Desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas - o equivalente a uma praça nova a cada 40 dias.
O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil.
São 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
Nos últimos 12 anos, a segurança e a qualidade das rodovias melhoraram, mas os altos preços cobrados se tornaram alvo frequente de críticas dos motoristas. Nesta semana, as reclamações devem aumentar ainda mais.
Os pedágios nas rodovias estaduais serão reajustados a partir da 0h de quinta-feira (1.º) e terão tarifas "quebradas" em R$ 0,05. O principal pedágio do sistema Anchieta-Imigrantes vai aumentar de R$ 17,80 para R$ 18,50.
Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente.
Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70.
Isso se explica, em parte, pelo modelo adotado no programa de concessões paulista.
As licitações, em 1998 e 2008, levaram em conta o montante que as empresas ofereciam ao Estado para ter a concessão, a chamada outorga. A vantagem é que o dinheiro pode ser aplicado em novas estradas. Por outro lado, esse valor é repassado aos motoristas.
Fonte: Jornal Diário de Santa Bárbara d'Oeste
Agradeço a todos e a todas que confiaram em mim e depositaram seu voto na urna. Tivemos uma votação expressiva, mas não foi suficiente para eleger. Agora é hora, mais do que nunca, de não esmorecermos e arregaçarmos as mangas para eleger a DILMA nossa Presidente, para o Brasil continuar mudando e não voltarmos aos tempo do atraso e do retrocesso.
CONTO COM VOCÊ! A LUTA CONTINUA....
Luis Vanderlei LARGUESA
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terça-feira, 29 de junho de 2010
Indústria naval deve gerar 300 mil empregos até 2014
A verdadeira revolução vivida pelo Brasil na indústria naval está multiplicando empregos em terra firme. O país, que já foi o terceiro maior construtor de navios na década de 1970, viu o setor praticamente falir nas duas décadas seguintes. Hoje, os estaleiros comemoram a retomada do crescimento. O sucesso é puxado principalmente pelo setor petrolífero, impulsionado pelas descobertas no pré-sal, e também pela decisão do governo de impulsionar o transporte marítimo e fluvial, que há muito estava esquecido, substituído pelo transporte rodoviário.
Nos últimos dez anos, os empregos diretos gerados na área pularam de 1,9 mil em 2000 para 46,5 mil em 2009. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, os postos de trabalho diretos devem chegar a 60 mil e os indiretos a 240 mil. Os dados são do relatório Cenário 2010 – 1º Trimestre, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
A recuperação da indústria naval, na avaliação do deputado Carlos Santana (PT-RJ), além de impactar diretamente na geração de empregos, traz ainda uma série de benefícios para a economia brasileira. “O governo Lula está investindo pesado em um cronograma de recuperação dos portos dos nossos mares e rios. Isso traz de volta o transporte marítimo no país, há muito abandonado. Este novo modelo resulta em ganhos diretos para o consumidor, porque o transporte marítimo barateia o preço final dos produtos. Para o governo, também haverá uma redução de gastos significativa com a manutenção de estradas e rodovias”, afirmou.
Meio ambiente – Carlos Santana destacou ainda os ganhos para o meio ambiente e a redução dos acidentes rodoviários. “O transporte marítimo é mais seguro e polui menos. Também teremos impacto importante na área da saúde. As más condições das pistas, o excesso de peso e a carga horária exaustiva dos motoristas causam acidentes graves nas estradas brasileiras. Precisamos encontrar alternativas para proteger a vida das pessoas e o transporte marítimo, assim como o ferroviário, que também é alvo de investimentos neste governo, são estratégicos”, afirmou.
O deputado Luiz Alberto (PT-BA) destacou a descentralização da indústria naval no país. De acordo com o petista, vários estados brasileiros, inclusive os da região Nordeste, estão recebendo estaleiros. “Isso é fundamental. Na Bahia, por exemplo, temos um estaleiro que gerou cerca de 10 mil empregos, diretos e indiretos. Outros estados, como Pernambuco, também estão neste mercado. Este é um momento muito importante para a indústria naval brasileira, que após anos de sucateamento, cresce de forma agressiva no governo Lula”, afirmou
A continuidade deste crescimento deverá recolocar o Brasil entre os países líderes na construção naval mundial, graças à decisão do governo de privilegiar os investimentos em estaleiros nacionais, segundo informou o ministro dos Portos, Pedro Britto. Ele previu que, em pouco tempo, o Brasil deverá disputar mercados com potências asiáticas que hoje dominam a construção naval, tanto de navios quanto de plataformas.
Fonte: PT na Câmara
domingo, 27 de junho de 2010
Por causa dos pedágios, caminhões deixam rodoanel e voltam para a cidade de SP.
Parte dos caminhões que haviam deixado a Bandeirantes desde que o trecho sul do Rodoanel foi aberto para o tráfego, em 1º de abril, está de volta à avenida.
A Folha constatou movimento 18% maior de caminhões na avenida em relação ao período pós-inauguração do Rodoanel. A comparação foi entre as 16h e as 17h, em duas segundas-feiras (5 de abril e anteontem). Ainda assim, o fluxo na Bandeirantes está distante daquele de quando o trecho sul não existia. Na ocasião, havia em média 30% mais caminhões que hoje.
O caminhoneiro Rogério Conrado, 32, é um que desistiu de usar o trecho sul do Rodoanel nos 180 km entre Sumaré (interior de SP) e Cubatão (Baixada Santista). De acordo com ele, a nova pista é boa, não há trânsito, mas o bolso pesou. São 19 km a mais por dia "e R$ 1.000 mais caro por mês". (do UOL)
Fonte: www.transparenciasaopaulo.com.br
envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
A Folha constatou movimento 18% maior de caminhões na avenida em relação ao período pós-inauguração do Rodoanel. A comparação foi entre as 16h e as 17h, em duas segundas-feiras (5 de abril e anteontem). Ainda assim, o fluxo na Bandeirantes está distante daquele de quando o trecho sul não existia. Na ocasião, havia em média 30% mais caminhões que hoje.
O caminhoneiro Rogério Conrado, 32, é um que desistiu de usar o trecho sul do Rodoanel nos 180 km entre Sumaré (interior de SP) e Cubatão (Baixada Santista). De acordo com ele, a nova pista é boa, não há trânsito, mas o bolso pesou. São 19 km a mais por dia "e R$ 1.000 mais caro por mês". (do UOL)
Fonte: www.transparenciasaopaulo.com.br
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COMO DIZER QUE SERRA PERDEU?
A mídia da tucanolândia está com um problema sério pela frente. Como dar a notícia de que Serra não está (nem nunca esteve) realmente na frente das intenções de votos para as eleições?
Era uma coisa tacanha. Querer fazer crer que o bonitão das gengivas estivesse realmente liderando se tornou um exercício de contorcionismo.
Ninguém da imprensa tradicional falava que Serra jamais passou do percentual de votos que teve em 2002 e seu desafeto (Geraldo) teve em 2006.
Ninguém ousava reconhecer que o PSDB tem um teto muito claro de votos, como o PT teve durante muitos anos.
Ninguém ousava falar a verdade, porque havia o medo de que se o inaudito fosse dito, o povo mudaria de vez de lado nos pleitos eleitorais.
Mal sabiam eles que o zé povinho já tinha mudado de lado ao notar que o mundo mudou e saiu do eixo do higienópolis.
Agora a imprensa tem esse problema pela frente. Como dizer que Serra dançou, sem dizer que Serra dançou?
Nas redações, aliás, no chão de fábrica das redações, os jornalistas já viram o óbvio. Resta o clima de luto nas diretorias da imprensa. Aquele pessoal que insiste em imaginar que o Brasil continua sendo deles por capitanias hereditárias. Vírgula. Deles não, dos patrões deles. A quem servem com muita humildade e presteza.
De agora até o dia D, vai ser cômico acompanhar o exercício de contorcionismo chinês, que fará nosso imprensalão.
Fonte: http://anaispoliticos.blogspot.com/2010/06/como-dizer-que-serra-perdeu.html
Mercadante lança candidatura e promete fazer em São Paulo o que Lula fez no Brasil
Por Rodrigo Alvares e Roberto Almeida
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) foi oficializado hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo em uma coligação de 11 partidos (PT, PCdoB, PDT, PSDC, PTN, PRP, PTdoB, PR, PRB, PPL e PRTB). Em seu discurso, Mercadante enfatizou que “o que deu certo com Lula lá, vai dar certo comigo aqui”, argumento também utilizado nas falas de Marta Suplicy e Netinho de Paula, candidatos da chapa para o Senado.
Convenção homologou candidatura de mercadante ao governo de São Paulo e de Netinho e Marta Suplicy ao Senado.
Fotos: Alex Silva/AE
Leia abaixo como foi a convenção:
14h35 - Nós vamos preparar São Paulo para a Olimpíada de 2016 e para a Copa do Mundo, afirma Mercadante. “Quero ser o governador de São Paulo e sei que tenho o apoio de vocês para isso. Obrigado.
14h32 - Mercadante: A Segurança Pública vai estar associada aos Direitos Humanos, a começar pela escola. Vou construir guarda de proteção escolar, na porta da escola, para impedir as drogas. Não vai ter traficante dentro de colégio no meu governo. Vamos pagar um salário digno à Polícia de São Paulo”.
14h29 - “A Educação é a porta para o futuro. Vai nos permitir diminuir a violência. Mas se quisermos falar de Educação nós precisamos olhar o professor. O professor é o único caminho para que a gente tenha Educação de qualidade. Vamos avançar na escola com tempo integral para que essas crianças voltem a fazer esporte e cultura”, diz Mercadante.
14h25 - Mercadante enfatiza que seu governo terá investimentos na Saúde: “Tratamentos de alta complexidade terão assistência do SUS durante a noite e aos finais de semana”.
14h21 - Quantas eleições é prometido ao povo de São apulo melhorias na CPTM? Nós vamos dobrar a capacidade de trem para esse povo da periferia. Vamos recuperar o transporte rodoviário e ferroviário neste Estado”.
14h14 - “O que deu certo com Lula lá, vai dar certo com Mercadante aqui. São Paulo é muito grande. Sempre me disseram que aqui era a terra da oportunidade. É a terra da oportunidade, mas também é a terra da generosidade. O PT demorou para dialogar com o povo de São Paulo e entender o verdadeiro espírito do paulista. Tínhamos muita sede de Justiça e compromisso social”, diz o senador. “O povo quer crescer junto com São Paulo”.
14h11 - Mercadante agradece o apoio de Antonio Palocci e diz que, como ele é o coordenador da campanha de Dilma, “nós vamos ter de fazer a campanha para deputado federal por ele”.
14h03 - “O que nós sonhamos por tanto tempo está acontecendo. Ao longo de 37 anos sonhei que a política podia ser nova, que a gente podia mais construir do que dormir. Um Brasil de desenvolvimento. Eu tinha um sonho, e eu sonhei por muito tempo, que vai chegar o dia em que ninguém vai deixar de estudar porque é pobre. Hoje nós temos um Brasil muito diferente daquele que encontramos quando começamos a governar”, afirma Mercadante.
13h56 - “São Paulo, avante, agora é Mercadante”, brada a militância. O senador faz os cumprimentos iniciais e agradece o apoio de Eduardo Suplicy.
13h53 - Mercadante é chamado à tribuna por Sérgio Mamberti. Ao som do jingle da campanha, Netinho lidera a dança dos políticos no palco.
13h49 - O telão exibe uma mensagem de Dilma Rousseff à militância: “O Brasil é hoje um País muito diferente. Somos, sobretudo, um País honrado, de cabeça esguida. O Brasil conquistou tudo isso quando escolheu o presidente Lula. E eu peço que vocês deem uma chance para o Mercadante também fazer essas mudanças”.
13h43 - Coca Ferraz sobe à tribuna: “Fico honrado por ter sido indicado a vice e creio que essa escolha é uma homenagem aos professores, uma classe tão desvalorizada no nosso Estado”. “Vinte anos de poder entortou o bico e as idéias dos tucanos”.
13h38 - Marta: “Quero uma senadora que vai lutar por todos os cidadãos de São Paulo. Quero ser o braço direito da ministra Dilma no Palácio do Planalto”. O Sonho nós vivemos um pedacinho, mas vamos realizar muito mais, porque teremos a experiência do olhar feminino na Presidência. Rumo à vitória!”.
13h35 - “Temos que eleger a Dilma para mantermos o rumo deste País para manter a infraestrutura. Queremos manter esse País soberano”, afirma Marta. “Essa militância vai colocar você no Palácio dos Bandeirantes, diz, para Mercadante.
13h32 - Marta Suplicy começa seu discurso elogiando o esforço para formar a coligação. Em maio, a ex-prefeita chegou a ser criticada pela cúpula do PT paulista por suas articulações para emplacar Antonio Palocci como seu primeiro suplente e impedir a indicação de Eduardo Suplicy para a vice na chapa de Mercadante.
13h25 - “Aqui é tudo mano, aqui é tudo festa”, diz Netinho de Paula. “Como é que essa política vai mudar se nunca tem um preto disputando um cargo majoritário? Quem é do gueto levanta a mão”. Ele pediu uma batucada para a torcida Mancha Verde, que atende prontamente. Netinho começa a cantar: “Vai ficar legal, pagode na Cohab no maior astral”, grande sucesso do grupo Negritude Júnior.
13h20 - Para o ministro da Justiça, Luiz Barreto, “a prefeita Marta fez um grande governo nessa cidade. Vamos comparar o que ela fez com o que estão fazendo. Eu tenho certeza de que com o apoio de vocês nós vamos ganhar. Eles estão achando que é barbada, mas não é barbada, não”. “A aliança de 11 partidos mostra a amplitude do nosso esforço em São Paulo”.
13h11 - Eduardo Suplicy sobe à tribuna. Antes cotado para ser vice, ele cumprimenta Coca Ferraz. “Sou testemunha de que você soube articular os anseios dos municípios de todo o Estado de São Paulo”, diz, para Mercadante.
13h09 - Padilha: “Não é possível que que São Paulo puxe o Brasil para trás e a gente não tem um parceiro aqui em São Paulo”.
13h01 - Para o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, “o povo está cansado de ser governado por 16 anos pelo PSDB”. Se dirigindo a Mercadante, afirma que ele “deu o primeiro passo decisivo para a vitória de Dilma”. Padilha também saudou a Mancha Verde, mas não obteve resposta da torcida.
12h56 - Orlando Silva, ministro dos Esportes: O brasil vive um momento histórico. Não por acaso esse governo tirou mais de 30 milhões da pobreza.Eleger a Dilma é muito mais do que um companheiro nosso continuar no processo. Se esse projeto deu certo no Brasil, ele vai dar certo no Estado de São Paulo com a vitória de Mercadante. O lado de lá vive batendo cabeça, parece a França. A seleção do povo vai dar uma goleada no time dos tucanos”.
12h48 - Edinho Silva volta a discursar. Ele saúda o ex-ministro José Dirceu para o aplauso dos militantes petistas. “Ou o governo Lula avança com a ministra Dilma ou nós vamos voltar para o passado”, diz.
12h34 - Antônio Carlos Rodrigues (PR) saúda a torcida Mancha Verde e diz: “Estamos aqui porque sabemos o que Marta fez em São Paulo. É por isso que o PR está aqui”.
12h28 - Carlos Apolinário (DEM) sobe à tribuna para discursar. Ele foi punido pelo partido por declarar apoio a Mercadante. “Eu vou confessar uma coisa: em 2002, eu não votei no Lula por preconceito. Eu errei. Ele é o melhor presidente que o Brasil já teve. Se o Lula fosse candidato de novo, eu votaria nele. Mas como ele não vai concorrer, o meu voto vai para a Dilma. Quando Mercadante for eleito, vamos trazer o governo do Lula para São Paulo. É hora de colocar os tucanos para fora”.
12h22 - Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP: “Iniciamos aqui nossa jornada vitoriosa. Temos todos os ingredientes para vencer neste ano”.
12h14 - Edinho Silva, presidente do PT-SP, inicia seu discurso: “Quero submeter a essa convenção a união de forças que estamos tendo”. Ele saúda os dirigentes dos outros partidos da coligação e agradece a confiança deles em “levar Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes”. Edinho pede que os militantes levantem seus crachás para aprovar as indicações da chapa, no que é respondido com a homologação das candidaturas.
12h02 - Aloizio Mercadante sobe ao palco. Ele posa para fotos de mãos dadas com a esposa, Regina, e Marta Suplicy.
11h58 - O candidato do PSDC à Presidência da República, José Maria Eymael, é chamado ao palco, junto de Eduardo Suplicy e dos candidato ao Senado pelo PCdoB, Netinho de Paula. Marta Suplicy é ovacionada pela plateia ao ser anunciada. O nome de Coca Ferraz (PDT-SP), escolhido ontem para a vice de Mercadadnte, é recebido em silêncio pela militância.
11h44 - De acordo com a organização, há mais de 10 mil pessoas no evento. Começa a tocar o jingle da campanha de Mercadante:
Mercadante governador
A gente vai crescer junto com você
Mercadante governador
Agora é nossa vez de vencer
Mudar com segurança
Só pode fazer bem Deu certo no Brasil Vai dar certo aqui também
Lula já mostrou
Que vale a pena mudar
Só depende de você
11h41 - O senador Eduardo Suplicy, que chegou a ser cotado para ser o candidato a vice na chapa, posa para fotos com militantes.
11h29 - Aloizio Mercadante já está no pavilhão e deve começar seu discurso em alguns minutos.
11h11 - Depois da banda Tatro Mágico, começa o show dos Racionais MCs. Eles cantam “Negro Drama”.
10h57 - “Pedi para falar porque tenho de sair rapidamente para representar Dilma na convenção do candidato ao governo de Mato Grosso, Silval Barbosa”, diz Temer. “Amigos de SP, vamos eleger Aloizio Mercadante pela sua vida pública irretocável”.
10h54 - Temer não é aplaudido ao pegar o microfone, mas agradece a recepção dos militantes. “Essa recepção é que dá 40% de intenção de voto para a nossa chapa e logo se transformará em 55%”.
10h48 - O presidente estadual do PT-SP é o primeiro a subir ao palco: “Hoje é um dia de festa. Nós estamos chegando na reta final da pré-campanha para que a gente pôr a militância na rua, para construir condições de continuidade do governo Lula e da ministra Dilma”. Ele chama ao palco Michel Temer (PMDB), vice-candidato à Presidência da República, e Wagner Rossi, presidente do PMDB paulista. Todos os representantes da coligação são chamados para saudar Temer como “o próximo vice-presidente”.
10h40 - Declarações de caciques petistas sobre Filippi no panfleto que o ex-prefeito distribui no evento:
“Conheço muito bem o Filippi e sei de sua competência como gestor público. Certamente ajudará São Paulo como deputado federal. Por isso, tem meu apoio e respeito”
- Aloizio Mercadante
“Filippi já fez de Diadema uma cidade mais segura e com melhores serviços de saúde e educação. Será com certeza um grande deputado”
- Marta Suplicy
10h33 - O comando petista acredita que Palocci pode puxar votos para a legenda em São Paulo e aumentar o potencial eleitoral da bancada. Além disso, a candidatura do tesoureiro da campanha de Dilma, José Di Filippi Júnior, ex-prefeito de Diadema, pode ser inviabilizada pela Lei da Ficha Limpa. O ex-prefeito tem condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo por contratação de empresa sem licitação na prefeitura. Ele ainda analisa o caso juridicamente.
10h29 - O pavilhão, quase lotado, tem as arquibancadas bem divididas pelos torcedores da Mancha Verde à esquerda do palco e militantes do PT de Osasco à direita.
10h25 - O site Rede Mercadante convida o internauta a colaborar na formulação do programa de governo do petista. “Participe deste trabalho coletivo que começa com as diretrizes para o governo de São Paulo. Elas foram escritas em reuniões presenciais e agora estão sendo submetidas ao debate na rede”, diz o texto.
10h15 - No saguão onde é feito o credenciamento, as TVs mostram uma charge ironizando o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin.
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9h53 - Trecho da letra de uma da música “É hora de crescer”, da campanha de Mercadante:
Mercadante governador
A gente vai crescer junto com você
Mercadante governador
Agora é nossa vez de crescer
A gente ama São Paulo
A gente vive aqui
A gente quer crecer
Avançar e progredir
Parece que tá bom Mas há muito por fazer
Você merece mais
É nossa hora de crescer
9h46 - Em uma das salas do pavilhão, o mestre de cerimônias do PR organiza uma “ola” para a gravação de um vídeo com militantes que vestem camisetas do ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos pivôs do mensalão do PT. Todos param com o estrondo da chegada da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, para apoiar a candidatura de Marcão Notari.
Pouco antes das 9 horas, delegados petistas recebiam instruções para tratar da documentação que os candidatos devem apresentar para concorrerem nas eleições deste ano. São necessárias seis certidões das Justiças federal e estadual para que eles sejam referendados.
“A certidão de 2º grau da Justiça de São Paulo é a mais importante”, diz a delegada, que acrescenta: “Temos três problemas de ficha limpa com candidatos do PT paulista, diz.
Tags: Aloizio Mercadante, PT, São Paulo
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2010/06/26/ampla-coligacao-lanca-candidatura-de-aloizio-mercadante-ao-governo-de-sao-paulo/
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) foi oficializado hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo em uma coligação de 11 partidos (PT, PCdoB, PDT, PSDC, PTN, PRP, PTdoB, PR, PRB, PPL e PRTB). Em seu discurso, Mercadante enfatizou que “o que deu certo com Lula lá, vai dar certo comigo aqui”, argumento também utilizado nas falas de Marta Suplicy e Netinho de Paula, candidatos da chapa para o Senado.
Convenção homologou candidatura de mercadante ao governo de São Paulo e de Netinho e Marta Suplicy ao Senado.
Fotos: Alex Silva/AE
Leia abaixo como foi a convenção:
14h35 - Nós vamos preparar São Paulo para a Olimpíada de 2016 e para a Copa do Mundo, afirma Mercadante. “Quero ser o governador de São Paulo e sei que tenho o apoio de vocês para isso. Obrigado.
14h32 - Mercadante: A Segurança Pública vai estar associada aos Direitos Humanos, a começar pela escola. Vou construir guarda de proteção escolar, na porta da escola, para impedir as drogas. Não vai ter traficante dentro de colégio no meu governo. Vamos pagar um salário digno à Polícia de São Paulo”.
14h29 - “A Educação é a porta para o futuro. Vai nos permitir diminuir a violência. Mas se quisermos falar de Educação nós precisamos olhar o professor. O professor é o único caminho para que a gente tenha Educação de qualidade. Vamos avançar na escola com tempo integral para que essas crianças voltem a fazer esporte e cultura”, diz Mercadante.
14h25 - Mercadante enfatiza que seu governo terá investimentos na Saúde: “Tratamentos de alta complexidade terão assistência do SUS durante a noite e aos finais de semana”.
14h21 - Quantas eleições é prometido ao povo de São apulo melhorias na CPTM? Nós vamos dobrar a capacidade de trem para esse povo da periferia. Vamos recuperar o transporte rodoviário e ferroviário neste Estado”.
14h14 - “O que deu certo com Lula lá, vai dar certo com Mercadante aqui. São Paulo é muito grande. Sempre me disseram que aqui era a terra da oportunidade. É a terra da oportunidade, mas também é a terra da generosidade. O PT demorou para dialogar com o povo de São Paulo e entender o verdadeiro espírito do paulista. Tínhamos muita sede de Justiça e compromisso social”, diz o senador. “O povo quer crescer junto com São Paulo”.
14h11 - Mercadante agradece o apoio de Antonio Palocci e diz que, como ele é o coordenador da campanha de Dilma, “nós vamos ter de fazer a campanha para deputado federal por ele”.
14h03 - “O que nós sonhamos por tanto tempo está acontecendo. Ao longo de 37 anos sonhei que a política podia ser nova, que a gente podia mais construir do que dormir. Um Brasil de desenvolvimento. Eu tinha um sonho, e eu sonhei por muito tempo, que vai chegar o dia em que ninguém vai deixar de estudar porque é pobre. Hoje nós temos um Brasil muito diferente daquele que encontramos quando começamos a governar”, afirma Mercadante.
13h56 - “São Paulo, avante, agora é Mercadante”, brada a militância. O senador faz os cumprimentos iniciais e agradece o apoio de Eduardo Suplicy.
13h53 - Mercadante é chamado à tribuna por Sérgio Mamberti. Ao som do jingle da campanha, Netinho lidera a dança dos políticos no palco.
13h49 - O telão exibe uma mensagem de Dilma Rousseff à militância: “O Brasil é hoje um País muito diferente. Somos, sobretudo, um País honrado, de cabeça esguida. O Brasil conquistou tudo isso quando escolheu o presidente Lula. E eu peço que vocês deem uma chance para o Mercadante também fazer essas mudanças”.
13h43 - Coca Ferraz sobe à tribuna: “Fico honrado por ter sido indicado a vice e creio que essa escolha é uma homenagem aos professores, uma classe tão desvalorizada no nosso Estado”. “Vinte anos de poder entortou o bico e as idéias dos tucanos”.
13h38 - Marta: “Quero uma senadora que vai lutar por todos os cidadãos de São Paulo. Quero ser o braço direito da ministra Dilma no Palácio do Planalto”. O Sonho nós vivemos um pedacinho, mas vamos realizar muito mais, porque teremos a experiência do olhar feminino na Presidência. Rumo à vitória!”.
13h35 - “Temos que eleger a Dilma para mantermos o rumo deste País para manter a infraestrutura. Queremos manter esse País soberano”, afirma Marta. “Essa militância vai colocar você no Palácio dos Bandeirantes, diz, para Mercadante.
13h32 - Marta Suplicy começa seu discurso elogiando o esforço para formar a coligação. Em maio, a ex-prefeita chegou a ser criticada pela cúpula do PT paulista por suas articulações para emplacar Antonio Palocci como seu primeiro suplente e impedir a indicação de Eduardo Suplicy para a vice na chapa de Mercadante.
13h25 - “Aqui é tudo mano, aqui é tudo festa”, diz Netinho de Paula. “Como é que essa política vai mudar se nunca tem um preto disputando um cargo majoritário? Quem é do gueto levanta a mão”. Ele pediu uma batucada para a torcida Mancha Verde, que atende prontamente. Netinho começa a cantar: “Vai ficar legal, pagode na Cohab no maior astral”, grande sucesso do grupo Negritude Júnior.
13h20 - Para o ministro da Justiça, Luiz Barreto, “a prefeita Marta fez um grande governo nessa cidade. Vamos comparar o que ela fez com o que estão fazendo. Eu tenho certeza de que com o apoio de vocês nós vamos ganhar. Eles estão achando que é barbada, mas não é barbada, não”. “A aliança de 11 partidos mostra a amplitude do nosso esforço em São Paulo”.
13h11 - Eduardo Suplicy sobe à tribuna. Antes cotado para ser vice, ele cumprimenta Coca Ferraz. “Sou testemunha de que você soube articular os anseios dos municípios de todo o Estado de São Paulo”, diz, para Mercadante.
13h09 - Padilha: “Não é possível que que São Paulo puxe o Brasil para trás e a gente não tem um parceiro aqui em São Paulo”.
13h01 - Para o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, “o povo está cansado de ser governado por 16 anos pelo PSDB”. Se dirigindo a Mercadante, afirma que ele “deu o primeiro passo decisivo para a vitória de Dilma”. Padilha também saudou a Mancha Verde, mas não obteve resposta da torcida.
12h56 - Orlando Silva, ministro dos Esportes: O brasil vive um momento histórico. Não por acaso esse governo tirou mais de 30 milhões da pobreza.Eleger a Dilma é muito mais do que um companheiro nosso continuar no processo. Se esse projeto deu certo no Brasil, ele vai dar certo no Estado de São Paulo com a vitória de Mercadante. O lado de lá vive batendo cabeça, parece a França. A seleção do povo vai dar uma goleada no time dos tucanos”.
12h48 - Edinho Silva volta a discursar. Ele saúda o ex-ministro José Dirceu para o aplauso dos militantes petistas. “Ou o governo Lula avança com a ministra Dilma ou nós vamos voltar para o passado”, diz.
12h34 - Antônio Carlos Rodrigues (PR) saúda a torcida Mancha Verde e diz: “Estamos aqui porque sabemos o que Marta fez em São Paulo. É por isso que o PR está aqui”.
12h28 - Carlos Apolinário (DEM) sobe à tribuna para discursar. Ele foi punido pelo partido por declarar apoio a Mercadante. “Eu vou confessar uma coisa: em 2002, eu não votei no Lula por preconceito. Eu errei. Ele é o melhor presidente que o Brasil já teve. Se o Lula fosse candidato de novo, eu votaria nele. Mas como ele não vai concorrer, o meu voto vai para a Dilma. Quando Mercadante for eleito, vamos trazer o governo do Lula para São Paulo. É hora de colocar os tucanos para fora”.
12h22 - Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP: “Iniciamos aqui nossa jornada vitoriosa. Temos todos os ingredientes para vencer neste ano”.
12h14 - Edinho Silva, presidente do PT-SP, inicia seu discurso: “Quero submeter a essa convenção a união de forças que estamos tendo”. Ele saúda os dirigentes dos outros partidos da coligação e agradece a confiança deles em “levar Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes”. Edinho pede que os militantes levantem seus crachás para aprovar as indicações da chapa, no que é respondido com a homologação das candidaturas.
12h02 - Aloizio Mercadante sobe ao palco. Ele posa para fotos de mãos dadas com a esposa, Regina, e Marta Suplicy.
11h58 - O candidato do PSDC à Presidência da República, José Maria Eymael, é chamado ao palco, junto de Eduardo Suplicy e dos candidato ao Senado pelo PCdoB, Netinho de Paula. Marta Suplicy é ovacionada pela plateia ao ser anunciada. O nome de Coca Ferraz (PDT-SP), escolhido ontem para a vice de Mercadadnte, é recebido em silêncio pela militância.
11h44 - De acordo com a organização, há mais de 10 mil pessoas no evento. Começa a tocar o jingle da campanha de Mercadante:
Mercadante governador
A gente vai crescer junto com você
Mercadante governador
Agora é nossa vez de vencer
Mudar com segurança
Só pode fazer bem Deu certo no Brasil Vai dar certo aqui também
Lula já mostrou
Que vale a pena mudar
Só depende de você
11h41 - O senador Eduardo Suplicy, que chegou a ser cotado para ser o candidato a vice na chapa, posa para fotos com militantes.
11h29 - Aloizio Mercadante já está no pavilhão e deve começar seu discurso em alguns minutos.
11h11 - Depois da banda Tatro Mágico, começa o show dos Racionais MCs. Eles cantam “Negro Drama”.
10h57 - “Pedi para falar porque tenho de sair rapidamente para representar Dilma na convenção do candidato ao governo de Mato Grosso, Silval Barbosa”, diz Temer. “Amigos de SP, vamos eleger Aloizio Mercadante pela sua vida pública irretocável”.
10h54 - Temer não é aplaudido ao pegar o microfone, mas agradece a recepção dos militantes. “Essa recepção é que dá 40% de intenção de voto para a nossa chapa e logo se transformará em 55%”.
10h48 - O presidente estadual do PT-SP é o primeiro a subir ao palco: “Hoje é um dia de festa. Nós estamos chegando na reta final da pré-campanha para que a gente pôr a militância na rua, para construir condições de continuidade do governo Lula e da ministra Dilma”. Ele chama ao palco Michel Temer (PMDB), vice-candidato à Presidência da República, e Wagner Rossi, presidente do PMDB paulista. Todos os representantes da coligação são chamados para saudar Temer como “o próximo vice-presidente”.
10h40 - Declarações de caciques petistas sobre Filippi no panfleto que o ex-prefeito distribui no evento:
“Conheço muito bem o Filippi e sei de sua competência como gestor público. Certamente ajudará São Paulo como deputado federal. Por isso, tem meu apoio e respeito”
- Aloizio Mercadante
“Filippi já fez de Diadema uma cidade mais segura e com melhores serviços de saúde e educação. Será com certeza um grande deputado”
- Marta Suplicy
10h33 - O comando petista acredita que Palocci pode puxar votos para a legenda em São Paulo e aumentar o potencial eleitoral da bancada. Além disso, a candidatura do tesoureiro da campanha de Dilma, José Di Filippi Júnior, ex-prefeito de Diadema, pode ser inviabilizada pela Lei da Ficha Limpa. O ex-prefeito tem condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo por contratação de empresa sem licitação na prefeitura. Ele ainda analisa o caso juridicamente.
10h29 - O pavilhão, quase lotado, tem as arquibancadas bem divididas pelos torcedores da Mancha Verde à esquerda do palco e militantes do PT de Osasco à direita.
10h25 - O site Rede Mercadante convida o internauta a colaborar na formulação do programa de governo do petista. “Participe deste trabalho coletivo que começa com as diretrizes para o governo de São Paulo. Elas foram escritas em reuniões presenciais e agora estão sendo submetidas ao debate na rede”, diz o texto.
10h15 - No saguão onde é feito o credenciamento, as TVs mostram uma charge ironizando o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin.
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9h53 - Trecho da letra de uma da música “É hora de crescer”, da campanha de Mercadante:
Mercadante governador
A gente vai crescer junto com você
Mercadante governador
Agora é nossa vez de crescer
A gente ama São Paulo
A gente vive aqui
A gente quer crecer
Avançar e progredir
Parece que tá bom Mas há muito por fazer
Você merece mais
É nossa hora de crescer
9h46 - Em uma das salas do pavilhão, o mestre de cerimônias do PR organiza uma “ola” para a gravação de um vídeo com militantes que vestem camisetas do ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos pivôs do mensalão do PT. Todos param com o estrondo da chegada da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, para apoiar a candidatura de Marcão Notari.
Pouco antes das 9 horas, delegados petistas recebiam instruções para tratar da documentação que os candidatos devem apresentar para concorrerem nas eleições deste ano. São necessárias seis certidões das Justiças federal e estadual para que eles sejam referendados.
“A certidão de 2º grau da Justiça de São Paulo é a mais importante”, diz a delegada, que acrescenta: “Temos três problemas de ficha limpa com candidatos do PT paulista, diz.
Tags: Aloizio Mercadante, PT, São Paulo
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2010/06/26/ampla-coligacao-lanca-candidatura-de-aloizio-mercadante-ao-governo-de-sao-paulo/
Por que o governo FHC deu errado
Por que o governo FHC deu errado
FHC teve a audácia de assumir o modelo neoliberal adotado por François Mitterrand, a partir do seu segundo ano de governo, e por Felipe Gonzalez, desde o começo. Acreditou no Consenso de Washington, de que qualquer governo “sério” teria que adotar as suas recomendações, não apenas cuidando dos desequilíbrios fiscais, mas centrando seu governo na estabilidade monetária.
A passagem dos governos Thatcher e Reagan aos de Blair e Clinton dava a impressão a um observador superficial que, qualquer que fosse o governo, o ajuste fiscal seria o seu eixo. Que haveria que terminar com os direitos sociais sem contrapartidas – como tinha feito Clinton, ao dar por terminado o Estado de bem estar social, instalado por Roosevelt.
Para isso, no Brasil, seria preciso atacar o Estado herdado de Getúlio e os movimentos sociais, que certamente defenderiam os direitos sociais a serem atacados, para recompor as contas públicas. Até ali, os tucanos tinham dado passos tímidos primeiro nessa direção, com o “choque de capitalismo” do Covas em 1989, passaram a atitudes mais audazes, como a entrada de uma avançada do partido no governo Collor – entre eles, Celso Lafer, Sergio Rouanet -, preparando o desembarque oficial, de que se salvaram pelo veto do Covas e pela queda do Collor.
Chamado pelo desorientado – até hoje – Itamar, FHC assumiu, eufórico, a globalização neoliberal como “o novo Renascimento da humanidade” (sic), nas suas próprias palavras. Era um destino inexorável, que a “atrasada” esquerda brasileira não percebia e seria esmagada pela nova onda. Seu vocabulário desqualificador das divergências, sua empáfia privatizadora, sua truculência ao mudar o nome da Petrobrás para torná-la um “global player” e privatizá-la, revelavam a auto- confiança daquele que representava a voz inteligente da “terceira via” nas periferias da vida, que convivia com Blair, Clinton e companhia nos seus ágapes globais.
Confiou-se de tal maneira de que o controle monetário, a partir da caracterização tentadora de que “a inflação é um imposto aos pobres”, que embora tivesse a sua mulher encarregada de políticas sociais – no estilo mais tradicional das primeiras damas -, o peso dessas nunca passou do figurino e do marketing, sem efeito algum que se contrapusesse à desigualdade social, acelerada no seu governo, uma vez passados os efeitos imediatos do controle da inflação. Um economicismo barato dominou seu governo – que ao contar com o coro unânime da imprensa, com a maioria absoluta no Congresso e com o apoio internacional, - acreditava no seu sucesso inevitável.
Afinal, Mitterrand e Felipe Gonzalez tinham se perpetuado por mais de uma década no governo dos seus países, Clinton e Blair gozavam também de grande popularidade, a adesão de forças tradicionais ao neoliberalismo parecia dar certo na Argentina, no México, no Chile. Não haveria alternativa ao Consenso de Washington e ao Pensamento Único, como havia previsto Margareth Thatcher – parecia estar plenamente convencido FHC, ainda mais quando foi reeleito no primeiro turno em 1998 – com pressa, porque a crise já era iminente e o Malan já negociava nova Carta de Intenções com o FMI, preparando-se para levar as taxas de juros, em janeiro de 1999 aos estratosféricos 48%, sem nenhum protesto do ministro José Serra.
Os primeiros anos da estabilização monetária foram os de auge de FHC, que lhe propiciaram um segundo mandato, mas naquele momento já havia iniciado seu declínio. As Cartas de Intenções do FMI, a profunda convicção nas teses do Estado mínimo, da predominância do mercado, nas privatizações, na abertura da economia, levaram o país a uma profunda e prolongada recessão, ao mesmo tempo em que o próprio sucesso do controle da inflação começava a desandar.
Serra não era o candidato da predileção de FHC, entre os dois travou-se uma dura guerra, quando a saúde afastou Covas da parada. Mas qualquer que fosse o candidato, teria perdido para Lula naquele momento. Serra tentou não arcar com o ônus do governo FHC e FHC tentou dizer que a derrota era do Serra e dele. Mas, abraçados ou não, os dois foram a pique.
Essa derrota pesa definitivamente sobre o destino tucano. Não tiveram capacidade de conquista de bases populares mais além da estabilidade monetária, até porque não tinham plano de retomada do desenvolvimento – palavra totalmente enterrada por eles – e de distribuição de renda. Foram derrotados pelo seu sucesso efêmero e artificial, financeiro, especulativo.
Hoje, quando a depressão da derrota – agora inevitável – domina o ninho tucano, os ataques, as cotoveladas e caneladas sobram para todo lado. Certamente consciente da derrocada do Serra, FHC se apressou a dizer, antes mesmo da divulgação da pesquisa do Ibope, que via com sérias preocupações as possibilidades do candidato tucano, apesar de que ele tinha “ajudado”. Deixava o cadáver para os outros, aqueles que tentaram esconde-lo, a ele e a seu governo. Imaginem-se as palavras que Serra deve ter reservado para FHC, que na hora da débâcle, lhe dá as costas.
A escolha do vice tornou-se um calvário. Não se trata agora de escolher um vice que consiga votos, mas um que tire menos votos e, conforme a indecisão foi aumentando a lista de pré-candidatos, descontente a menor gente. Chega-se ao que a pesquisa do Datafolha os tinha livrado, aparentemente: o de chegar a uma Convenção em queda livre nas pesquisas e sem o Aécio.
O governo FHC deu errado como o neoliberalismo deu errado. Sua derrota e a crise final dos tucanos representam isso. Por isso, a vitória da Dilma tem que ser a vitória da esquerda e do campo popular, da superação do neoliberalismo, do fortalecimento do Estado, do desenvolvimento econômico e social, do Brasil soberano, da construção de uma sociedade justa, solidária e próspera.
Postado por Emir Sader às 05:08
Fonte:http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=494
O Brasil é uma pedra no sapato
Domingo, 27 de Junho de 2010
DEBATE ABERTO
O Brasil é uma pedra no sapato
O Brasil passou, de repente, a ser uma pedra no sapato da União Européia. A pergunta mais patética formulada a Dilma foi: “como e por que o Brasil deu um reajuste de 7,7% aos aposentados?”. Isso vai na contramão de tudo o que está sendo programado e feito pelos governos europeus.
Flávio Aguiar
Dilma Rousseff veio à Europa, passou por quatro países, alguns primeiros-ministros, e encontrou o que veio buscar: reconhecimento internacional. E mais: demonstração de que é capaz de viajar sem Lula – em todos os sentidos que a palavra viajar possa ter.
Mas colheu – e curiosamente plantou, porque colheu – mais.
Em primeiro lugar, colheu alguns epítetos (desculpem o palavrão antigo, mas cheio de charme) curiosos: “Dama de Ferro” (antes expressão reservada a Margareth Thatcher), “Delfim de Lula”, por exemplo.
Em segundo lugar, colheu uma impressão do Brasil, vigente aqui no Velho Mundo, muito peculiar, neste preciso momento em que a Zona do Euro atravessa uma turbulência sem par na história recente da Europa, pelo menos desde o fim da Segunda Guerra.
O Brasil passou, de repente, a ser uma pedra no sapato da União Européia. A pergunta mais patética formulada a Dilma foi: “como, e por que o Brasil deu um reajuste de 7,7% aos aposentados?”.
Isso vem na contramão de tudo o que está sendo programado e feito por aqui. Congelamentos de salário, ou diminuição, diminuição ou limitação de pensões e aposentadorias, suspensão de subsídios destinados ao mercado da classe média e dos mais pobres, fim de auxílios como os dados às mães solteiras, investimentos no pequeno e médio negócio: essa é a amarga receita que está sendo enfiada goela abaixo dos países – leia-se: os trabalhadores e aposentados – da U. E. Conhecemos a receita, fruto tanto do estouro do endividamento programado, como aconteceu na Ásia nos anos 90 e na América Latina no começo dos 80.
Ou seja: a presença do Brasil, que já provocava admiração ao ser um dos países que melhor saiu da crise recente, agora provoca perplexidade, inveja e um certo ar de ressentimento, além de se ter tornado um “mau exemplo”. O nosso país está se saindo bem exatamente por ter feito tudo ao contrário dessas receitas que há meio século, pelo menos, senão mais, são o vade-mecum das finanças internacionais.
Duas semanas atrás o economista Frederick Jaspersen, diretor para a América Latina no Institute of International Finance, uma organização criada em 1983 por 38 grandes bancos de atuação em escala mundial logo depois da crise da dívida latino-americana, previu a vitória de Dilma Rousseff nas eleições de outubro (o otimismo/pessimismo fica por conta dele). E acrescentou que isso era péssimo, porque significava aumentos dos “gastos” públicos, política industrial centrada em estatais, pressão política sobre as agências regulatórias (ou desregulatórias, para nós). Ao contrário, disse ele, a vitória de Serra significaria endurecimento no controle fiscal (leia-se, menos investimentos sociais), ênfase no setor privado (leia-se, transferência de verbas públicas para as empresas privadas) e uma política tributária para encorajar investimentos privados (leia-se, carga tributária regressiva na renda e progressiva no consumo).
Em suma, o que os agentes das finanças internacionais temem não é apenas que um setor como o Brasil venha a permanecer fora de sua influência. É também que o exemplo comece a contaminar corações e mentes pelo mundo a fora.
O curioso é que o exemplo brasileiro não é, digamos, inteiramente original. Já na crise asiática dos anos 90, o país que melhor e mais rápido saiu dela foi a Malásia. Por quê? Porque recusou a ajuda do FMI e fez tudo ao contrário do que ele receitava: aumentou o investimento público, reforçou o mercado interno, evitou a recessão e, sobretudo, saiu de cabeça em pé. Ao contrário de Tailândia (país em que o custo político da crise e das medidas recessivas continua a se fazer sentir de modo dramático), mesmo a Coréia do Sul, Singapura e até o Japão.
Sinal de que temos muito o que aprender onde eles – os arautos das virtudes do mercado – nunca aprendem.
Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4685&boletim_id=720&componente_id=12047
No Twitter, César Maia ironiza escolha de Álvaro Dias como vice de Serra
26/06/2010-13h3
DE SÃO PAULO
As polêmicas discussões de aliados de José Serra (PSDB) sobre a escolha de Álvaro Dias como candidato a vice continuam rendendo no Twitter.
Ex-presidente do DEM, partido preterido pelos tucanos, César Maia voltou a ironizar, no microblog, a opção do PSDB.
"Foi lançado ontem em SP o livro: "Estratégias de Como Perder uma Eleição". Editora Labirinto.".
Ainda sobre a falta de tática dos tucanos, que têm interesse em Dias como vice para obter o apoio de seu irmão, senador Osmar Dias Maia (PDT), importante liderança paranaense, Maia disparou: "O PT sacrifica seus interesses regionais a favor da candidatura nacional. O PSDB faz exatamente.....o contrário".
O ex-prefeito do Rio de Janeiro avaliou ainda como negativo o efeito que a escolha de Álvaro Dias terá no Nordeste, importante reduto petista.
"Aliás o sotaque do senador Dias vai chegar muito bem ao nordeste......argh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!", tuitou.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/757677-no-twitter-cesar-maia-ironiza-escolha-de-alvaro-dias-como-vice-de-serra.shtml
DE SÃO PAULO
As polêmicas discussões de aliados de José Serra (PSDB) sobre a escolha de Álvaro Dias como candidato a vice continuam rendendo no Twitter.
Ex-presidente do DEM, partido preterido pelos tucanos, César Maia voltou a ironizar, no microblog, a opção do PSDB.
"Foi lançado ontem em SP o livro: "Estratégias de Como Perder uma Eleição". Editora Labirinto.".
Ainda sobre a falta de tática dos tucanos, que têm interesse em Dias como vice para obter o apoio de seu irmão, senador Osmar Dias Maia (PDT), importante liderança paranaense, Maia disparou: "O PT sacrifica seus interesses regionais a favor da candidatura nacional. O PSDB faz exatamente.....o contrário".
O ex-prefeito do Rio de Janeiro avaliou ainda como negativo o efeito que a escolha de Álvaro Dias terá no Nordeste, importante reduto petista.
"Aliás o sotaque do senador Dias vai chegar muito bem ao nordeste......argh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!", tuitou.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/757677-no-twitter-cesar-maia-ironiza-escolha-de-alvaro-dias-como-vice-de-serra.shtml
Vejam o que The Economist publicou!
Situação do Brasil antes e depois de Lula da Silva, ou seja, nos tempos de Fernando Henrique Cardoso (Serra/Dem/PPS) comparados com a situação actual (Lula/Dilma/PT e partidos aliados):
Risco Brasil:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS) 2.700 pontos
(Lula/Dilma/PT e aliados) 200 pontos
Salário Mínimo:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)....78 dólares
(Lula/Dilma/PT e aliados).....210 dólares
Dólar / Real:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Rs$ 3,00
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Rs$ 1,78
Dívida FMI:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Não mexeu
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Pagou
Indústria naval:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Não mexeu
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Reconstruiu
Universidades Federais Novas:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....10
Extensões Universitárias:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....45
Escolas Técnicas:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...185 Bilhões de Dólares Negativos
(Lula/Dilma/PT e aliados).....160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...14%
(Lula/Dilma/PT e aliados).....34%
Estradas de Ferro:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....3 em andamento
Estradas Rodoviárias:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...90% danificadas
(Lula/Dilma/PT e aliados).....70% recuperadas
Industria Automobilística:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Em baixa, 20%
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Em alta, 30%
Crises internacionais:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...4, arrasando o país
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Nenhuma, pelas reservas acumuladas
Cambio:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Fixo, estourando o Tesouro Nacional
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...27%
(Lula/Dilma/PT e aliados).....11%
Mobilidade Social:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
(Lula/Dilma/PT e aliados)....23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)..780 mil
(Lula/Dilma/PT e aliados)....11 milhões
Investimentos em infraestrutura:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)..Nenhum
(Lula/Dilma/PT e aliados)....504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)..Brasil sem crédito
(Lula/Dilma/PT e aliados)....Brasil reconhecido como investment grade
É pouco ou quer mais? Lembra-se mais uma vez, estes são dados da prestigiada revista The Economist.
Fernando Henrique Cardoso, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo José Serra entende de economia. Lula, que não entende de sociologia, levou 23 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.
Lula, o "analfabeto", que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares e não quebrou a previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do Sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista.. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou-se ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo actual.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.
Pense, o que este homem faria, se entendesse de alguma coisa?
Risco Brasil:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS) 2.700 pontos
(Lula/Dilma/PT e aliados) 200 pontos
Salário Mínimo:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)....78 dólares
(Lula/Dilma/PT e aliados).....210 dólares
Dólar / Real:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Rs$ 3,00
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Rs$ 1,78
Dívida FMI:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Não mexeu
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Pagou
Indústria naval:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Não mexeu
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Reconstruiu
Universidades Federais Novas:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....10
Extensões Universitárias:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....45
Escolas Técnicas:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...185 Bilhões de Dólares Negativos
(Lula/Dilma/PT e aliados).....160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...14%
(Lula/Dilma/PT e aliados).....34%
Estradas de Ferro:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Nenhuma
(Lula/Dilma/PT e aliados).....3 em andamento
Estradas Rodoviárias:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...90% danificadas
(Lula/Dilma/PT e aliados).....70% recuperadas
Industria Automobilística:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Em baixa, 20%
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Em alta, 30%
Crises internacionais:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...4, arrasando o país
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Nenhuma, pelas reservas acumuladas
Cambio:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...Fixo, estourando o Tesouro Nacional
(Lula/Dilma/PT e aliados).....Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...27%
(Lula/Dilma/PT e aliados).....11%
Mobilidade Social:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)...2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
(Lula/Dilma/PT e aliados)....23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)..780 mil
(Lula/Dilma/PT e aliados)....11 milhões
Investimentos em infraestrutura:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)..Nenhum
(Lula/Dilma/PT e aliados)....504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional:
(FHC/Serra/Dem/PPS/TUCANOS)..Brasil sem crédito
(Lula/Dilma/PT e aliados)....Brasil reconhecido como investment grade
É pouco ou quer mais? Lembra-se mais uma vez, estes são dados da prestigiada revista The Economist.
Fernando Henrique Cardoso, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo José Serra entende de economia. Lula, que não entende de sociologia, levou 23 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.
Lula, o "analfabeto", que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares e não quebrou a previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do Sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista.. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou-se ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo actual.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.
Pense, o que este homem faria, se entendesse de alguma coisa?
BLOG DA DILMA: DEM: A ELEIÇÃO NÓS JÁ PERDEMOS
BLOG DA DILMA: DEM: A ELEIÇÃO NÓS JÁ PERDEMOS: "A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter. Tentaram me isolar, mas não conseguiram apoio ” Presidente do DEM, Rodrigo Maia, so..."
BLOG DA DILMA: DEM endurece confronto com PSDB
BLOG DA DILMA: DEM endurece confronto com PSDB: "DEM endurece confronto com PSDB LUCIANA NUNES LEAL - Agência Estado O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), deixou claro que não pr..."
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Dilma na frente de Serra pela primeira vez
23/06/10 - 18h31 | Economia
Brasília - Pela primeira vez na pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira, 23 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a candidata do PT, Dilma Rousseff, ultrapassou o candidato do PSDB, José Serra, nas intenções de voto. Ela tem 38,2% contra 32,3% do candidato da oposição na lista estimulada com todos os candidatos, uma diferença de 5,9 pontos porcentuais. A candidata do PT mantém a dianteira mesmo quando a lista estimulada mostra apenas os três candidatos mais bem posicionados, incluindo a senadora Marina Silva, do PV, com 40% contra 35% de Serra.
O diretor de Operações da CNI, Rafael Lucchesi, que divulgou a pesquisa, atribuiu o desempenho de Dilma Rousseff a quatro fatores principais: maior percepção de que ela é a candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; queda no índice de rejeição; maior exposição dela na mídia e o bom desempenho da economia. Na pesquisa CNI-Ibope anterior, de março, a candidata do PT havia registrado empate técnico (a margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais), com 33%, enquanto o ex-governador de São Paulo tinha 35%.
Na indicação espontânea das intenções de votos, em que Dilma tem 22% contra 16% do candidato do PSDB, o porcentual de eleitores indecisos permanece elevado, com 40% (era de 42% em março), constatação que levou o diretor de Operações da CNI a enfatizar que a eleição presidencial não está decidida. “O alto grau de indecisão mostra que a pesquisa eleitoral está apenas se aquecendo”, assinalou Lucchesi.
Na simulação do segundo turno, Dilma também ultrapassa Serra, invertendo as posições do levantamento de março, detendo 45% das intenções de voto (tinha 39% em março), contra 38% de Serra (que obteve 44% na pesquisa anterior). A rejeição à candidata do PT caiu, de 27% em março para 23% agora, enquanto a rejeição a Serra aumentou cinco pontos porcentuais, de 25% para 30%.
A pesquisa CNI-Ibope, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 16292/2010, ouviu 2002 eleitores em 140 municípios entre os dias 19 e 21 últimos.
Na avaliação do governo, a aprovação à forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva governa atingiu o nível recorde de 85%, dois pontos porcentuais sobre o levantamento de março. Foi igualmente recorde a confiança no presidente, que atingiu 81%, contra 77% na rodada anterior. A avaliação positiva do governo manteve o mesmo porcentual de março, com 75% dos pesquisados considerando o governo “ótimo” e “bom”.
Fonte: CNI - Pesquisa CNI/Ibope
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Uma vitória de Dilma em São Paulo
junho 20th, 2010 às 21:22
O jornal Diário de São Paulo divulga hoje uma pesquisa do Ipespe, empresa ligada ao ex-estrategista de FHC, Antonio Lavareda, feita por telefone – o que, por mais compensações que se façam tende, naturalmente, a distorcer amostras – que revela resultados pra lá de interessantes para a candidata Dilma Rousseff.
Embora na pesquisa induzida a diferença seja ainda de 14 pontos – o que já é bem menos que os 17,5% que Alckmin teve sobre Lula no Estado em 2006, mostra que, na escolha espontânea Dilma tem apenas 5% a menos que Serra, e ainda há outros 4% que declaram a intenção de votar em Lula.
Na eleição de 2006, no primeiro turno, Alckimn ganhou por quatro milhões de votos em São Paulo e perdeu por sete milhões no total nacional. Os 3,5% que Serra perde em relação ao seu “aliado” – que tentação, não é, Dr. Alckmin, depois daquela da prefeitura, não é? – , já hoje, ainda antes da propaganda eleitoral, significam um milhão e meio de votos a menos.
Portanto, ninguém se surpreenda com o que nem os tucanos sonham nos seus piores pesadelos: uma vitória de Dilma também em São Paulo.
Fonte: http://www.tijolaco.com/?p=18838
Pesquisa Ipespe/DIÁRIO revela que eleição presidencial desperta mais interesse dos paulistas que a estadual
Domingo, 20 de junho de 2010 - 09:26
43% dos paulistas preferem Serra
Pesquisa Ipespe/DIÁRIO revela que eleição presidencial desperta mais interesse dos paulistas que a estadual
REGIANE SOARES VON ATZINGEN
regiane.soares@diariosp.com.br
Os paulistas estão mais interessados na eleição presidencial do que na disputa para governador. Segundo a pesquisa realizada pelo Ipespe a pedido do DIÁRIO, 29% dos eleitores do estado de São Paulo já decidiram em quem vão votar para presidente e, se a eleição fosse hoje, 43% dos entrevistados votariam no ex-governador José Serra (PSDB) e 29% na ex-ministra Dilma Rousseff (PT). A senadora Marina Silva (PV) aparece em terceiro, com 12% das intenções de voto. Já na disputa ao governo paulista, apenas 13% dos eleitores definiram o candidato.
Na pesquisa espontânea, a diferença entre Serra e Dilma é de 5 pontos: o tucano tem 25% do eleitorado e a petista, 20%. Como a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, ambos estão empatados tecnicamente em primeiro lugar. Marina é lembrada por 5% dos eleitores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não está na disputa, foi citado por 4% dos eleitores.
Segundo o sociólogo Antonio Lavareda, do Ipespe, os números da votação espontânea estão bastante altos para um período de pré-campanha, o que mostra que os eleitores já estão mais definidos para a disputa presidencial do que para a estadual. Segundo o levantamento, 80% dos eleitores não estão com o voto para governador consolidado, e podem mudar de opinião. Já na disputa presidencial, 62% dos entrevistados disseram que podem mudar o voto durante a campanha eleitoral.
A petista é a candidata que possui mais eleitores que já decidiram seu voto e não mudam mais até a data da eleição. Enquanto 50% dos eleitores de Dilma dizem que ainda vão esperar a campanha para definir o voto, esse número é de 62% para Serra e 63% para Marina.
Lavareda também ressaltou a importância do eleitorado paulista para definir a eleição presidencial. Segundo ele, somente em duas ocasiões o candidato a presidente que ganhou a eleição no estado de São Paulo não venceu a disputa nacional: Juscelino Kubitschek, em 1955, e Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006.
A pesquisa também mostrou que Marina vai melhor em São Paulo entre os eleitores com maior escolaridade e renda, enquanto Serra tem a preferência dos jovens de 16 a 24 anos, mas piora no Ensino Médio e no Superior. Dilma tem melhor desempenho entre os que têm Ensino Médio e baixa renda.
Segundo turno
A pesquisa Ipespe/DIÁRIO também simulou um segundo turno entre Serra e Dilma. Segundo o levantamento, o tucano vence a disputa com 50%, contra 35% da petista.
Segundo o levantamento, Serra obtém a grande maioria dos votos de Marina: 47% dos entrevistados que declararam voto em Marina no primeiro turno afirmam votar em Serra no segundo, contra 27% que declaram voto em Dilma.
O Ipespe também perguntou aos eleitores quem vai ganhar a eleição para presidente em São Paulo. Para 43% dos entrevistados, Serra sairá vitorioso e 33% apostam em Dilma. Somente 5% acreditam que Marina vencerá as eleições e 18% não sabem.
Para Marta, que lidera Senado, o que vale é a eleição
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT), líder da pesquisa de intenções de voto para o Senado divulgada ontem e realizada pelo Ipespe exclusivamente para o DIÁRIO, comemora a preferência de 38% dos paulistas entrevistados, mas não nega que o resultado ainda pode mudar até o dia das eleições. “A pesquisa é um retrato do momento porque o que vale mesmo é o dia da eleição”, afirmou ela.
No segundo lugar e com 17% das intenções de voto — empatado com Orestes Quércia do (PMDB) — o cantor e ex-vereador Netinho de Paula ficou surpreendido com o próprio resultado. “Fiquei ainda mais feliz por saber que estou atrás dá Marta porque quero que nós dois ganhemos juntos”, contou ele no dia da oficialização de sua candidatura pelo PC do B.
Empolgado com a possibilidade de conquistar uma cadeira no Senado, ele já faz planos para o início da sua campanha. “Vou começar a reunir todos os 'manos' do estado visitando os municípios. Além disso, vou focar os discursos no investimento para a educação, ONGs e desenvolvimento do interior paulista”, salientou Netinho.
O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) também afirma ter ficado satisfeito com o resultado. “Os dados são expressivos e nos incentivam a continuar o trabalho que estamos fazendo há mais de 30 anos pelo estado de São Paulo”, disse.
Em terceiro lugar está o senador e candidato à reeleição Romeu Tuma (PTB), com 16% das intenções de voto.
Com apenas 8% das intenções de voto, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) acredita que até o dia das eleições muitas coisas ainda podem mudar. “Se 59% das pessoas não sabem em quem votar, os resultados podem ser totalmente diferentes no final”, acredita ela.
Para ganhar mais votos, Soninha — que ainda não oficializou a sua candidatura — afirma que vai andar por todas as cidades do estado para ser conhecida pela população. “O primeiro passo para uma boa campanha é que as pessoas conheçam os candidatos e suas propostas”, afirma.
Já o vereador Gabriel Chalita (PSB) — com 9% das intenções de voto — só vai comentar o resultado da pesquisa após a confirmação de sua candidatura, no próximo domingo, dia 27, em uma convenção do partido.
Foram 1.600 entrevistas no estado
A pesquisa Ipespe/DIÁRIO foi realizada por telefone entre os dias 9 e 11 de junho deste ano. Foram entrevistadas 1.600 pessoas em cem municípios do estado de São Paulo. Foram realizadas 600 entrevistas na capital e mil em 99 cidades do interior do estado. A margem de erro do levantamento do Ipespe é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 15195/2010 e no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com número 35974/2010.
Segundo o filósofo Rodrigo Queiroz, responsável pelo levantamento, as entrevistas por telefone proporcionam maior rapidez na sua realização e na tabulação dos dados, sem a necessidade de deslocamento dos pesquisadores até a residência das pessoas.
Queiroz também ressaltou que as entrevistas por telefone facilitam o acesso às residências, o que pessoalmente não seria possível de ser realizado por causa da dificuldade de ser recebido em certas regiões da cidade.
Fonte: http://www.diariosp.com.br/Noticias/Brasil/7458/43%25+dos+paulistas+preferem+Serra
43% dos paulistas preferem Serra
Pesquisa Ipespe/DIÁRIO revela que eleição presidencial desperta mais interesse dos paulistas que a estadual
REGIANE SOARES VON ATZINGEN
regiane.soares@diariosp.com.br
Os paulistas estão mais interessados na eleição presidencial do que na disputa para governador. Segundo a pesquisa realizada pelo Ipespe a pedido do DIÁRIO, 29% dos eleitores do estado de São Paulo já decidiram em quem vão votar para presidente e, se a eleição fosse hoje, 43% dos entrevistados votariam no ex-governador José Serra (PSDB) e 29% na ex-ministra Dilma Rousseff (PT). A senadora Marina Silva (PV) aparece em terceiro, com 12% das intenções de voto. Já na disputa ao governo paulista, apenas 13% dos eleitores definiram o candidato.
Na pesquisa espontânea, a diferença entre Serra e Dilma é de 5 pontos: o tucano tem 25% do eleitorado e a petista, 20%. Como a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, ambos estão empatados tecnicamente em primeiro lugar. Marina é lembrada por 5% dos eleitores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não está na disputa, foi citado por 4% dos eleitores.
Segundo o sociólogo Antonio Lavareda, do Ipespe, os números da votação espontânea estão bastante altos para um período de pré-campanha, o que mostra que os eleitores já estão mais definidos para a disputa presidencial do que para a estadual. Segundo o levantamento, 80% dos eleitores não estão com o voto para governador consolidado, e podem mudar de opinião. Já na disputa presidencial, 62% dos entrevistados disseram que podem mudar o voto durante a campanha eleitoral.
A petista é a candidata que possui mais eleitores que já decidiram seu voto e não mudam mais até a data da eleição. Enquanto 50% dos eleitores de Dilma dizem que ainda vão esperar a campanha para definir o voto, esse número é de 62% para Serra e 63% para Marina.
Lavareda também ressaltou a importância do eleitorado paulista para definir a eleição presidencial. Segundo ele, somente em duas ocasiões o candidato a presidente que ganhou a eleição no estado de São Paulo não venceu a disputa nacional: Juscelino Kubitschek, em 1955, e Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006.
A pesquisa também mostrou que Marina vai melhor em São Paulo entre os eleitores com maior escolaridade e renda, enquanto Serra tem a preferência dos jovens de 16 a 24 anos, mas piora no Ensino Médio e no Superior. Dilma tem melhor desempenho entre os que têm Ensino Médio e baixa renda.
Segundo turno
A pesquisa Ipespe/DIÁRIO também simulou um segundo turno entre Serra e Dilma. Segundo o levantamento, o tucano vence a disputa com 50%, contra 35% da petista.
Segundo o levantamento, Serra obtém a grande maioria dos votos de Marina: 47% dos entrevistados que declararam voto em Marina no primeiro turno afirmam votar em Serra no segundo, contra 27% que declaram voto em Dilma.
O Ipespe também perguntou aos eleitores quem vai ganhar a eleição para presidente em São Paulo. Para 43% dos entrevistados, Serra sairá vitorioso e 33% apostam em Dilma. Somente 5% acreditam que Marina vencerá as eleições e 18% não sabem.
Para Marta, que lidera Senado, o que vale é a eleição
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT), líder da pesquisa de intenções de voto para o Senado divulgada ontem e realizada pelo Ipespe exclusivamente para o DIÁRIO, comemora a preferência de 38% dos paulistas entrevistados, mas não nega que o resultado ainda pode mudar até o dia das eleições. “A pesquisa é um retrato do momento porque o que vale mesmo é o dia da eleição”, afirmou ela.
No segundo lugar e com 17% das intenções de voto — empatado com Orestes Quércia do (PMDB) — o cantor e ex-vereador Netinho de Paula ficou surpreendido com o próprio resultado. “Fiquei ainda mais feliz por saber que estou atrás dá Marta porque quero que nós dois ganhemos juntos”, contou ele no dia da oficialização de sua candidatura pelo PC do B.
Empolgado com a possibilidade de conquistar uma cadeira no Senado, ele já faz planos para o início da sua campanha. “Vou começar a reunir todos os 'manos' do estado visitando os municípios. Além disso, vou focar os discursos no investimento para a educação, ONGs e desenvolvimento do interior paulista”, salientou Netinho.
O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) também afirma ter ficado satisfeito com o resultado. “Os dados são expressivos e nos incentivam a continuar o trabalho que estamos fazendo há mais de 30 anos pelo estado de São Paulo”, disse.
Em terceiro lugar está o senador e candidato à reeleição Romeu Tuma (PTB), com 16% das intenções de voto.
Com apenas 8% das intenções de voto, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) acredita que até o dia das eleições muitas coisas ainda podem mudar. “Se 59% das pessoas não sabem em quem votar, os resultados podem ser totalmente diferentes no final”, acredita ela.
Para ganhar mais votos, Soninha — que ainda não oficializou a sua candidatura — afirma que vai andar por todas as cidades do estado para ser conhecida pela população. “O primeiro passo para uma boa campanha é que as pessoas conheçam os candidatos e suas propostas”, afirma.
Já o vereador Gabriel Chalita (PSB) — com 9% das intenções de voto — só vai comentar o resultado da pesquisa após a confirmação de sua candidatura, no próximo domingo, dia 27, em uma convenção do partido.
Foram 1.600 entrevistas no estado
A pesquisa Ipespe/DIÁRIO foi realizada por telefone entre os dias 9 e 11 de junho deste ano. Foram entrevistadas 1.600 pessoas em cem municípios do estado de São Paulo. Foram realizadas 600 entrevistas na capital e mil em 99 cidades do interior do estado. A margem de erro do levantamento do Ipespe é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 15195/2010 e no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com número 35974/2010.
Segundo o filósofo Rodrigo Queiroz, responsável pelo levantamento, as entrevistas por telefone proporcionam maior rapidez na sua realização e na tabulação dos dados, sem a necessidade de deslocamento dos pesquisadores até a residência das pessoas.
Queiroz também ressaltou que as entrevistas por telefone facilitam o acesso às residências, o que pessoalmente não seria possível de ser realizado por causa da dificuldade de ser recebido em certas regiões da cidade.
Fonte: http://www.diariosp.com.br/Noticias/Brasil/7458/43%25+dos+paulistas+preferem+Serra
Agora Serra descobre que é contra tudo aquilo que praticou no governo
21 Junho 2010
Em entrevista ao SBT, o presidente Lula comentou que “eu gostaria de ser economista, acho chique, porque eles sempre sabem muitos números. Quando estão na oposição, então, sabem ainda mais. Veja, por exemplo, o José Serra. Agora, ele sabe tudo o que não sabia quando estava no governo”.
Realmente. Por exemplo, Serra agora tornou-se um crítico dos juros altos. Onde estava ele no dia 4 de março de 1999? Pois, nesse dia, o Banco Central do governo Fernando Henrique aumentou os juros básicos de 25% para 45%. Onde estava Serra? Ora, no ministério do governo Fernando Henrique. E nem mesmo um protesto pró-forma ele esboçou contra o que deve ter sido o maior aumento de juros da História da República.
Mas agora Serra descobriu que os juros estão muito altos – e quem levou as sobras pela descoberta serrista foi a Míriam Leitão, que se pôs a defender os juros e levou uma esculhambação. Só a senhorita Leitão poderia ser suficientemente idiota para levar a sério o seu candidato, a ponto de achar que aquilo que ele fala é realmente o que pensa.
No entanto, em entrevista à agência de notícias Reuters, dois membros da assessoria econômica de Serra declararam que “uma taxa de 12 por cento para a Selic no fim do ano é realista” porque não podemos “crescer sem ter as bases colocadas para crescer”.
Essa entrevista, embora não revelando o nome dos entrevistados, não foi desmentida, nem por Serra nem por ninguém da sua campanha, embora haja notícia de que o candidato tucano distribuiu vasta série de impropérios aos sujeitos que a concederam.
Mas isso é apenas um sinal de que é isso mesmo que ele acha – aliás, se não achasse, não seria tucano, e, no caso, o principal tucano, já que Fernando Henrique mais parece um zumbi. Qual é a essência da política tucana, senão impedir o país de crescer, já que não somos nada, e não devemos ser nada, exceto um apêndice dos EUA? Depois de oito anos disso, e mais a campanha atual de Serra contra o Mercosul, que dúvidas são possíveis a esse respeito? Os juros de 45% não incomodaram Serra. Por que os juros atuais o incomodariam, exceto por serem, talvez, demasiado baixos para sufocar o crescimento?
Em campanha – aliás, antecipada – Serra descobriu muitas coisas: até que o câmbio, isto é, o real, está sobrevalorizado. Serra participou, como ministro do Planejamento, da maior, mais artificial, mais engessada e mais lesiva sobrevalorização do real, a paridade em relação ao dólar do primeiro mandato de Fernando Henrique. Uma sobrevalorização tão estúpida que quebrou a economia nacional, pois não passou de um dumping a favor das mercadorias importadas - desde cortadores de unhas da Pennsylvania até repolhos da Califórnia e outros produtos de semelhante sofisticação.
Na entrevista que citamos, os dois assessores de Serra dizem que ele não iria levar o dólar nem a 2 reais, mas “também não vai deixar chegar a 1,50 real”. Como o dólar está em R$ 1,77, isso somente quer dizer que, se depender de Serra, o câmbio fica como o Meirelles quer – portanto, suas críticas ao câmbio sobrevalorizado são mera demagogia.
Porém, o mais interessante na entrevista da Reuters é a primeira medida, que, se fosse eleito, Serra tomaria: “um profundo ajuste fiscal”. Nestes tempos em que os gregos estão lutando contra um “profundo ajuste fiscal”, quase não é necessário dizer o que é essa desgraça: cortar o salário de professores, médicos e demais funcionários, cortar o atendimento público à população, cortar os investimentos públicos, cortar as aposentadorias, estrangular as contas do governo, privatizar o que houver de patrimônio público, e, certamente, aumentar impostos – tudo com o objetivo de repassar mais dinheiro público para os bancos.
Tanto é assim que os dois entrevistados se queixam que o governo Lula diminuiu a “economia para pagar juros”, isto é, o famigerado superávit primário – e observemos que os atuais 2,21% do PIB de superávit primário não é coisa pouca, embora seja muito melhor do que os 4,85% anteriores.
Em suma, o que a assessoria de Serra descreveu como sua primeira medida é uma devastadora privatização do dinheiro e da propriedade pública – é a isso que os neoliberais chamam de “ajuste fiscal”. Sem privatizar o Tesouro e o patrimônio público não existe “ajuste fiscal” - e se eles usam esse termo é porque é isso mesmo o que querem fazer.
Mas, como diz um velho sacripanta do “ajuste fiscal”, o sr. Luís Paulo Rosenberg – aquele mesmo que na época da ditadura agia como advogado do FMI dentro do governo - não se trata apenas do setor público – pois o “ajuste” não funciona se toda a sociedade não for arrochada. Por isso, diz Rosenberg, é uma “leviandade” (sic) o governo Lula aumentar o salário-mínimo (ver a conferência sobre ajuste fiscal desse quase impagável elemento no 4º Painel Econômico Serasa).
Como disse uma economista de perfil mais razoável, “ajuste fiscal” significa fazer o povo “pagar a conta do banquete dos outros”, isto é, dos bancos, sobretudo os externos (cf. Sandra Quintela, “Dívida social e ajuste fiscal”, PACS, 01/2005).
Pois essa é a política de Serra. Sua assessoria deve ter um Q.I. semelhante ao da Míriam Leitão. Talvez por isso, por medo que algum deles entornasse de vez o caldo, ele não respondeu quando a ex-ministra Dilma Rousseff declarou que “não é ajuste fiscal que dá jeito na máquina pública brasileira”.
Realmente, não é. Pelo contrário, ele é a devastação de tudo o que é público – e essa seria apenas “a primeira” medida de Serra se fosse eleito...
Por CARLOS LOPES
Fonte: http://versodanoticia.blogspot.com/2010/06/agora-serra-descobre-que-e-contra-tudo.html
Em entrevista ao SBT, o presidente Lula comentou que “eu gostaria de ser economista, acho chique, porque eles sempre sabem muitos números. Quando estão na oposição, então, sabem ainda mais. Veja, por exemplo, o José Serra. Agora, ele sabe tudo o que não sabia quando estava no governo”.
Realmente. Por exemplo, Serra agora tornou-se um crítico dos juros altos. Onde estava ele no dia 4 de março de 1999? Pois, nesse dia, o Banco Central do governo Fernando Henrique aumentou os juros básicos de 25% para 45%. Onde estava Serra? Ora, no ministério do governo Fernando Henrique. E nem mesmo um protesto pró-forma ele esboçou contra o que deve ter sido o maior aumento de juros da História da República.
Mas agora Serra descobriu que os juros estão muito altos – e quem levou as sobras pela descoberta serrista foi a Míriam Leitão, que se pôs a defender os juros e levou uma esculhambação. Só a senhorita Leitão poderia ser suficientemente idiota para levar a sério o seu candidato, a ponto de achar que aquilo que ele fala é realmente o que pensa.
No entanto, em entrevista à agência de notícias Reuters, dois membros da assessoria econômica de Serra declararam que “uma taxa de 12 por cento para a Selic no fim do ano é realista” porque não podemos “crescer sem ter as bases colocadas para crescer”.
Essa entrevista, embora não revelando o nome dos entrevistados, não foi desmentida, nem por Serra nem por ninguém da sua campanha, embora haja notícia de que o candidato tucano distribuiu vasta série de impropérios aos sujeitos que a concederam.
Mas isso é apenas um sinal de que é isso mesmo que ele acha – aliás, se não achasse, não seria tucano, e, no caso, o principal tucano, já que Fernando Henrique mais parece um zumbi. Qual é a essência da política tucana, senão impedir o país de crescer, já que não somos nada, e não devemos ser nada, exceto um apêndice dos EUA? Depois de oito anos disso, e mais a campanha atual de Serra contra o Mercosul, que dúvidas são possíveis a esse respeito? Os juros de 45% não incomodaram Serra. Por que os juros atuais o incomodariam, exceto por serem, talvez, demasiado baixos para sufocar o crescimento?
Em campanha – aliás, antecipada – Serra descobriu muitas coisas: até que o câmbio, isto é, o real, está sobrevalorizado. Serra participou, como ministro do Planejamento, da maior, mais artificial, mais engessada e mais lesiva sobrevalorização do real, a paridade em relação ao dólar do primeiro mandato de Fernando Henrique. Uma sobrevalorização tão estúpida que quebrou a economia nacional, pois não passou de um dumping a favor das mercadorias importadas - desde cortadores de unhas da Pennsylvania até repolhos da Califórnia e outros produtos de semelhante sofisticação.
Na entrevista que citamos, os dois assessores de Serra dizem que ele não iria levar o dólar nem a 2 reais, mas “também não vai deixar chegar a 1,50 real”. Como o dólar está em R$ 1,77, isso somente quer dizer que, se depender de Serra, o câmbio fica como o Meirelles quer – portanto, suas críticas ao câmbio sobrevalorizado são mera demagogia.
Porém, o mais interessante na entrevista da Reuters é a primeira medida, que, se fosse eleito, Serra tomaria: “um profundo ajuste fiscal”. Nestes tempos em que os gregos estão lutando contra um “profundo ajuste fiscal”, quase não é necessário dizer o que é essa desgraça: cortar o salário de professores, médicos e demais funcionários, cortar o atendimento público à população, cortar os investimentos públicos, cortar as aposentadorias, estrangular as contas do governo, privatizar o que houver de patrimônio público, e, certamente, aumentar impostos – tudo com o objetivo de repassar mais dinheiro público para os bancos.
Tanto é assim que os dois entrevistados se queixam que o governo Lula diminuiu a “economia para pagar juros”, isto é, o famigerado superávit primário – e observemos que os atuais 2,21% do PIB de superávit primário não é coisa pouca, embora seja muito melhor do que os 4,85% anteriores.
Em suma, o que a assessoria de Serra descreveu como sua primeira medida é uma devastadora privatização do dinheiro e da propriedade pública – é a isso que os neoliberais chamam de “ajuste fiscal”. Sem privatizar o Tesouro e o patrimônio público não existe “ajuste fiscal” - e se eles usam esse termo é porque é isso mesmo o que querem fazer.
Mas, como diz um velho sacripanta do “ajuste fiscal”, o sr. Luís Paulo Rosenberg – aquele mesmo que na época da ditadura agia como advogado do FMI dentro do governo - não se trata apenas do setor público – pois o “ajuste” não funciona se toda a sociedade não for arrochada. Por isso, diz Rosenberg, é uma “leviandade” (sic) o governo Lula aumentar o salário-mínimo (ver a conferência sobre ajuste fiscal desse quase impagável elemento no 4º Painel Econômico Serasa).
Como disse uma economista de perfil mais razoável, “ajuste fiscal” significa fazer o povo “pagar a conta do banquete dos outros”, isto é, dos bancos, sobretudo os externos (cf. Sandra Quintela, “Dívida social e ajuste fiscal”, PACS, 01/2005).
Pois essa é a política de Serra. Sua assessoria deve ter um Q.I. semelhante ao da Míriam Leitão. Talvez por isso, por medo que algum deles entornasse de vez o caldo, ele não respondeu quando a ex-ministra Dilma Rousseff declarou que “não é ajuste fiscal que dá jeito na máquina pública brasileira”.
Realmente, não é. Pelo contrário, ele é a devastação de tudo o que é público – e essa seria apenas “a primeira” medida de Serra se fosse eleito...
Por CARLOS LOPES
Fonte: http://versodanoticia.blogspot.com/2010/06/agora-serra-descobre-que-e-contra-tudo.html
terça-feira, 15 de junho de 2010
Pesquisa Sensus indica que Hélio Costa venceria no primeiro turno
Levantamento em Minas também aponta Dilma Roussef (PT) à frente de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência
Bernardino Furtado, iG Belo Horizonte
Uma pesquisa encomendada pelo PR-MG ao Instituto Sensus atribuiu 49,5% das intenções de voto para o pré-candidato a governador de Minas Gerais pelo PMDB, o senador Hélio Costa. O índice refere-se à modalidade estimulada, em que o pesquisador apresenta ao eleitor uma lista de nomes em quem poderia votar. O atual governador, Antonio Anastasia (PSDB), apareceu com 20,7% e José Fernando (PV), com 3,9%. Eleitores indecisos, que votariam em branco ou nulo somaram 25,9%.
Em relação à pesquisa anterior realizada pelo Sensus, em maio, Hélio Costa subiu 14 pontos percentuais, enquanto Anastasia teve queda de dois pontos. José Fernando também recuou cerca de dois pontos. Até a última segunda-feira, dia 7 de junho, Costa nem sequer era o candidato confirmado da aliança PMDB-PT em Minas. Foi nesse dia em Brasília que a cúpula nacional dos dois partidos anunciou o nome do senador em detrimento do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). O mais novo levantamento do Sensus foi feito nos dias 10 e 11 de junho (quinta-feira e sexta-feira).
Na pesquisa espontânea, em que o eleitor responde em quem votaria sem uma relação prévia de candidatos, Hélio Costa ficou com 21,1%, Anastasia com 12,2% e José Fernando com 1,7%. Citaram outros nomes 1,1% dos entrevistados, ao passo que 7,3% citaram o ex-governador Aécio Neves (PSDB), que é pré-candidato ao Senado. Num hipotético 2º turno, diante da lista de nomes apresentada pelos pesquisadores do Sensus, os entrevistados deram 54,5% das intenções de voto para Hélio Costa e 22,3% para Antonio Anastasia. Indecisos, que votam nulo ou em branco somaram 23,1%.
O Sensus testou também o limite de votos dos dois principais candidatos na eleição de Minas Gerais. Hélio Costa é o único em que votariam 27,3% dos entrevistados. Anastasia atingiu 16%. Diante da pergunta "poderiam votar", 41,9% apontaram Hélio Costa e 19,8%, Antonio Anastasia. Em relação ao índice de rejeição, não votariam em Costa 15,4% dos entrevistados e em Anastasia, 19,3%. O governador de Minas, que era vice de Aécio Neves, e assumiu o cargo em abril, é desconhecido para 36,2% dos entrevistados, enquanto apenas 7,7% disseram não conhecer Hélio Costa. O Sensus divulgou ter ouvido 1,5 mil eleitores de 53 municípios. A margem de erro é de 2,5%.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais sob o número 34.286/2010.
Pesquisa para Presidente da República
O Sensus pesquisou também as intenções de voto para presidente da República em Minas Gerais. Na modalidade estimulada, Dilma Rousseff (PT) aparece na frente com 37,3%, seguida de José Serra (PSDB), com 32,1% e Marina Silva (PV), com 7,3%. Brancos, nulos e indecisos somariam 20,6%. Num possível segundo turno, o tucano estaria à frente, com 41,7%, tecnicamente empatado com Dilma, que alcançaria 40,5%. A margem de erro também é de 2,5% do total. Na pesquisa espontânea, no primeiro turno, Dilma Rousseff (PT) somou 24,3, enquanto José Serra (PSDB) teve 18% e Marina Silva, 4,2%.
A pesquisa para presidente da República do Sensus com eleitores de Minas foi registrada no Tribunal Superior Eleitora (TSE) sob o número 14.772/2010.
Fonte:http://dilma13.blogspot.com/
Bernardino Furtado, iG Belo Horizonte
Uma pesquisa encomendada pelo PR-MG ao Instituto Sensus atribuiu 49,5% das intenções de voto para o pré-candidato a governador de Minas Gerais pelo PMDB, o senador Hélio Costa. O índice refere-se à modalidade estimulada, em que o pesquisador apresenta ao eleitor uma lista de nomes em quem poderia votar. O atual governador, Antonio Anastasia (PSDB), apareceu com 20,7% e José Fernando (PV), com 3,9%. Eleitores indecisos, que votariam em branco ou nulo somaram 25,9%.
Em relação à pesquisa anterior realizada pelo Sensus, em maio, Hélio Costa subiu 14 pontos percentuais, enquanto Anastasia teve queda de dois pontos. José Fernando também recuou cerca de dois pontos. Até a última segunda-feira, dia 7 de junho, Costa nem sequer era o candidato confirmado da aliança PMDB-PT em Minas. Foi nesse dia em Brasília que a cúpula nacional dos dois partidos anunciou o nome do senador em detrimento do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). O mais novo levantamento do Sensus foi feito nos dias 10 e 11 de junho (quinta-feira e sexta-feira).
Na pesquisa espontânea, em que o eleitor responde em quem votaria sem uma relação prévia de candidatos, Hélio Costa ficou com 21,1%, Anastasia com 12,2% e José Fernando com 1,7%. Citaram outros nomes 1,1% dos entrevistados, ao passo que 7,3% citaram o ex-governador Aécio Neves (PSDB), que é pré-candidato ao Senado. Num hipotético 2º turno, diante da lista de nomes apresentada pelos pesquisadores do Sensus, os entrevistados deram 54,5% das intenções de voto para Hélio Costa e 22,3% para Antonio Anastasia. Indecisos, que votam nulo ou em branco somaram 23,1%.
O Sensus testou também o limite de votos dos dois principais candidatos na eleição de Minas Gerais. Hélio Costa é o único em que votariam 27,3% dos entrevistados. Anastasia atingiu 16%. Diante da pergunta "poderiam votar", 41,9% apontaram Hélio Costa e 19,8%, Antonio Anastasia. Em relação ao índice de rejeição, não votariam em Costa 15,4% dos entrevistados e em Anastasia, 19,3%. O governador de Minas, que era vice de Aécio Neves, e assumiu o cargo em abril, é desconhecido para 36,2% dos entrevistados, enquanto apenas 7,7% disseram não conhecer Hélio Costa. O Sensus divulgou ter ouvido 1,5 mil eleitores de 53 municípios. A margem de erro é de 2,5%.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais sob o número 34.286/2010.
Pesquisa para Presidente da República
O Sensus pesquisou também as intenções de voto para presidente da República em Minas Gerais. Na modalidade estimulada, Dilma Rousseff (PT) aparece na frente com 37,3%, seguida de José Serra (PSDB), com 32,1% e Marina Silva (PV), com 7,3%. Brancos, nulos e indecisos somariam 20,6%. Num possível segundo turno, o tucano estaria à frente, com 41,7%, tecnicamente empatado com Dilma, que alcançaria 40,5%. A margem de erro também é de 2,5% do total. Na pesquisa espontânea, no primeiro turno, Dilma Rousseff (PT) somou 24,3, enquanto José Serra (PSDB) teve 18% e Marina Silva, 4,2%.
A pesquisa para presidente da República do Sensus com eleitores de Minas foi registrada no Tribunal Superior Eleitora (TSE) sob o número 14.772/2010.
Fonte:http://dilma13.blogspot.com/
domingo, 13 de junho de 2010
Roberto Felício garante verbas para Santa Bárbara
10 de Junho de 2010
O município de Santa Bárbara d´Oeste receberá verba estadual para o setor de saúde, fruto de emenda do deputado estadual Roberto Felício (PT). O convênio para liberação da verba, de R$ 40 mil, destinada ao setor de saúde, será assinado nesta sexta-feira, 12 de junho, no Departamento Regional de Saúde (DRS-7), da Secretaria Estadual de Saúde, na cidade de Campinas, na rua Orozimbo Maia, 75, centro, às 14h20, com a participação do prefeito de Santa Bárbara, Mário Heins.
Roberto Felício explica que a verba é voltada ao setor de saúde, especificamente à aquisição de equipamentos. “A atividade de um deputado é legislar, apresentar projetos, é alterar a legislação existente, criar novas leis que vão regrando a vida da sociedade, melhorando o dia a dia da população, e uma das leis importantes é o Orçamento Estadual, quando é possibilitado ao parlamentar apresentar emendas para contemplar setores da sociedade e regiões, como fizemos para o setor de saúde de Santa Bárbara”, conta.
O vice-preito de Santa Bárbara, Vanderlei Lagueza, ressalta que as verbas que o município recebe, a partir de emendas parlamentares, contribuem, em muito, para ajudar no desenvolvimento de projetos na cidade. “Temos uma aproximação muito forte com o deputado Roberto Felício, já que somos do mesmo partido político, e com certeza, esta verba, fruto de uma solicitação que fizemos, ajudará na aquisição de equipamentos para o município, beneficiando assim a população que se utiliza dos serviços públicos de saúde”, destaca.
Fonte:http://www.robertofelicio.com.br/interface_conteudo.php?t=12&id=807
Serra: mais de R$26 milhões em pesquisas para 2010
Por falar em pesquisas eleitorais, o Governador José Serra está, sim, usando dinheiro público para contratar empresas para prestação de serviços de suporte para implementação de solução de gestão de conhecimento e geoprocessamento, para implantação do Programa de Avaliação pelos Usuários de tudo que se pode imaginar.
Tal nome pomposo, entretanto, esconde outras idéias. O que você vai conhecer agora, é prática iniciada há dois anos pelo Governador José Serra e, claramente, foi fruto de artimanhas de seu Gabinete. Não foram fatos isolados. Nem esporádicos. Até o momento, foram gastos R$26.050.450,00 em preparação de informações para a campanha de 2010.
Pesquisas podem ser feitas a qualquer momento, são legais. Mas deixam de sê-lo quando os resultados, por exemplo, não são divulgados ou não são feitos para vir à público; são ilegais quando os resultados ficam restritos e não resultam em ações ou sequer tentativas de melhorias caso apontem problemas, mas transformam-se em estatísticas positivas numa tortura de números em favor do contratante, especialmente em períodos eleitorais. Pesquisas são ilegais quando não são isentas de interesses próprios; quando o pesquisado é obrigado a responder e colocar mais dados pessoais, além de e-mail e telefone celular. São ilegais quando pegam esses mesmos dados pessoais e os entregam à empresas privadas sem consentimento ou conhecimento do pesquisado. Quem, como eu, esperou pelas respostas e ações durante este tempo todo, mas só o que viu foi um crescimento desesperado de negócios, não pode mais ficar aguardando. Chegou a hora de contar esta história.
Um mailing para chamar de seu
Vamos começar pelo único questionamento público e impresso sobre o tema, do Deputado Rui Falcão (PT-SP) em plenário, publicado em Diário Oficial do dia 6/junho/2009. Disse o Deputado:
(...) Não sei como o Governador tem o cadastro das pessoas que são atendidas no Hospital Nardini. Deve ser pelo funcionamento natural do SUS e ele está mandando cartas, dizendo que o Hospital Nardini é conveniado com o SUS, fala do valor gasto pelo Governo pago com os impostos no atendimento ao paciente por 48,89 reais.O que percebemos aqui: primeiro, a Secretaria Estadual da Saúde tem investido, desde 2007, 2 milhões e 450 mil no Hospital Nardini. Envolvendo todos os gastos, o Nardini custa 5 milhões por mês. Então, o que o Governador do Estado repassa, através da Secretaria da Saúde, não dá para bancar por um mês o Hospital Nardini. E como o Hospital Nardini vem sendo mantido? Vem sendo mantido com os repasses do Governo Federal que, só no mês de março, repassou 1 bilhão, 771 mil e 554 mil para atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade. Então, trata-se de mais um caso de estelionato eleitoral. O Governador, na sua pressa de tentar se credenciar para ser Presidente vendendo a imagem de alguém que cuida da Saúde, apropria-se de investimentos do Governo Federal, aparenta ser do Governo estadual e envia cartas para as pessoas que são atendidas no hospital, fazendo a campanha eleitoral antecipada, como de véspera ele vem fazendo em várias áreas (...)
Só para lembrar, tal hospital era aquele infestado de baratas até na UTI e Serra mandou que o prefeito as matasse a chineladas, já que eram insetos pertencentes à Prefeitura de Mauá.
A Secretaria da Saúde, em mãos do Sr. Luiz Roberto Barradas Barata, inaugurou a avalanche de geoprocessamentos avaliativos no Estado. O grosso desse filão começou no pregão 21/2007 (Processo 001.0001.004.180/2007 – versão corrigida em DO), em dezembro de 2007, objetivando a contratação de empresa para prestação de serviços de suporte para implementação de solução de gestão de conhecimento e geo-processamento, para implantação do Programa de Satisfação dos Usuários do Sistema Único de Saúde e monitoramento da qualidade da gestão dos serviços prestados a este Sistema, no Estado de São Paulo. A ganhadora foi a Godigital Tecnologia e Participações LTDA. O valor: R$9.400.000,00. Felizmente houve um Termo de Aditamento, a empresa ganhou mais tempo (até 26 de agosto de 2009) e uns trocados de sobra: R$4.700.000,00. Isto significa que a Godigital recebeu por esta pesquisa, a quantia de R$14.100.000,00 – até o momento. Pense: o montante equivale a quase três meses de custos do Hospital Nardini inteiro.
Os usuários do SUS possuem uma ficha com seus dados cadastrais. Pois estes dados pessoais foram entregues de bandeja à Godigital para "consolidar" 27.540.000 de registros, enviar 2 milhões de cartas-pesquisa e depois mais 200 mil cartas assinadas por José Serra, como agradecimento pelas respostas. O cidadão também pode responder pelo site, mas nem tente, leitor curioso: sem o número do código de barras presente na real missiva é impossível. Isto responde ao Deputado Rui Falcão, mas só em parte. Tem muito mais.
Já em 2009, Serra estréia outra tática para os mesmos fins. Ele encomenda à Secretaria de Gestão Pública, em 7 de março, por inexigibilidade de licitação, a contratação de serviços de Pesquisa de Satisfação para obter avaliação de desempenho sob a perspectiva do servidor usuário dos serviços da Área de Saúde pelo sistema IAMSPE (Contrato nº 007/2009 - Processo SGP nº 1971/2008, Parecer Jurídico CJ/SGP nº 32/2009). O “resultado” saiu em 20 de março: a contratada, sem burocracia alguma, foi a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), ao custo de R$ 311.500,00. Por ter sido um contrato de Gabinete, não há edital. Como a validade contratual era de quatro meses a partir da assinatura, os resultados da pasta do Sr. Secretário Sidney Estanislau Beraldo devem estourar a qualquer momento. Alvíssaras! Pena que não veremos nada.
Ao Governador o que é do Povo
No mês seguinte, foi a vez de geoprocessar a Secretaria de Cultura. O Sr. José Serra pediu ao Secretário João Sayad lançar em DO, no dia 24 de abril, o Pregão Eletrônico 008/2009 (Processo SC-0286/2009), do tipo menor preço, objetivando a contratação de Empresa para Prestação de Serviços de Suporte para Implementação de Solução de Gestão de Conhecimento e Geoprocessamento, para Implantação do Programa de Pesquisa de Satisfação dos Usuários dos Equipamentos Culturais desta Secretaria – Sob o Regime de Empreitada por Preço Unitário. A ganhadora anunciada para vasculhar especificamente o ProAC, o Ensino Musical do Estado e o Condephaat foi a Modos Estudos de Mercado LTDA. O valor da pesquisa: R$200.000,00. Tarefas básicas: consolidar o mailing fornecido pela Secretaria, com 42.385 mil (sic) registros; enviar não se sabe quantas cartas assinadas pelo Serra a endereços selecionados no Estado, com 5 perguntas fechadas; agradecer respostas com outra carta assinada pelo Governador – a quantidade é mistério. Interessantíssima essa Modos Estudos. O site é magnífico: há seis links, só dois funcionam, sendo que um deles tem conteúdo pífio e o outro é do "patrocinador", a SABESP. Pesquisas na WEB mostram outras relevâncias da empresa – assim como o DO –, experimente.
A sede de conhecimentos do homem acelera. José Serra, nobre de sentimentos para com o público juvenil, comandou que o ex-Secretário Rogério Amato, da sua Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, executasse no dia 11 de maio, o Pregão Eletrônico 002/2009 (Processo SEADS 101/2009; Contrato 006/2009), para contratação de empresa para desenvolver pesquisa sobre o nível de satisfação dos beneficiários do Programa de Transferência de Renda Ação Jovem no Estado de São Paulo (...), cadastrados no Sistema Pró-Social [por no mínimo 12 meses], ativos do programa, por meio de correspondência domiciliar. Ganhou a Agência Mind Comunicação e Pesquisa S/S LTDA (sem site, mas já venceu antes), por R$171.800,00. A atual Secretária, Deputada Rita de Cássia Trinca Passos (PV), talvez possa se interessar em divulgar publicamente os resultados das cerca de 54.425 cartas enviadas ou, ao menos, o PowerPoint com vinte slides que a Agência Mind deve apresentar juntamente com o relatório final. Sonhar não é proibido, ainda.
Tomado de gosto pela coisa, o Governador Serra foi ao Sr. Chefe de Gabinete da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho (SERT), do Sr. Guiherme Afif Domingos. Em 5 de maio, em caráter excepcional, sai o Pregão Presencial 001/2009 (Processo nº 0104/2009), objetivando a contratação de empresa para prestação de serviços de suporte para implementação de solução de gestão de conhecimento e geoprocessamento, para implantação do Programa de Satisfação dos Usuários, dos programas: Emprega São Paulo, Banco do Povo Paulista, Frente de Trabalho - Programa Emergencial de Auxílio Desemprego, Jovem Cidadão - Meu Primeiro Trabalho, Programa Estadual de Qualificação e Requalificação Profissional e demais programas a serem criados durante a vigência do contrato. Segura com a experiência adquirida na pesquisa Saúde-SUS, a Godigital encaçapou mais um contrato, desta vez por R$1.555.000,00, a durar 365 dias de trabalho insano – prorrogáveis, já que Serra pode inventar qualquer novo projeto a partir do andamento do seu exuberante Programa de Satisfação. Sem dúvida algo que dará respaldo legal ao Governador, pois que ele investigou na fonte os problemas da falta (ou excesso) de empregos no Estado. Talvez você tenha sorte e receba uma das pesquisas em casa, porque Serra mandou a empresa consolidar 1 milhão de registros, enviar 300 mil cartas e agradecer a 45 mil delas pelas respostas. Tenha fé.
Ele tá de olho é na butique dela
Cinco dias após o certame do Trabalho, ocorreu na Secretaria de Habitação, do Sr. Lair Alberto S. Krähenbühl, o Pregão Eletrônico 007/2009/SH (Processo SH-065/01/2009), em 20 de maio, aviso publicado em DO no dia 7 de maio. Adivinha só a proposta? Se você pensou que seria: objetivando a contratação de empresa para prestação de serviços de implementação de solução de gestão do conhecimento e georeferenciamento de Pesquisa de Satisfação dos Beneficiários de Programas Habitacionais do Estado de São Paulo, sob o regime de empreitada por preços unitários – acertou na mosca. Embora até o dia de hoje (4/agosto) não se saiba o resultado, nem qual o seu valor, adianto a você, honorável leitor, um resumo dos desejos do nosso líder governante: em doze meses a ganhadora deverá abordar o universo de 30 mil famílias atendidas em cerca de 250 empreendimentos do SH/CDHU, seja com unidade habitacional ou carta de crédito (de 2007 a 31/7/2009); deverá enviar a elas 30 mil cartas (personalizadas, auto-envelopadas, porte pago, com até 10 questões e assinadas pelo Serra). A empresa que quiser vencer deve utilizar o software MapInfo, banco de dados SQL Server 2005/2008 e demais aplicações deverão ser desenvolvidas em Visual Studio NET 2005/2008. O mais importante: a SH/CDHU fornecerá a base de endereços utilizada para envio de correspondência comercial. Dá vontade de fazer um bolão para apostar na futura contratada. O tempo para fechamento dos dados da CDHU foi em 31 de julho, mas ainda podemos torcer até que saia a homologação em DO; a Secretaria deve estar fervendo para isto, pois sem os dados concluídos, nada de contrato. Será?
Conforme já foi divulgado exaustivamente além dos limites da Via Láctea, nosso Governador José Serra é o maior, se não o gigantesco incentivador de uma educação pública de qualidade fulgurante para todos. Portanto, foi natural que lhe tenha dado na telha participar à Secretaria de Desenvolvimento, do Sr. Geraldo Alckmin, o enlevo de fazer pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) o Pregão Eletrônico 083/09 (Processo 0543/09), no dia 26 de maio. Qual o objetivo? Ora, para a singela contratação de empresa para prestação de serviços de suporte para implementação de solução de gestão de conhecimento e geoprocessamento para implantação de um programa de satisfação dos Vestibulandos e Alunos das ETEC’s e FATEC’s e monitoramento da qualidade da gestão dos serviços prestados pelo Centro Paula Souza no Estado de São Paulo. Satisfação mesmo foi da empresa MARK - Sistemas de Informações e Informática Ltda-ME, que levou a melhor. É agradável analisar outras vitórias da MARK no Estado, através do Cadastro Pregão – pesquisa vencedor -> Mark Sistemas. Pelo valor de R$1.996.500,00, terá de, entre outras competências, corrigir 20% dos códigos postais errados em seu cadastro, enviar cartas para o mínimo de 90% do mailing fornecido pela CEETEPS, e consolidar 605.000 registros, sendo: 152.000 matriculados nas ETECs e FATECs em 2008; 65.500 vestibulandos de FATECs e 386.000 vestibulandos ETECs incluindo ensino médio, totalizando com outros dados cruzados 800 mil registros. O bacana é que todos que responderem receberão uma cartinha de agradecimento com a firma digital do Serra.
Por acaso você já utilizou algum serviço ligado à Secretaria da Fazenda? Pois fique sabendo que o absoluto José Serra também a pesquisará profundamente, para aferir o grau de satisfação dos usuários externos dos serviços prestados pela SEFAZ. Trata-se de um trabalho com belíssima organização (já feito outras vezes), onde se dividiu o Estado por regiões e cidades, bem como por serviços. Por exemplo, o meu, o teu, o nosso Governador quer envolver 9.700 seres humanos, para enviar 1.000 cartas aos aposentados ou pensionistas, 1.000 cartas para advogados, contadores, contabilistas; 4.200 para os contribuintes do ICMS; 500 para o povão em geral, entre outros escolhidos. Os felizardos ganhadores dos prêmios da Nota Fiscal Paulista, se receberem questionários de 30 perguntas, sentir-se-ão duplamente sorteados e o responderão alegremente. O Pregão Eletrônico NCC 58/2.009 (Processo SF nº 23657-263710/2.009) foi consumado em 23 de julho, porém ainda não apareceu o vencedor em DO. Façam suas apostas.
O feio é belo, o belo é feio: pairemos entre o imundo nevoeiro
O atento leitor acostumado com as tristezas deste blog deve estar se perguntando:
Pô, NaMaria, mas o Serra não cometeu uma geoprocessada na Secretaria de Educação? E eu digo: claro que sim, o Secretário Paulo Renato Costa Souza não poderia ficar fora da festa. Saiu justamente pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a nossa idolatrada FDE. O negócio foi anunciado em 18 de abril, um sábado. O Pregão Presencial 52/0085/09/05, realizado dia 6 de maio e homologado em 12 de maio, pediu o óbvio ululante: contratação de empresa para prestação de serviços de suporte para implementação de solução de gestão de conhecimento e geoprocessamento, para implantação do Programa de Avaliação pelos Usuários - diretos e indiretos - da rede estadual de ensino de São Paulo e acompanhamento da qualidade da gestão das atividades e serviços a ela inerentes. Outra obviedade foi a vencedora, repare só: a Godigital levou o troféu pela terceira vez.
É um volume de informações imenso, que deve fazer valer os R$5.597.000,00: são 10 milhões de registros consolidados por ano - que nos faz entender que o troço se estenderá além dos 365 dias contratados, como na Saúde-SUS. Daí devem ser enviadas 1 milhão de cartas personalizadas, no mínimo. Todas seguem com um texto cordialmente assinado por José Serra, e um pequeno questionário de múltipla escolha, com 5 questões. Como de praxe, quem responder ganha agradecimento assinado pelo Governador, no limite mínimo de 200 mil cartas/ano.
Agora, pense aí: quais perguntas serão? Que tipo de questão pode avaliar a Educação paulista? Que tipo de texto de apresentação o Serra colocará nas cartas? Não consigo parar de pensar nisto. Então vamos fazer um exercício de suposições.
Vamos supor que no texto da Educação Serra apresente algo parecido com um modelo que se encontra no edital da pesquisa do Trabalho. Ali ele fala que qualidade de atendimento é dos principais objetivos. No SUS, ele fala que investe milhões para que os hospitais sejam da melhor qualidade, e por aí vai. Qual teria sido uma grande ação executada em favor da qualidade do nosso sistema público educacional? Só pode ter sido algo que apareceu na mídia com entusiasmo: o abono aos professores, a tal de Bonificação por Resultados. Mas, para começar, a coisa não é nova. Mário Covas inventou o esquema em 2001, talvez até se lembrem o que ele mesmo disse à época: (...) uma picaretagem aí, para dar para os professores um abono de R$750 a R$3.000. Serra refez a mesma picaretagem, assim os salários não são reajustados como deveriam ser, mas segue enganando e dando um sossega-leão na turba. Pois é, então vamos supor que seja este o grande passo qualitativo e ele o colocará no texto das cartas-pesquisa da Educação - porque simplesmente não há nenhum outro melhorzinho.
Depois as questões em si. Mamma mia, perguntar o quê? Creio que devam ser coisas relativas ao abono, por exemplo: se depois do abono os professores faltaram menos na escola; se crê ser importante abonar o quadro da escola todo... Talvez, veja bem é uma hipótese, seja perguntado quanto o ensino melhorou nos últimos anos, sob o governo de Serra. E as respostas deverão aparecer, dependendo do resultado que se quer, do positivo ao negativo e vice-versa, conforme mandam certas regras de pesquisa. Teremos de esperar para saber a correção ou não destas suposições, já que o Governador, devido à pandemia mortal de gripe dos porquinhos que está matando todo mundo por aqui, mudou a volta às aulas para o dia 17 de agosto. Talvez, então, as pesquisas sejam enviadas a partir do retorno dos alunos. Ou não?
O que eu também fico pensando alto é o seguinte: no modelo do Trabalho aparecem os campos dos dados pessoais. O cidadão deve completar nome, nome da mãe, CPF, nascimento, endereço... a título de apenas para conferência. Mas não é estranho? Se o cidadão já recebeu a carta personalizada, porque seus dados estavam no sistema da(s) Secretaria(s), tais perguntas só podem servir para engrossar o banco de dados, porque é isso que faz o georeferenciamento, entre outras coisas. José Serra quer saber mais. José Serra quer saber tudo. Para quê? E se, vade retro!, ele também pedir o e-mail e celular ou telefone do cidadão para envio de "mais informações"?
Suposições, apenas suposições. Aguardemos.
Se, por acaso, o amável leitor desta casa receber ou souber quem recebeu alguma dessas pesquisas, por gentileza escreva-nos o conteúdo, envie foto etc..
E veremos como serão julgadas tais ações de José Serra pelo Tribunal Eleitoral e outros.
================================
GUIAS DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA
* Edital Saúde - SUS => Godigital => R$14.100.000,00
* Edital Gestão Pública - IAMSPE => FESPSP => R$311.500,00 - sem edital
* Edital Cultura => Modos Estudos de Mercado => R$200.000,00 -
* Edital Assistência e Desenvolvimento Social - Ação Jovem => Agência Mind => R$171.800,00
* Edital Emprego e Relações do Trabalho => Godigital => R$1.555.000,00
* Edital Habitação - CDHU => Ainda em aberto (4/agosto)
* Edital Desenvolvimento - ETECs, FATECs, alunos e vestibulandos => Mark Sistemas - R$1.996.500,00
* Edital Fazenda - Serviços Externos => Ainda em aberto (4/agosto)
* Edital Educação - FDE => Godigital => R$5.597.000,00
* Ilustrações: printscreen das propriedades dos editais
OBSERVAÇÃO: Os editais acima também estão disponíveis em Negócios Públicos, do Diário Oficial de SP. Como foram salvos em GoogleDocs a formatação original pode estar diferente, mas o conteúdo é o mesmo, na íntegra.
ALGUMAS PIABAS MAIS
* Edital CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos => Pesquisa de Avaliação dos Atributos de Serviços - Usuários, edição 2008 => Pregão Eletrônico 8513831061 => Mark Sistemas => R$94.500,00
* Edital ARSESP => pesquisa em Caçapava => CW7 Instituto de Pesquisa =>R$19.500,00
* Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de SP (EMTU) => autônomos em SP, Campinas e Baixada Santista => Não divulgado
* Secretaria de Agricultura e Abastecimento (PSAA 1.186/2008; Contrato GSA 208/2008) => Pesquisa de avaliação dos usuários do Parque Dr. Fernando Costa (19/09/2008 a 13/01/2009) => Agência de Comunicações ECA Jr. (USP) => R$7.900,00
* Fazenda - Coordenadoria de Planejamento Estratégico e Modernização Fazendária => "Avaliação de Qualidade dos Serviços Públicos e PROFFIS" (Processo SF nº 27622-197459/2005) => em andamento desde 2005, com renovações, sem licitação, sem edital => Fundação Instituto de Administração-FIA => R$1.996.750,00 (só pelo contrato inicial, falta a continuidade)
TOTAL PARCIAL GASTO POR JOSÉ SERRA EM "PESQUISAS" PARA 2010 =>R$26.050.450,00
Ler mais: http://namarianews.blogspot.com/2009/08/serra-mais-de-r26-milhoes-em-pesquisas.html#ixzz0qlYdYruh
Serra ganha 7 vezes mais tempo que Dilma no JN de hoje - Vergonha!!!!
Serra ganha 7 vezes mais tempo que Dilma no JN de hoje
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O que o Jornal Nacional fez hoje, se não é propaganda eleitoral, eu não sei mais nem quem sou. Não foi só no tempo a diferença entre a cobertura do PT e a do PSDB. Dilma apareceu primeiro no JN, mas foi bem rapidinho. Serra veio em seguida, com direito a histórico, retomada da infância, trajetória política, atuação durante a ditadura e o escambau. E mal comentando o fato de Serra não conseguir encontrar um vice.
Quando terminou a propaganda com o off da reportagem (que lembrou que foi o PSDB o precursor do Bolsa Família), passaram para a sonora. O discurso que o tucano fez em Salvador no lançamento de sua candidatura foi reproduzido em parte no jornal. Dilma não apareceu falando. A escolha da fala do ex-governador paulista complementava o off, tratava da infância humilde, aquele discurso velho, já usado à exaustão. Sem deixar de citar os tais dossiês, é claro.
Foram 41 segundos referentes a Dilma, com título que trata do PT apenas indiretamente: “PMDB e PDT oficializaram a aliança com o PT para a campanha à presidência da república”. Ou seja, o tempo nem foi integralmente dedicado à petista, mas dividido com PMDB e PDT.
Para Serra, a dedicação foi de 4 minutos e 51 segundos. São mais de sete vezes a mais que o dedicado a Dilma. E tem ainda a diferença no título da matéria no G1, a coisa é gritante: “Serra afirma que o compromisso com a democracia é inegociável”.
A diferença de tratamento foi definitivamente escancarada.
Vergonha.
Escrito por Cris
12/06/2010 às 21:22
Fonte:http://somosandando.wordpress.com/2010/06/12/serra-ganha-7-vezes-mais-tempo-que-dilma-no-jn-de-hoje/
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O que o Jornal Nacional fez hoje, se não é propaganda eleitoral, eu não sei mais nem quem sou. Não foi só no tempo a diferença entre a cobertura do PT e a do PSDB. Dilma apareceu primeiro no JN, mas foi bem rapidinho. Serra veio em seguida, com direito a histórico, retomada da infância, trajetória política, atuação durante a ditadura e o escambau. E mal comentando o fato de Serra não conseguir encontrar um vice.
Quando terminou a propaganda com o off da reportagem (que lembrou que foi o PSDB o precursor do Bolsa Família), passaram para a sonora. O discurso que o tucano fez em Salvador no lançamento de sua candidatura foi reproduzido em parte no jornal. Dilma não apareceu falando. A escolha da fala do ex-governador paulista complementava o off, tratava da infância humilde, aquele discurso velho, já usado à exaustão. Sem deixar de citar os tais dossiês, é claro.
Foram 41 segundos referentes a Dilma, com título que trata do PT apenas indiretamente: “PMDB e PDT oficializaram a aliança com o PT para a campanha à presidência da república”. Ou seja, o tempo nem foi integralmente dedicado à petista, mas dividido com PMDB e PDT.
Para Serra, a dedicação foi de 4 minutos e 51 segundos. São mais de sete vezes a mais que o dedicado a Dilma. E tem ainda a diferença no título da matéria no G1, a coisa é gritante: “Serra afirma que o compromisso com a democracia é inegociável”.
A diferença de tratamento foi definitivamente escancarada.
Vergonha.
Escrito por Cris
12/06/2010 às 21:22
Fonte:http://somosandando.wordpress.com/2010/06/12/serra-ganha-7-vezes-mais-tempo-que-dilma-no-jn-de-hoje/
Pesquisa SP? Postamos no blog, mas não temos informações seguras destes dados
Sonia Racy - O Estado de S.Paulo
Foto do momento
Pesquisa interna do PT no Estado de São Paulo, fechada preliminarmente na sexta, aponta a intenção de votos de 6 mil entrevistados. Para presidente: Serra 43% e Dilma 31%. Para governador: Alckmin 15% e Mercadante 15%. Para senador(a): Marta 40%, Quércia 28%, Tuma 24%. E Aloysio Nunes com 7%.
Fonte: Estadão
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Pesquisa interna do PT no Estado de São Paulo, fechada preliminarmente na sexta, aponta a intenção de votos de 6 mil entrevistados. Para presidente: Serra 43% e Dilma 31%. Para governador: Alckmin 15% e Mercadante 15%. Para senador(a): Marta 40%, Quércia 28%, Tuma 24%. E Aloysio Nunes com 7%.
Fonte: Estadão
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Carta Capital: Dilma solta o verbo
terça-feira, 8 de junho de 2010
Carta Capital: Dilma solta o verbo
A pré-candidata do PT fala sobre continuidade, drogas, o papel do Estado, reforma agrária e, por que não?, seu novo visual
- Por Cynara Menezes e Sérgio Lírio, em Carta Capital
Um enorme painel da candidata ao lado de seu mentor, o presidente Lula, punhos cerrados no ar, emoldura o cenário da entrevista. Dilma Rousseff posta-se bem à frente da própria imagem. Desconfortável no início com perguntas pessoais, ela se solta aos poucos, enquanto defende as realizações do atual governo e explica o que pretende fazer se eleita. Basicamente, aprofundar o processo de inclusão social que, afirma, não se esgota em um ou dois mandatos.
Talvez por isso, ao se referir a uma eventual gestão sua, prefira a palavra "pe¬ríodo". No centro desse "período", promete, estará o compromisso de levar o País ao clube das nações desenvolvidas, com a erradicação da miséria, o foco na educação e na cultura. "Minha meta é levar nossa população à classe média, no mínimo."
Dilma não é Lula. E uma discípula, uma aluna. Mas uma aluna aplicada, vê-se. Como nunca disputou eleição, a ex-ministra da Casa Civil replica o "mestre" ao usar o recurso de contar historinhas nas respostas por vezes pouco concisas. Também se percebe na candidata o cuidado de evitar certas polêmicas durante a campanha, o que não inclui fugir às perguntas sobre seu envolvimento na luta armada durante a ditadura. "Tenho muito orgulho de ter resistido do primeiro ao último dia."
Alvo de seguidas denúncias, nunca comprovadas, desde que Lula anunciou ser ela a sua candidata ao governo, afirma não acreditar que a imprensa brasileira seguirá o exemplo da venezuelana e se tornar cada vez mais hostil diante da possibilidade crescente de permanência do PT no poder. Por ser contraproducente. "De que adianta? Mais do que somos criticados, e daí?" Na entrevista, a pré-candidata disse ser contra a descriminalização das drogas, defendeu a reconstrução do Estado e repeliu os estereótipos. "Nunca me senti uma pessoa infeliz. Não sou carente, sou alegre."
CartaCapital: Neste ano, o Brasil pode escolher a primeira mulher presidente. Faz diferença?
Dilma Rousseff: Faz toda a diferença, porque tem uma história de poucos direitos para as mulheres. Até o direito de voto para as mulheres é muito recente no Brasil, menos de cem anos. E ainda têm grandes desigualdades, que vão desde - apesar de as mulheres terem maior nível de escolaridade - ganhar dois terços do salário dos homens até o fato de existir violência familiar contra a mulher. Outro dia aproximou-se de mim um casal jovem, o rapaz carregava um menino de uns 3 anos, e a mulher, uma moça loira, vinha com uma menina, de vestido com¬prido, bonitinha, cabelo encaracolado. Chamava Vitória. E a mãe falou assim: "Eu trouxe a Vitória para que você diga a ela que as mulheres podem, que mulher pode". Eu olhei pra Vitória e perguntei: 'mulher pode o quê?' E ela: "ser presidente". Eu disse: 'Vitória, mulher pode ser presidente. Porque isso faz parte do sonho que toda criança tem: quero ser pirata, toureiro. Mas também pode querer ser presidente e mulher nunca quis. Uma menina que quer é sinal dos tempos. E ela se chama Vitória, achei simbólico'.
CC: Mas existe um modo feminino de governar?
DR: Tem um modo feminino inegável na vida privada. Nós cuidamos, providenciamos e incentivamos. E interessante levar isso para a vida pública. Vou contar outra historinha. Foi uma senhora, de seus 50 anos, a um sindicato, muito incomodada com a oposição homem e mulher. E ela sintetizou o problema da seguinte forma: "Somos 52% da população, mas os outros 48% são nossos filhos. De maneira que, se formos presidentes, fica tudo em casa. Ou seja, damos conta de cuidar das mulheres e dos homens, até porque a nossa relação com os homens não é de oposição. O olhar feminino não é excludente".
CC: Já foi, nos primórdios do feminismo.
DR: Talvez no começo, porque, sempre que se afirma alguma coisa, torna a diferença muito forte. A mulher, para ter consciência de que era discriminada, teve de fazer esse movimento. Mas não acredito que, hoje, esse seja um processo que crie diferenciação, desigualdade. Nenhuma política feminina é uma política anti-homem.
CC: Curiosamente, a senhora tem avançado menos no eleitorado feminino. Por que acha que isso acontece?
DR: Acho que tem razão o (cientista político) Marcos Coimbra. Ele fez uma avaliação correta: há o fato de a mulher não ter tanto acesso à informação quanto o homem. Muitas ainda não me conhecem. Quando se separa o universo das mulheres que me conhecem e as que conhecem o outro candidato, eu tenho mais aprovação do que ele.
CC: A senhora falou da menina que queria ser presidente, mas costuma dizer que este nunca foi um sonho seu. Agora que é candidata, acalenta algum projeto?
DR: Caminhar para que este seja um país desenvolvido. Foi o que o presidente Lula construiu e que a gente pode fazer.
CC: Se formos resumir, a marca do governo Lula é a inclusão. Qual seria a marca de um governo Dilma?
DR: Por que não pode ser a da inclusão também? Essa ânsia de novidade encobre uma questão seriíssima: este ainda é um país emergente, com um grau grande de desigualdade, e que pode, a partir de agora, porque acumulamos um conjunto de conquistas, trilhar o caminho do desenvolvimento. E isso não pode ser só com uma taxa de crescimento do PIB determinada, uma política de estabilidade macroeconômica. A minha meta é erradicar a miséria, levar nossa população, os mais pobres, à classe média, no mínimo. Isso é um projeto de desenvolvimento, mas eu também tenho um projeto de Nação. Este país não transitará para uma economia desenvolvida se não tivermos educação de qualidade, estando no centro da educação o professor, que tem de ter salário digno. Quem fala em educação de qualidade e não fala do professor está jogando pérolas aos porcos. Todo mundo diz que temos um bônus demográfico, que a nossa população em idade ativa é maior do que a população dependente, isto é, crianças, jovens e idosos. Outro dia fui brincar que o conceito de idoso estava mais flexível, porque tenho 62 anos e não sou idosa, e a imprensa toda deu que eu mexeria na idade da aposentadoria, que mudaria a previdência.
CC: E não será necessário, em algum momento?
DR: Não tem reforma da Previdência. Se você começar a fazer reforma da Previdência, acontece o seguinte: a primeira que fizemos deu uma corrida para a aposentadoria. Acaba criando um efeito contrário ao que se pretende. Mas, voltando, também vamos discutir a nossa cultura, a política cultural ocupará um espaço cada vez maior nesse processo. Não podemos permitir que não existam salas de cinema na periferia do Brasil, que o povo não tenha acesso a bibliotecas, à sua própria cultura.
CC: Em suma, vai ampliar o que foi feito durante o governo Lula?
DR: Não falo de só ampliar, não, falo de avançar. Se não avançar, não está continuando. O que o Lula construiu para o futuro? Um alicerce. Saímos de uma situação mais drástica, que foi a que nós recebemos do governo. Vamos relembrar bem: era uma situação de estagnação, desigualdade e desemprego. Podem falar o que quiser. Olhem estatísticas, meus filhos. E entramos numa era de prosperidade, que tem vários componentes: não é só inclusão, é mobilidade social, que significa que as pessoas podem subir na vida. É transformar as vantagens comparativas em competitivas, explorar as matrizes energéticas, o pré-sal, dar força à agricultura. Não somos aqueles países que têm petróleo e têm a maldição do petróleo, a pobreza no meio da abundância, o povo pobre e a riqueza do petróleo. Temos uma economia diversificada. Se a gente apostar na educação, vamos inovar também. Não se cria oportunidade no Brasil se não inovar. Se não formarmos engenheiros, físicos e matemáticos neste país, não vamos crescer adequadamente.
CC: A senhora promete erradicar a miséria em seu mandato. Mas o IPEA fala que erradicar a pobreza extrema só é possível em 2016.
DR: Miserável é quem tem renda de até um quarto do salário mínimo. Pobre é até meio salário mínimo. Em 2003, tínhamos um total de 77,8 milhões de pobres e passamos para 53 milhões no governo do presidente Lula. O contingente de miseráveis em 2003 era de 37,4 milhões e passou para 19,6 milhões. (Vira- se para o braço direito, Anderson Domeles: - Anderson, dá o meu papel. Já fiz essa conta. Prefiro o meu papel.) Então, a gente tem de buscar eliminar esses 19,6 milhões de miseráveis, mas acho que também temos de olhar os 24 milhões de pobres. Só não digo que será no meu período, nem estou dizendo que será em 2014. Mas, se você não colocar a meta clara e tornar isso um ponto político da pauta, passa batido. Erradicar a miséria está no centro da pauta do projeto de continuidade com avanço do governo Lula.
CC: Mas qual vai ser o caminho? A ampliação dos programas sociais ou o crescimento?
DR: As duas coisas. O aumento da renda em 70% se deve à formalização do trabalho. O fato de manter uma taxa de crescimento e torná-lo sistemático formaliza o trabalho. Mas quem ganha até um quarto de salário mínimo teve programas sociais de dois tipos: tem o de proteção da renda, que é o Bolsa Família, e tem programa social com uma certa perenidade. Exemplo, na área rural, onde se concentra um grande número de miseráveis, fizemos a política de agricultura familiar, multiplicamos por cinco o financiamento, criamos assistência técnica. E teve outro programa que beneficiou a pobreza rural no Brasil, o Luz Para Todos. Não se eleva socialmente ninguém se não olhar para as condições que se pode ter para fazer renda. E uma delas, imprescindível, é energia elétrica. A grande política do meu período é manter essa política rural e chegar a uma questão fundamental: as cidades. As cidades no Brasil são o local das desigualdades. Nas cidades se manifestou o que há de mais perverso no Brasil, a retirada do Estado - aí vale para município, estado e governo federal - das periferias. Uma grande conquista deste governo também foi indicar caminhos. Pega o que está sendo feito no Rio, em Manguinhos, no Alemão, Pavão- Pavãozinho. É a volta do Estado.
CC: Ainda é preciso fazer uma reforma agrária de grande monta?
DR: Tivemos um processo de reforma agrária muito significativo, foram 500 mil hectares. Não é trivial. Ainda tem gente para ser assentada, mas política de assentamento não é só comprar terra. A forma como se fazia assentamento antes era colocar o cara no meio do nada. A agricultura familiar no Brasil deu certo porque tem um suporte no programa de aquisição de alimentos. Tem seguro, garantia à safra, política de preço mínimo. Demos um tecido econômico social, de apoio, à pequena propriedade no Brasil, que responde por 40% da riqueza que se gera no campo.
CC: Mas se uma grande parte da miséria, como a senhora falou, está na zona rural, tem algum problema aí. Talvez tenha faltado reforma agrária.
DR: Vou repetir: não se resolve o problema do campo só dando terra. Tem de dar condições de produzir, sustentar a produção, apoio com assistência técnica, comprar a produção, garantir a comercialização, o acesso ao trator.
CC: A senhora acha que, se o PT vencer as eleições, a mídia tende a se tornar hostil, como ocorre na Venezuela?
DR: A Venezuela não é nem sequer parecida conosco. Lá é uma economia de dois setores, portanto, uma sociedade que tende a refletir dois setores. De um lado, tem o petróleo e, do outro, o resto. E só ver a participação que tem a renda do petróleo na Venezuela, ver a história da Venezuela. E dinheiro que eles não sabem o que fazer com ele, ainda é assim.
CC: Mas a imprensa brasileira, como a de lá, não tende a se tornar hostil a ama permanência a longo prazo do PT no poder?
DR: De que adianta? Qual a eficácia? Mais do que somos criticados, e daí? Qual a nossa aprovação? 76%...
CC: Como a senhora recebe essa acusação, que deve se intensificar durante a campanha, de ter sido "terrorista"?
DR: Tenho dúvidas de que vai se intensificar uma coisa dessas, porque é contraproducente. A discussão sobre a resistência à ditadura é contraproducente para quem não resistiu. Sinto muito orgulho de ter resistido do primeiro ao último dia, de ter ajudado o País a transitar para a democracia e de não ter mudado de lado. E muito interessante a forma como eles entenderam a metáfora que o presidente fez com o (Nelson) Mandela. O que ele falou foi o seguinte: o Mandela, talvez o maior pacifista dos últimos tempos, foi uma pessoa que recorreu à luta armada no país dele, porque não tinha outra solução. Parodiando Tolstoi, que disse que todas as famílias felizes são iguais e todas as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira, todas as ditaduras são iguais e todas as democracias são cada uma à sua maneira. As ditaduras têm uma mania muito peculiar que as caracteriza: excluir de forma violenta todos os que não pensam como eles. O que queríamos caracterizar naquele momento era a existência de uma violência de Estado que levou pessoas, nos mais variados locais, a tomar posições firmes diante da ditadura. Eu tomei.
CC: Por que a senhora apoiou a decisão do STF de não rever a Lei da Anistia?
DR: Eu sou a favor da legalidade. O Supremo decidiu e, até pelo que quero ser, não tenho a menor condição de ficar fazendo confronto com o Supremo.
CC: Discordar não é confrontar.
DR: Para o papel a que me proponho assumir, é sim.
CC: O que pedimos é uma opinião pessoal.
DR: Esta é a minha opinião pessoal. É ter consciência e maturidade para perceber que uma decisão do Supremo, num país como o Brasil, tem de ser respeitada. Como Presidente da República, que é o que quero ser, seria desrespeito. A partir do momento que se decidiu, está decidido. A não ser que se queira criar turbulência e instabilidade. Eu não quero.
CC: Como a senhora pretende lidar com o toma-lá-dá-cá no Congresso?
DR: Como lidei, uai! Eu lidei com esse toma-lá-dá-cá, ou não?
CC: Mas, e diante de um episódio como o do mensalão? Todo mundo fala que. não fosse por sua habilidade, o presidente Lula não teria se mantido no cargo quando se chegou a falar até em impeachment...
DR: A habilidade do presidente consistiu em ir para os movimentos sociais e deixar claro que impeachment não seria uma coisa adequada à democracia no Brasil. O presidente não fez nenhum toma-lá-dá-cá nessa questão.
CC: Mas é preciso negociar com o Congresso o tempo inteiro.
DR: Não concordo que a relação que tivemos ao longo desse tempo com o Congresso foi de toma-lá-dá-cá. Foi uma relação de negociar, porque tem oposição. O governo é a arte de negociar, não há nenhum mal em dialogar.
CC: Há uma crítica recorrente de que o Estado brasileiro tem cargos comissionados demais e isso serve para comprar apoio político.
DR: O Estado brasileiro ainda é um pouco desequilibrado. Herdamos um Estado que fazia corte linear, doa a quem doer. A manifestação maior desse modelo é o que encontrei nas Minas e Energia. Um engenheiro na ativa para 20 motoristas, em um ministério que cuidava de petróleo, de gás, biocombustível, energia elétrica... Não se pode ter uma visão simplificada do que se quer de um Estado. Eu quero um Estado meritocrático e profissional. Hoje, ele ainda está descompensado, começamos a remontar no governo Lula e vamos continuar. A questão das indicações políticas existe nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, em todas as democracias. Essa conversa de aparelhamento do PT... Vamos lembrar o que houve em outros governos. Como se fosse só o PT a fazer nomeação política.
CC: O PT faz porque todos fazem, é isso?
DR: Não vou fazer tabula rasa disso. Pode ter, sim, nomeação política, o que não pode é não ter critérios técnicos. Posso receber uma nomeação política de um partido da minha base, ele vai me dar um nome, e nós vamos olhar.
CC: Não é o contrário? Olha-se o que tem para encaixar o apadrinhado?
DR: Não, normalmente indicam nomes com a ficha toda da pessoa. Essa conversa do aparelhamento do Estado é preconceito. Tentam estigmatizar, é uma coisa muito velha, lacerdista, de república de sindicalistas.
CC: Para alguns desenvolvimentistas, o Brasil está num processo de desindustrialização, por causa do câmbio. A senhora concorda?
DR: Não há nada que a gente não possa compensar com duas coisas: política industrial e financiamento. Mas acho importante que a taxa de juro real do País caia e convirja para as internacionais. Caminhamos celeremente para isso na próxima década. Se o Brasil mantiver uma taxa de crescimento de 5,5% ao ano, vamos ter uma redução do endividamento e aumento do PIB. E aí não há a menor possibilidade de não ter redução da taxa de juro real. O que não dá é achar que se faz isso por decreto.
CC: O Banco Central no seu governo será uma Santa Sé, como comparou José Serra?
DR: Acho inapropriada a comparação, é o tipo da problemática que não constrói nada. Não tenho o que falar a respeito.
CC: A senhora tem falado do combate ao crack, mas as políticas antidrogas têm fracassado. Sob que ótica se daria esse combate?
DR: O primeiro mecanismo é a prevenção. Não se combate droga sem repressão, tem de levantar a rota e combatê-la, mas só isso não adianta, está para lá de provado. Tem de fazer a prevenção e o apoio, e o apoio é complicado porque tem de apostar que tira o cara do crack depois que ele entrou. Há várias discussões a respeito, há casos que a pessoa saiu, mas não é fácil, não é igual às outras drogas. É altamente viciante e mata em seis meses. Não é algo, inclusive, que tenha tradição mundial, há dificuldade de fazer.
CC: O que a senhora acha da descriminalização das drogas, de maneira geral?
DR: Hoje não concordo. Não vou dizer que, numa crise de droga da proporção do crack no Brasil, caiba esse tipo de discussão agora. Não temos estrutura para isso e não temos como discriminar o que pode e o que não pode.
CC: A senhora foi muitos anos do PDT. Seu grande ídolo político é Leonel Brizola? Existe alguma idéia brizolista que poderá ser aplicada em seu governo?
DR: Admirei muito o Brizola. Tinha características muito importantes, uma grande noção de soberania. O compromisso com a educação conflui com o que a gente tem. A escola em tempo integral não basta mais, é pouco, o País mudou, mas a gente tem de reconhecer que ele deu uma grande contribuição. O Brizola pensou na educação em 1962, e o Miguel Arraes na eletrificação rural, na mesma época. Enxergaram problemas que no Brasil não se enxergava. Quando se olha para trás, a política de Arraes e de Brizola nos estados deles foi excepcional.
CC: O Chico Buarque, outro dia, disse que votaria na senhora por causa do Lula, mas que não via grandes diferenças entre um governo seu e um de José Serra. O que a senhora diria para o Chico?
DR: Talvez ele não me conheça (risos). Aliás, por culpa minha, eu é que tinha de procurá-lo. Até devo a ele um telefonema, não pude ir à casa dele no dia em que dona Maria Amélia, sua mãe, morreu. O presidente Lula foi e não pude acompanhá-lo. Mas pretendo procurar o Chico e agradecer pela opção.
CC: A senhora não pareça ter sido muito vaidosa no passado e agora ganhou um upgrade no visual. Está gostando?
DR: Ah, a gente sempre curte, sempre é bom. Mas é um cabelo mais simples, né? (Alisa o cabelo, mais curto, mais claro e sem um fio fora de lugar.) E mais fácil de arrumar do que o seu. Mas eu gosto, não acho ruim, não.
CC: Acha que vão surgir muitos pretendentes... presidente e de visual novo?
DR: É o tipo da coisa que não dá tempo nem de a gente pensar, nessa função. Agora, não sou contra, não, viu? As pessoas namorarem, coisas assim. Acho bom.
CC: Se a senhora fosse se comparar a uma mulher governante, estaria mais para Michelle Bachelet ou para Margaret Thatcher?
DR: Ah, Bachelet, sem dúvida, óbvio. Não tenho a posição conservadora da Thatcher.
CC: Mas a pintam como dama-de-ferro, não?
DR: É um estereótipo. Toda mulher é dama-de-ferro? Nunca vi um senhor-de-ferro, você já viu algum?
CC: Qual é, hoje, o maior entrave para o Estado brasileiro conseguir ser eficaz nos investimentos?
DR: Ainda tem muita burocracia herdada do período em que a ordem era não gastar. Houve um processo muito difícil de gestão da coisa pública e se criou uma série de entraves ao investimento. É fundamental reconstruir o planejamento, a capacidade de fazer projeto. O Estado pode demandar projetos.
CC: A senhora acha que as entidades fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União (TCU), agem com excesso de zelo?
DR: Tive uma experiência muito boa com o TCU, que, inclusive, reconhece que o PAC tinha menos problemas do que qualquer outro programa do governo, pelo nível de acompanhamento direto nosso. Não acho que a questão de fundo seja essa. O que há é uma discrepância entre a qualidade da estrutura que fiscaliza, que se manteve ao longo dos anos intacta, que teve profissionalismo, que tem engenheiro ganhando a partir de 12 mil, e a estrutura que executa, onde o inicial é 4 mil ou 5 mil reais. Essa discrepância vai ter de ser alterada, tem de fazer plano de cargos e salários. Não pode ficar perdendo seus melhores quadros, senão não se consegue elaborar, olhar o futuro. E ninguém resolve isso no horizonte de um governo. Vamos ter de resolver a meritocracia no Estado brasileiro no horizonte de uma década. Levaram 20 anos desmontando, não se constrói de um dia para o outro.
CC: Privatizar é um tema banido no PT ou ainda existe algo privatizável?
DR: Privatizar patrimônio público, banco, estatal do nível da Petrobras e da Eletrobrás, é absolutamente absurdo e a vida nos deu razão. A crise mundial recente nos deu muita razão. Sem essas empresas não teríamos nos saído tão bem. A Caixa Econômica mudou, o Banco do Brasil mudou. O BNDES era uma central para fazer projetos para privatizar empresas brasileiras. Hoje faz projetos para expandir empresas brasileiras, é diferente.
CC: A senhora parece aquele tipo de mulher que as durezas da vida fizeram revestir-se de uma armadura. E difícil ter de se livrar dela agora, em campanha, ficar. como se diz, mais soft?
DR: Isso é um baita estereótipo. Quem não criou, depois de 60 anos de vida, vários mecanismos de defesa? Me mostre um bicho sem nenhuma carapaça que sobreviveu. Somos todos fundamentalmente muito parecidos. Nos defendemos, nos desmontamos, nos abrimos para as pessoas. Depende da circunstância. Não posso ficar chorando o dia inteiro sendo ministra-chefe da Casa Civil, me comovendo às lagrimas. Agora, se eu vir um filme comovente. choro. Como ministra, não podia ficar na emoção sistemática, porque ou eu segurava o touro a unha ou o touro picava a mula. O pessoal vende umas histórias esquisitíssimas. Talvez a suposição seja que sou um E.T. A verdade é que tive uma vida muito boa, tirando a prisão na época da ditadura. Casei, tive filho, vivi bem com meu marido, sou amiga do meu ex-marido, ele é que nem meu parente. Nunca me senti uma pessoa infeliz, não sou carente, sou alegre. Gosto de viver.
Fonte: Carta Capital
Carta Capital: Dilma solta o verbo
A pré-candidata do PT fala sobre continuidade, drogas, o papel do Estado, reforma agrária e, por que não?, seu novo visual
- Por Cynara Menezes e Sérgio Lírio, em Carta Capital
Um enorme painel da candidata ao lado de seu mentor, o presidente Lula, punhos cerrados no ar, emoldura o cenário da entrevista. Dilma Rousseff posta-se bem à frente da própria imagem. Desconfortável no início com perguntas pessoais, ela se solta aos poucos, enquanto defende as realizações do atual governo e explica o que pretende fazer se eleita. Basicamente, aprofundar o processo de inclusão social que, afirma, não se esgota em um ou dois mandatos.
Talvez por isso, ao se referir a uma eventual gestão sua, prefira a palavra "pe¬ríodo". No centro desse "período", promete, estará o compromisso de levar o País ao clube das nações desenvolvidas, com a erradicação da miséria, o foco na educação e na cultura. "Minha meta é levar nossa população à classe média, no mínimo."
Dilma não é Lula. E uma discípula, uma aluna. Mas uma aluna aplicada, vê-se. Como nunca disputou eleição, a ex-ministra da Casa Civil replica o "mestre" ao usar o recurso de contar historinhas nas respostas por vezes pouco concisas. Também se percebe na candidata o cuidado de evitar certas polêmicas durante a campanha, o que não inclui fugir às perguntas sobre seu envolvimento na luta armada durante a ditadura. "Tenho muito orgulho de ter resistido do primeiro ao último dia."
Alvo de seguidas denúncias, nunca comprovadas, desde que Lula anunciou ser ela a sua candidata ao governo, afirma não acreditar que a imprensa brasileira seguirá o exemplo da venezuelana e se tornar cada vez mais hostil diante da possibilidade crescente de permanência do PT no poder. Por ser contraproducente. "De que adianta? Mais do que somos criticados, e daí?" Na entrevista, a pré-candidata disse ser contra a descriminalização das drogas, defendeu a reconstrução do Estado e repeliu os estereótipos. "Nunca me senti uma pessoa infeliz. Não sou carente, sou alegre."
CartaCapital: Neste ano, o Brasil pode escolher a primeira mulher presidente. Faz diferença?
Dilma Rousseff: Faz toda a diferença, porque tem uma história de poucos direitos para as mulheres. Até o direito de voto para as mulheres é muito recente no Brasil, menos de cem anos. E ainda têm grandes desigualdades, que vão desde - apesar de as mulheres terem maior nível de escolaridade - ganhar dois terços do salário dos homens até o fato de existir violência familiar contra a mulher. Outro dia aproximou-se de mim um casal jovem, o rapaz carregava um menino de uns 3 anos, e a mulher, uma moça loira, vinha com uma menina, de vestido com¬prido, bonitinha, cabelo encaracolado. Chamava Vitória. E a mãe falou assim: "Eu trouxe a Vitória para que você diga a ela que as mulheres podem, que mulher pode". Eu olhei pra Vitória e perguntei: 'mulher pode o quê?' E ela: "ser presidente". Eu disse: 'Vitória, mulher pode ser presidente. Porque isso faz parte do sonho que toda criança tem: quero ser pirata, toureiro. Mas também pode querer ser presidente e mulher nunca quis. Uma menina que quer é sinal dos tempos. E ela se chama Vitória, achei simbólico'.
CC: Mas existe um modo feminino de governar?
DR: Tem um modo feminino inegável na vida privada. Nós cuidamos, providenciamos e incentivamos. E interessante levar isso para a vida pública. Vou contar outra historinha. Foi uma senhora, de seus 50 anos, a um sindicato, muito incomodada com a oposição homem e mulher. E ela sintetizou o problema da seguinte forma: "Somos 52% da população, mas os outros 48% são nossos filhos. De maneira que, se formos presidentes, fica tudo em casa. Ou seja, damos conta de cuidar das mulheres e dos homens, até porque a nossa relação com os homens não é de oposição. O olhar feminino não é excludente".
CC: Já foi, nos primórdios do feminismo.
DR: Talvez no começo, porque, sempre que se afirma alguma coisa, torna a diferença muito forte. A mulher, para ter consciência de que era discriminada, teve de fazer esse movimento. Mas não acredito que, hoje, esse seja um processo que crie diferenciação, desigualdade. Nenhuma política feminina é uma política anti-homem.
CC: Curiosamente, a senhora tem avançado menos no eleitorado feminino. Por que acha que isso acontece?
DR: Acho que tem razão o (cientista político) Marcos Coimbra. Ele fez uma avaliação correta: há o fato de a mulher não ter tanto acesso à informação quanto o homem. Muitas ainda não me conhecem. Quando se separa o universo das mulheres que me conhecem e as que conhecem o outro candidato, eu tenho mais aprovação do que ele.
CC: A senhora falou da menina que queria ser presidente, mas costuma dizer que este nunca foi um sonho seu. Agora que é candidata, acalenta algum projeto?
DR: Caminhar para que este seja um país desenvolvido. Foi o que o presidente Lula construiu e que a gente pode fazer.
CC: Se formos resumir, a marca do governo Lula é a inclusão. Qual seria a marca de um governo Dilma?
DR: Por que não pode ser a da inclusão também? Essa ânsia de novidade encobre uma questão seriíssima: este ainda é um país emergente, com um grau grande de desigualdade, e que pode, a partir de agora, porque acumulamos um conjunto de conquistas, trilhar o caminho do desenvolvimento. E isso não pode ser só com uma taxa de crescimento do PIB determinada, uma política de estabilidade macroeconômica. A minha meta é erradicar a miséria, levar nossa população, os mais pobres, à classe média, no mínimo. Isso é um projeto de desenvolvimento, mas eu também tenho um projeto de Nação. Este país não transitará para uma economia desenvolvida se não tivermos educação de qualidade, estando no centro da educação o professor, que tem de ter salário digno. Quem fala em educação de qualidade e não fala do professor está jogando pérolas aos porcos. Todo mundo diz que temos um bônus demográfico, que a nossa população em idade ativa é maior do que a população dependente, isto é, crianças, jovens e idosos. Outro dia fui brincar que o conceito de idoso estava mais flexível, porque tenho 62 anos e não sou idosa, e a imprensa toda deu que eu mexeria na idade da aposentadoria, que mudaria a previdência.
CC: E não será necessário, em algum momento?
DR: Não tem reforma da Previdência. Se você começar a fazer reforma da Previdência, acontece o seguinte: a primeira que fizemos deu uma corrida para a aposentadoria. Acaba criando um efeito contrário ao que se pretende. Mas, voltando, também vamos discutir a nossa cultura, a política cultural ocupará um espaço cada vez maior nesse processo. Não podemos permitir que não existam salas de cinema na periferia do Brasil, que o povo não tenha acesso a bibliotecas, à sua própria cultura.
CC: Em suma, vai ampliar o que foi feito durante o governo Lula?
DR: Não falo de só ampliar, não, falo de avançar. Se não avançar, não está continuando. O que o Lula construiu para o futuro? Um alicerce. Saímos de uma situação mais drástica, que foi a que nós recebemos do governo. Vamos relembrar bem: era uma situação de estagnação, desigualdade e desemprego. Podem falar o que quiser. Olhem estatísticas, meus filhos. E entramos numa era de prosperidade, que tem vários componentes: não é só inclusão, é mobilidade social, que significa que as pessoas podem subir na vida. É transformar as vantagens comparativas em competitivas, explorar as matrizes energéticas, o pré-sal, dar força à agricultura. Não somos aqueles países que têm petróleo e têm a maldição do petróleo, a pobreza no meio da abundância, o povo pobre e a riqueza do petróleo. Temos uma economia diversificada. Se a gente apostar na educação, vamos inovar também. Não se cria oportunidade no Brasil se não inovar. Se não formarmos engenheiros, físicos e matemáticos neste país, não vamos crescer adequadamente.
CC: A senhora promete erradicar a miséria em seu mandato. Mas o IPEA fala que erradicar a pobreza extrema só é possível em 2016.
DR: Miserável é quem tem renda de até um quarto do salário mínimo. Pobre é até meio salário mínimo. Em 2003, tínhamos um total de 77,8 milhões de pobres e passamos para 53 milhões no governo do presidente Lula. O contingente de miseráveis em 2003 era de 37,4 milhões e passou para 19,6 milhões. (Vira- se para o braço direito, Anderson Domeles: - Anderson, dá o meu papel. Já fiz essa conta. Prefiro o meu papel.) Então, a gente tem de buscar eliminar esses 19,6 milhões de miseráveis, mas acho que também temos de olhar os 24 milhões de pobres. Só não digo que será no meu período, nem estou dizendo que será em 2014. Mas, se você não colocar a meta clara e tornar isso um ponto político da pauta, passa batido. Erradicar a miséria está no centro da pauta do projeto de continuidade com avanço do governo Lula.
CC: Mas qual vai ser o caminho? A ampliação dos programas sociais ou o crescimento?
DR: As duas coisas. O aumento da renda em 70% se deve à formalização do trabalho. O fato de manter uma taxa de crescimento e torná-lo sistemático formaliza o trabalho. Mas quem ganha até um quarto de salário mínimo teve programas sociais de dois tipos: tem o de proteção da renda, que é o Bolsa Família, e tem programa social com uma certa perenidade. Exemplo, na área rural, onde se concentra um grande número de miseráveis, fizemos a política de agricultura familiar, multiplicamos por cinco o financiamento, criamos assistência técnica. E teve outro programa que beneficiou a pobreza rural no Brasil, o Luz Para Todos. Não se eleva socialmente ninguém se não olhar para as condições que se pode ter para fazer renda. E uma delas, imprescindível, é energia elétrica. A grande política do meu período é manter essa política rural e chegar a uma questão fundamental: as cidades. As cidades no Brasil são o local das desigualdades. Nas cidades se manifestou o que há de mais perverso no Brasil, a retirada do Estado - aí vale para município, estado e governo federal - das periferias. Uma grande conquista deste governo também foi indicar caminhos. Pega o que está sendo feito no Rio, em Manguinhos, no Alemão, Pavão- Pavãozinho. É a volta do Estado.
CC: Ainda é preciso fazer uma reforma agrária de grande monta?
DR: Tivemos um processo de reforma agrária muito significativo, foram 500 mil hectares. Não é trivial. Ainda tem gente para ser assentada, mas política de assentamento não é só comprar terra. A forma como se fazia assentamento antes era colocar o cara no meio do nada. A agricultura familiar no Brasil deu certo porque tem um suporte no programa de aquisição de alimentos. Tem seguro, garantia à safra, política de preço mínimo. Demos um tecido econômico social, de apoio, à pequena propriedade no Brasil, que responde por 40% da riqueza que se gera no campo.
CC: Mas se uma grande parte da miséria, como a senhora falou, está na zona rural, tem algum problema aí. Talvez tenha faltado reforma agrária.
DR: Vou repetir: não se resolve o problema do campo só dando terra. Tem de dar condições de produzir, sustentar a produção, apoio com assistência técnica, comprar a produção, garantir a comercialização, o acesso ao trator.
CC: A senhora acha que, se o PT vencer as eleições, a mídia tende a se tornar hostil, como ocorre na Venezuela?
DR: A Venezuela não é nem sequer parecida conosco. Lá é uma economia de dois setores, portanto, uma sociedade que tende a refletir dois setores. De um lado, tem o petróleo e, do outro, o resto. E só ver a participação que tem a renda do petróleo na Venezuela, ver a história da Venezuela. E dinheiro que eles não sabem o que fazer com ele, ainda é assim.
CC: Mas a imprensa brasileira, como a de lá, não tende a se tornar hostil a ama permanência a longo prazo do PT no poder?
DR: De que adianta? Qual a eficácia? Mais do que somos criticados, e daí? Qual a nossa aprovação? 76%...
CC: Como a senhora recebe essa acusação, que deve se intensificar durante a campanha, de ter sido "terrorista"?
DR: Tenho dúvidas de que vai se intensificar uma coisa dessas, porque é contraproducente. A discussão sobre a resistência à ditadura é contraproducente para quem não resistiu. Sinto muito orgulho de ter resistido do primeiro ao último dia, de ter ajudado o País a transitar para a democracia e de não ter mudado de lado. E muito interessante a forma como eles entenderam a metáfora que o presidente fez com o (Nelson) Mandela. O que ele falou foi o seguinte: o Mandela, talvez o maior pacifista dos últimos tempos, foi uma pessoa que recorreu à luta armada no país dele, porque não tinha outra solução. Parodiando Tolstoi, que disse que todas as famílias felizes são iguais e todas as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira, todas as ditaduras são iguais e todas as democracias são cada uma à sua maneira. As ditaduras têm uma mania muito peculiar que as caracteriza: excluir de forma violenta todos os que não pensam como eles. O que queríamos caracterizar naquele momento era a existência de uma violência de Estado que levou pessoas, nos mais variados locais, a tomar posições firmes diante da ditadura. Eu tomei.
CC: Por que a senhora apoiou a decisão do STF de não rever a Lei da Anistia?
DR: Eu sou a favor da legalidade. O Supremo decidiu e, até pelo que quero ser, não tenho a menor condição de ficar fazendo confronto com o Supremo.
CC: Discordar não é confrontar.
DR: Para o papel a que me proponho assumir, é sim.
CC: O que pedimos é uma opinião pessoal.
DR: Esta é a minha opinião pessoal. É ter consciência e maturidade para perceber que uma decisão do Supremo, num país como o Brasil, tem de ser respeitada. Como Presidente da República, que é o que quero ser, seria desrespeito. A partir do momento que se decidiu, está decidido. A não ser que se queira criar turbulência e instabilidade. Eu não quero.
CC: Como a senhora pretende lidar com o toma-lá-dá-cá no Congresso?
DR: Como lidei, uai! Eu lidei com esse toma-lá-dá-cá, ou não?
CC: Mas, e diante de um episódio como o do mensalão? Todo mundo fala que. não fosse por sua habilidade, o presidente Lula não teria se mantido no cargo quando se chegou a falar até em impeachment...
DR: A habilidade do presidente consistiu em ir para os movimentos sociais e deixar claro que impeachment não seria uma coisa adequada à democracia no Brasil. O presidente não fez nenhum toma-lá-dá-cá nessa questão.
CC: Mas é preciso negociar com o Congresso o tempo inteiro.
DR: Não concordo que a relação que tivemos ao longo desse tempo com o Congresso foi de toma-lá-dá-cá. Foi uma relação de negociar, porque tem oposição. O governo é a arte de negociar, não há nenhum mal em dialogar.
CC: Há uma crítica recorrente de que o Estado brasileiro tem cargos comissionados demais e isso serve para comprar apoio político.
DR: O Estado brasileiro ainda é um pouco desequilibrado. Herdamos um Estado que fazia corte linear, doa a quem doer. A manifestação maior desse modelo é o que encontrei nas Minas e Energia. Um engenheiro na ativa para 20 motoristas, em um ministério que cuidava de petróleo, de gás, biocombustível, energia elétrica... Não se pode ter uma visão simplificada do que se quer de um Estado. Eu quero um Estado meritocrático e profissional. Hoje, ele ainda está descompensado, começamos a remontar no governo Lula e vamos continuar. A questão das indicações políticas existe nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, em todas as democracias. Essa conversa de aparelhamento do PT... Vamos lembrar o que houve em outros governos. Como se fosse só o PT a fazer nomeação política.
CC: O PT faz porque todos fazem, é isso?
DR: Não vou fazer tabula rasa disso. Pode ter, sim, nomeação política, o que não pode é não ter critérios técnicos. Posso receber uma nomeação política de um partido da minha base, ele vai me dar um nome, e nós vamos olhar.
CC: Não é o contrário? Olha-se o que tem para encaixar o apadrinhado?
DR: Não, normalmente indicam nomes com a ficha toda da pessoa. Essa conversa do aparelhamento do Estado é preconceito. Tentam estigmatizar, é uma coisa muito velha, lacerdista, de república de sindicalistas.
CC: Para alguns desenvolvimentistas, o Brasil está num processo de desindustrialização, por causa do câmbio. A senhora concorda?
DR: Não há nada que a gente não possa compensar com duas coisas: política industrial e financiamento. Mas acho importante que a taxa de juro real do País caia e convirja para as internacionais. Caminhamos celeremente para isso na próxima década. Se o Brasil mantiver uma taxa de crescimento de 5,5% ao ano, vamos ter uma redução do endividamento e aumento do PIB. E aí não há a menor possibilidade de não ter redução da taxa de juro real. O que não dá é achar que se faz isso por decreto.
CC: O Banco Central no seu governo será uma Santa Sé, como comparou José Serra?
DR: Acho inapropriada a comparação, é o tipo da problemática que não constrói nada. Não tenho o que falar a respeito.
CC: A senhora tem falado do combate ao crack, mas as políticas antidrogas têm fracassado. Sob que ótica se daria esse combate?
DR: O primeiro mecanismo é a prevenção. Não se combate droga sem repressão, tem de levantar a rota e combatê-la, mas só isso não adianta, está para lá de provado. Tem de fazer a prevenção e o apoio, e o apoio é complicado porque tem de apostar que tira o cara do crack depois que ele entrou. Há várias discussões a respeito, há casos que a pessoa saiu, mas não é fácil, não é igual às outras drogas. É altamente viciante e mata em seis meses. Não é algo, inclusive, que tenha tradição mundial, há dificuldade de fazer.
CC: O que a senhora acha da descriminalização das drogas, de maneira geral?
DR: Hoje não concordo. Não vou dizer que, numa crise de droga da proporção do crack no Brasil, caiba esse tipo de discussão agora. Não temos estrutura para isso e não temos como discriminar o que pode e o que não pode.
CC: A senhora foi muitos anos do PDT. Seu grande ídolo político é Leonel Brizola? Existe alguma idéia brizolista que poderá ser aplicada em seu governo?
DR: Admirei muito o Brizola. Tinha características muito importantes, uma grande noção de soberania. O compromisso com a educação conflui com o que a gente tem. A escola em tempo integral não basta mais, é pouco, o País mudou, mas a gente tem de reconhecer que ele deu uma grande contribuição. O Brizola pensou na educação em 1962, e o Miguel Arraes na eletrificação rural, na mesma época. Enxergaram problemas que no Brasil não se enxergava. Quando se olha para trás, a política de Arraes e de Brizola nos estados deles foi excepcional.
CC: O Chico Buarque, outro dia, disse que votaria na senhora por causa do Lula, mas que não via grandes diferenças entre um governo seu e um de José Serra. O que a senhora diria para o Chico?
DR: Talvez ele não me conheça (risos). Aliás, por culpa minha, eu é que tinha de procurá-lo. Até devo a ele um telefonema, não pude ir à casa dele no dia em que dona Maria Amélia, sua mãe, morreu. O presidente Lula foi e não pude acompanhá-lo. Mas pretendo procurar o Chico e agradecer pela opção.
CC: A senhora não pareça ter sido muito vaidosa no passado e agora ganhou um upgrade no visual. Está gostando?
DR: Ah, a gente sempre curte, sempre é bom. Mas é um cabelo mais simples, né? (Alisa o cabelo, mais curto, mais claro e sem um fio fora de lugar.) E mais fácil de arrumar do que o seu. Mas eu gosto, não acho ruim, não.
CC: Acha que vão surgir muitos pretendentes... presidente e de visual novo?
DR: É o tipo da coisa que não dá tempo nem de a gente pensar, nessa função. Agora, não sou contra, não, viu? As pessoas namorarem, coisas assim. Acho bom.
CC: Se a senhora fosse se comparar a uma mulher governante, estaria mais para Michelle Bachelet ou para Margaret Thatcher?
DR: Ah, Bachelet, sem dúvida, óbvio. Não tenho a posição conservadora da Thatcher.
CC: Mas a pintam como dama-de-ferro, não?
DR: É um estereótipo. Toda mulher é dama-de-ferro? Nunca vi um senhor-de-ferro, você já viu algum?
CC: Qual é, hoje, o maior entrave para o Estado brasileiro conseguir ser eficaz nos investimentos?
DR: Ainda tem muita burocracia herdada do período em que a ordem era não gastar. Houve um processo muito difícil de gestão da coisa pública e se criou uma série de entraves ao investimento. É fundamental reconstruir o planejamento, a capacidade de fazer projeto. O Estado pode demandar projetos.
CC: A senhora acha que as entidades fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União (TCU), agem com excesso de zelo?
DR: Tive uma experiência muito boa com o TCU, que, inclusive, reconhece que o PAC tinha menos problemas do que qualquer outro programa do governo, pelo nível de acompanhamento direto nosso. Não acho que a questão de fundo seja essa. O que há é uma discrepância entre a qualidade da estrutura que fiscaliza, que se manteve ao longo dos anos intacta, que teve profissionalismo, que tem engenheiro ganhando a partir de 12 mil, e a estrutura que executa, onde o inicial é 4 mil ou 5 mil reais. Essa discrepância vai ter de ser alterada, tem de fazer plano de cargos e salários. Não pode ficar perdendo seus melhores quadros, senão não se consegue elaborar, olhar o futuro. E ninguém resolve isso no horizonte de um governo. Vamos ter de resolver a meritocracia no Estado brasileiro no horizonte de uma década. Levaram 20 anos desmontando, não se constrói de um dia para o outro.
CC: Privatizar é um tema banido no PT ou ainda existe algo privatizável?
DR: Privatizar patrimônio público, banco, estatal do nível da Petrobras e da Eletrobrás, é absolutamente absurdo e a vida nos deu razão. A crise mundial recente nos deu muita razão. Sem essas empresas não teríamos nos saído tão bem. A Caixa Econômica mudou, o Banco do Brasil mudou. O BNDES era uma central para fazer projetos para privatizar empresas brasileiras. Hoje faz projetos para expandir empresas brasileiras, é diferente.
CC: A senhora parece aquele tipo de mulher que as durezas da vida fizeram revestir-se de uma armadura. E difícil ter de se livrar dela agora, em campanha, ficar. como se diz, mais soft?
DR: Isso é um baita estereótipo. Quem não criou, depois de 60 anos de vida, vários mecanismos de defesa? Me mostre um bicho sem nenhuma carapaça que sobreviveu. Somos todos fundamentalmente muito parecidos. Nos defendemos, nos desmontamos, nos abrimos para as pessoas. Depende da circunstância. Não posso ficar chorando o dia inteiro sendo ministra-chefe da Casa Civil, me comovendo às lagrimas. Agora, se eu vir um filme comovente. choro. Como ministra, não podia ficar na emoção sistemática, porque ou eu segurava o touro a unha ou o touro picava a mula. O pessoal vende umas histórias esquisitíssimas. Talvez a suposição seja que sou um E.T. A verdade é que tive uma vida muito boa, tirando a prisão na época da ditadura. Casei, tive filho, vivi bem com meu marido, sou amiga do meu ex-marido, ele é que nem meu parente. Nunca me senti uma pessoa infeliz, não sou carente, sou alegre. Gosto de viver.
Fonte: Carta Capital
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