivemos uma votação expressiva, mas não foi suficiente para eleger. Agora é hora, mais do que nunca, de não esmorecermos e arregaçarmos as mangas para eleger a DILMA nossa Presidente, para o Brasil continuar mudando e não voltarmos aos tempo do atraso e do retrocesso.

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Luis Vanderlei LARGUESA


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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mercadante: PT agora está unido

24/04/2010 - 10:06h

Jorge Araujo/Folha Imagem
Mercadante_folha
O senador Aloizio Mercadante, que será lançado hoje pré-candidato do PT ao governo paulista, durante entrevista na sede do partido, no bairro da Bela Vista


ANA FLOR – FOLHA ONLINE

da Reportagem Local
O senador Aloizio Mercadante, 55, inicia oficialmente hoje a tarefa de tentar levar o PT pela primeira vez ao governo de São Paulo. É a segunda vez que ele concorre ao cargo. Na primeira, em 2006, sua campanha foi chamuscada pelo escândalo da compra de um dossiê contra seu então rival José Serra (PSDB), o episódio dos “aloprados”, como batizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de não ter sido o plano A –o PT e Lula apostavam em Ciro Gomes (PSB)–, o senador assume a tarefa com o partido apaziguado. Desta vez, Mercadante aposta suas fichas no desgaste dos tucanos, há 16 anos no poder, e na falta de unanimidade dentro do PSDB em torno de Geraldo Alckmin como candidato ao governo.
FOLHA – Por que o sr. quer ser governador?
MERCADANTE - Porque eu acho que São Paulo merece muito mais do que tem hoje. É um Estado fantástico, que tem a melhor base industrial do país, os melhores serviços, universidades, centros de tecnologia, tem uma agricultura moderna, a mais produtiva do país. No entanto, nesses 27 anos, tivemos o mesmo grupo se alternando, estão todos juntos novamente, querem trazer de volta alguém que já foi vice-governador e governador por 12 anos, enquanto os problemas fundamentais que são de competência do Estado não evoluíram da forma como deveriam. Ao contrário, estamos assistindo o Brasil com reconhecimento internacional com dinamismo com energia e São Paulo perdendo sua liderança. Eu acho que é um governo insuficiente. Nós mostramos que sabemos fazer bem. Fazemos melhor, é só comparar o governo Fernando Henrique Cardoso com o governo Lula. O Brasil demorou tanto tempo para acreditar [que] Lula seria um bom presidente e hoje o reconhece, por que São Paulo não pode acreditar que nós faremos em São Paulo o que fizemos no Brasil? Essa é a força de um governo com políticas públicas criativas, um governo novo, com motivação, em sintonia com o ritmo que o Brasil tem hoje.
FOLHA – O que acha que quem diz que o sr. está ‘indo para perder’?
MERCADANTE - Nada do que nós fizemos nesses 30 anos, e eu estive em todas as campanhas com o Lula, nada foi fácil. Não é fácil você mudar um país e um Estado como São Paulo. Mas esse é o sentido da minha vida. É o que eu acredito. Nós tivemos muitas derrotas, algumas vitórias, e valeu a luta. Pela primeira vez o PT está totalmente unido em torno do meu nome, e eu me sinto honrado por isso. Desde 82, com Lula, sempre houve disputa para indicação de candidato. [...] A candidatura da Marta é uma candidatura que empolga a militância [...] Nós temos uma aliança política que nunca tivemos aqui em SP. Sempre saímos muito isolados, sem tempo de televisão, sem amplitude nas alianças. Vamos ter de sete a oito partidos consolidados em torno da nossa aliança. Estamos praticamente com todas as centrais sindicais alinhadas e os principais movimentos sociais do Estado. Tudo isso aponta para uma possibilidade de vencer e acredito que nós podemos vencer. E mais: o meu adversário [o tucano Geraldo Alckmin] também, quando começou a campanha para prefeito estava com 45% de intenções de voto. Terminou com 22%, não foi nem para o segundo turno. Na eleição presidencial, no segundo turno, perdeu 3 milhões de votos.
FOLHA – Mas o plano A para São Paulo era Ciro Gomes (PSB).
MERCADANTE - Eu tenho uma grande simpatia pelo Ciro, acho que ele faz parte do nosso campo político, ele foi muito leal ao governo Lula. [...] Não sei se no primeiro ou no segundo turno, mas nós vamos estar juntos. [...] Essas candidaturas ajudam a viabilizar o segundo turno, que é o que São Paulo precisa, ter dois candidatos debatendo frente a frente. Eu gostaria muito que São Paulo construísse esse cenário, eu e o Alckmin debatendo na televisão, discutindo, questionando e aí nós vamos ter muito mais segurança.
FOLHA – O slogan de sua pré-campanha é “São Paulo a favor do Brasil”. São Paulo está contra o Brasil?
MERCADANTE - Acho que São Paulo precisaria estar em sintonia com esse momento extraordinário que foi construído no país. São Paulo sempre foi a locomotiva do país, e hoje não é. Está perdendo a liderança na educação, na segurança, no crescimento econômico, desenvolvimento. [...] Eu sinto que é um governo que está sendo superado pelos fatos. [...] Eu acho que São Paulo precisa de um outro caminho, São Paulo merece muito mais.
FOLHA – O presidente Lula pediu para o sr. ser candidato ao governo?
MERCADANTE - É público que ele achava que eu era o melhor nome para disputar o governo do Estado pelo PT nessas eleições e isso me dá ainda mais motivação e orgulho.
FOLHA – A Lula, o sr. pediu algo em troca da candidatura, caso perca?
MERCADANTE - A única condição que eu pus é que eu vou lutar pela vitória e que eu tenho certeza que ele vai se empenhar na nossa candidatura. E ele vai. Isso é o que importa nesse momento, porque nunca tivemos o Lula com o apoio popular que tem hoje. É um cenário muito favorável e acho que a despedida do Lula vai emocionar o Brasil e criar uma sensação de vazio na política e no cenário internacional. Isso vai ser um fator decisivo para a vitória da Dilma e para a nossa vitória.
FOLHA – O sr. viveu muitas dificuldades no Senado, onde teve derrotas. Qual foi o momento mais difícil?
MERCADANTE - Ser líder do governo numa situação de minoria, como eu fui, tudo foi difícil. Cada projeto que nós aprovamos exigia negociação, mobilização, argumentação. Líder do governo é que nem São Sebastião, cada dia uma flecha.
FOLHA – Em agosto, quando o senhor anunciou sua renúncia ‘irrevogável’ e voltou atrás, foi um deles?
MERCADANTE - Eu fiquei muito indignado com a situação do Senado, principalmente com aquele capítulo lamentável de atos secretos. A administração pública tem de ser transparente. [...] Eu, me dedicando como me dedicava ao meu mandato, trabalhando como trabalhava para sustentar o governo… Nunca fui da mesa, nunca quis ir para a mesa [...] Você vê aquilo tudo… Eu disse ‘não’. Quando o partido do governo achava, por causa da aliança com o PMDB, que era indispensável, que nós não deveríamos apurar os atos secretos no âmbito do Senado, eu falei ‘eu não quero continuar na liderança’. Porém todos os senadores do partido e do bloco pediram para eu ficar. E o presidente Lula disse ‘Mercadante, você tem que ficar na liderança, é essencial para o projeto, para o país’. E fez inclusive um gesto generoso que é uma carta pública em que ele diz isso. Eu tenho um compromisso com o projeto e, apesar de me sentir muito incomodado com o que aconteceu, achei que era melhor mudar de posição, mas nunca mudar de lado. Meu lado sempre foi o mesmo, ao lado do presidente Lula e ao lado desse projeto que ajudei a construir.
FOLHA – Então o sr. se precipitou no twitter [onde anunciou a renúncia]?
MERCADANTE - Não. Eu manifestei meu sentimento, minha vontade, que é essa. A minha indignação. Pelo menos, não fiz o que outros fizeram, foram no cartório e escreveram que não iam ser candidatos ao governo de São Paulo, que iam continuar até o final do mandato e deixaram o compromisso. Em política as vezes a gente tem fatos novos que tem que avaliar.
FOLHA – Como avalia hoje o episódio mais marcante de sua campanha de 2006, a negociação de um dossiê contra seu então rival?
MERCADANTE - O que eu tenho a falar sobre esse episódio eu já disse naquela oportunidade. Esse fato não condiz com a história do PT, com a nossa tradição, com tudo o que nós construímos, isso não poderia ter acontecido. Infelizmente aconteceu. Espero que o erro permita o aprendizado. Em relação a minha atitude, fala por mim o procurador geral da República [...] Se não há um único indício da participação do Mercadante e o supremo votou por unanimidade o arquivamento e a anulação de qualquer menção. O único assessor que eu tinha que esteve envolvido nesse processo, ele veio para a minha campanha, o Hamilton [Lacerda], ele tinha sido engenheiro, formado pela Unicamp, tinha sido presidente do DCE da Unicamp, foi diretor da UNE, foi o vereador mais votado de São Caetano, foi candidato a prefeito de São Caetano e era o coordenador da macrorregião de São Caetano. Ele tinha independência e tinha iniciativa na história do PT. Trabalhou comigo durante um período naquela campanha. Tinha uma vida muito anterior. Depois desse episódio, nós não voltamos a nos falar.
FOLHA – Ele voltou para o PT em fevereiro desse ano. O sr. não o viu?
MERCADANTE - Eu nunca mais tive qualquer conversa com ele. Não tivemos qualquer tipo de contato pessoal.
FOLHA – Está preparado para ver o episódio dos “aloprados” voltar?
MERCADANTE - Têm coisas na vida que para os amigos você não precisa explicar, para os desconhecidos você deve explicar, na vida pública é melhor ter toda a transparência. E para os adversários não adianta explicar. Inclusive para alguns veículos [de comunicação]. Não adianta.
FOLHA – Para atacar o candidato tucano, a candidata do PT terá que falar de São Paulo. Isso o ajuda?
MERCADANTE - Ajuda o fato de que estamos muito unificados, ampliamos as alianças, e eles estão muito divididos. O governador interino disse que o Alckmin não é o melhor candidato deles. Isso mostra que há uma tensão. Também com [o prefeito da capital, Gilberto] Kassab [DEM] e mesmo para o Senado não há definição

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