
A mídia da tucanolândia está com um problema sério pela frente. Como dar a notícia de que Serra não está (nem nunca esteve) realmente na frente das intenções de votos para as eleições?
Era uma coisa tacanha. Querer fazer crer que o bonitão das gengivas estivesse realmente liderando se tornou um exercício de contorcionismo.
Ninguém da imprensa tradicional falava que Serra jamais passou do percentual de votos que teve em 2002 e seu desafeto (Geraldo) teve em 2006.
Ninguém ousava reconhecer que o PSDB tem um teto muito claro de votos, como o PT teve durante muitos anos.
Ninguém ousava falar a verdade, porque havia o medo de que se o inaudito fosse dito, o povo mudaria de vez de lado nos pleitos eleitorais.
Mal sabiam eles que o zé povinho já tinha mudado de lado ao notar que o mundo mudou e saiu do eixo do higienópolis.
Agora a imprensa tem esse problema pela frente. Como dizer que Serra dançou, sem dizer que Serra dançou?
Nas redações, aliás, no chão de fábrica das redações, os jornalistas já viram o óbvio. Resta o clima de luto nas diretorias da imprensa. Aquele pessoal que insiste em imaginar que o Brasil continua sendo deles por capitanias hereditárias. Vírgula. Deles não, dos patrões deles. A quem servem com muita humildade e presteza.
De agora até o dia D, vai ser cômico acompanhar o exercício de contorcionismo chinês, que fará nosso imprensalão.
Fonte: http://anaispoliticos.blogspot.com/2010/06/como-dizer-que-serra-perdeu.html
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