O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que investigações da Polícia Federal mostram que a quebra de sigilo fiscal de dirigentes do PSDB e de pessoas ligadas ao candidato tucano à Presidência da República, José Serra, teria acontecido por pessoas ligadas ao próprio PSDB. Dutra anunciou que o PT vai pedir a abertura de um novo inquérito para investigar se havia uma central de espionagem que seria comandada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra. O partido vai pedir também acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga o caso.
José Eduardo Dutra afirmou que para verificar a motivação da quebra de sigilo é preciso se investigar a acusação feita pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. “Nós já vínhamos falando em central de boatos, central de mentiras e agora temos referência a uma central de espionagem, por isso estamos pedindo investigação”, justificou.
Para o presidente do PT, as investigações da PF mostram que não há qualquer relação das violações com o PT ou com a campanha de Dilma. “O que podemos constatar é que caiu por terra qualquer tentativa do candidato Serra e da oposição de dar forma de estrela a esse episódio. Esse bicho tem perna, pena e bico de tucano”, disse o presidente petista.
De acordo com Dutra, “em momento algum houve qualquer solicitação, pedido ou encomenda do PT ou da campanha de Dilma para montagem de dossiê”. Esses episódios, lembra o presidente do partido, são de setembro e outubro do ano passado, quando não havia campanha e o PT estava em processo de eleição interna. “Eu não era nem presidente do PT ainda, estava em campanha para ser”.
Polícia Federal - Em nota divulgada hoje (20), a Polícia Federal desmentiu o jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (20), que estampou, em manchete, o seguinte título: "PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma". Segundo a nota, a PF concluiu que a quebra de sigilo "ocorreu entre setembro e outubro de 2009" (quando não havia pré-campanha) e que o levantamento das informações foi utilizado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. "no interesse de investigações próprias".
Para José Eduardo Dutra, a Folha só errou na manchete ao dizer que a encomenda foi do Partido dos Trabalhadores. “A manchete correta, comprovada pela PF, deveria ser 'PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de José Serra'”, afirmou.
A nota da PF diz ainda que não foi comprovada a utilização dos dados em campanha política. "A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação", cita o texto.
Agressão a Serra -Dutra também falou na coletiva à imprensa sobre a agressão que o candidato José Serra sofreu em um ato de campanha no Rio de Janeiro, ontem. Um objeto atingiu o candidato em meio a uma confusão entre militantes das duas campanhas.
“Acho lamentável que tenha acontecido, repudiamos qualquer tipo de violência física em campanha”, afirmou o presidente do PT.
Ele afirmou ainda que se a agressão foi cometida por algum militante do PT, o manifestante merece censura do partido. “Entendemos que isso não contribui para a campanha”, disse Dutra.
Em nota, PF desmente manchete da Folha sobre quebra de sigilo de tucanos
Em nota divulgada na tarde de ontem, a Polícia Federal desmentiu o jornal Folha de S.Paulo desta quara-feira (20), que estampou, em manchete, o seguinte título: “PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”. Segundo a nota, a PF concluiu que a quebra de sigilo “ocorreu entre setembro e outubro de 2009” (quando não havia pré-campanha) e que o levantamento das informações foi utilizado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. “no interesse de investigações próprias”.
A nota diz ainda que não foi comprovada a utilização dos dados em campanha política. “A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação”, afirma o texto.
Leia a seguir a íntegra da nota na página da bancada do PT na Câmara:
NOTA À IMPRENSA
Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:
1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;
2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;
3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;
4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;
5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;
6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação.
Fonte: PT na Câmara
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